A república (Portuguese Edition)
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by Plato
Started reading September 20, 2024
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Hás de saber, com efeito, que quanto mais amortecidos ficam os prazeres do corpo mais crescem o deleite e o encanto da conversação.
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nada me agrada tanto como praticar com pessoas de idade; pois as considero como viajantes que percorreram um longo caminho, o qual eu talvez tenha de percorrer também.
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Sócrates, que essas pessoas culpam a quem realmente não é culpado. Porque, se a velhice fosse a causa, eu, que também sou velho, e todos os demais que o são sofreríamos a mesma coisa. Mas tal não ocorre comigo, nem com outros a quem tenho conhecido.
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Pois é certo que a velhice traz consigo uma grande paz e liberdade; quando se embota o acicate das paixões, sucede exatamente o que dizia Sófocles: libertamo-nos não apenas de um tirano, mas de muitos. A verdade, Sócrates, é que essas queixas, bem como as que são feitas contra os parentes, devem ser atribuídas à mesma causa; e esta não é a velhice, e sim o caráter dos homens; pois aquele que tem um natural tranquilo e bem-humorado não sentirá o peso dos anos, e ao que não é assim não só a velhice mas a própria juventude é pesada.
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Aos que não são ricos e se queixam da velhice pode-se aplicar o mesmo raciocínio: se para o homem pobre de boa índole a velhice não pode ser um fardo leve, tampouco pode o insensato, ainda sendo rico, estar satisfeito com ela.
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Quanto a mim, contento-me em não deixá-la diminuída a meus filhos que aqui estão, mas um pouco maior do que a recebi.
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que não tens excessivo amor às riquezas, e isso acontece geralmente aos que não as adquiriram por si mesmos, enquanto os outros se apegam duplamente a elas, com um amor semelhante ao dos poetas pelos seus poemas e ao dos pais pelos seus filhos, além do amor natural que lhes têm, como toda a gente, pelo proveito que lhes trazem.
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O medo da morte e a consciência do pecado tornam-se mais vívidos na velhice; e a riqueza liberta um homem de muitas tentações
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A esperança acalenta a alma do que vive em justiça e santidade e é-lhe nutriz da velhice e companheira de jornada; a esperança, que rege soberana a alma inquieta dos mortais
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Talvez quisesse dizer que a justiça é fazer bem aos amigos e mal aos inimigos
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queria dizer que o justo era dar a cada um o que lhe é apropriado; e a isso chamou dívida.
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A justiça é útil nos contratos, especialmente na boa guarda dos depósitos
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Não, porém, no uso do dinheiro; portanto, a justiça é útil quando o dinheiro ou qualquer outra coisa é inútil
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Um novo ponto de vista: o mais capaz de fazer bem não será também o mais capaz de fazer mal?
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Deveríamos antes dizer que é amigo aquele que é realmente bom, além de parecê-lo; e o que só parece mas não é, é amigo apenas em aparência e não em realidade; e o mesmo raciocínio pode ser aplicado aos inimigos.
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O amigo é aquele que “é” além de “parecer” bom
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E os homens, ao serem prejudicados, não se tornarão piores no que toca à virtude humana?
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— Nem tampouco o justo, com a justiça, pode tornar alguém injusto; ou, falando de um modo mais geral, os bons não podem tornar ninguém mau com a virtude? — Certamente que não.
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Portanto, se alguém afirma que a justiça consiste em dar a cada um o que lhe é devido, entendendo com isso que o que se deve aos amigos é o bem e aos inimigos, o mal, não foi sábio quem tal disse, pois não é verdade se, como demonstramos claramente, o dano causado a outrem não pode ser justo em caso algum.
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É isso o que quero dizer quando afirmo que em todos os Estados rege o mesmo princípio de justiça: o interesse do governo. E, como devemos supor que o governo é quem tem o poder, a única conclusão razoável é que em toda parte só existe um princípio de justiça: o interesse do mais forte.
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A justiça que comete um erro contraria o interesse do mais forte