O Ódio como Política: A Reinvenção das Direitas no Brasil

by Esther Solano

“Temos toda a liberdade que desejamos – a única coisa que falta é a ‘tinta vermelha’: nos ‘sentimos livres’ porque somos desprovidos da linguagem para articular nossa falta de liberdade”

Palavras do Slavoj Zizek.

“Professora, vocês da academia estudam tanto e parece que ainda não entenderam muitas coisas. Tratam a gente como se fôssemos todos burros. Não somos. Deveriam escutar mais, porque vocês não sabem de tudo”.

É verdade. Eu era o giz.

A defesa do Estado de direito como defesa da legalidade é, no fundo, uma reivindicação conservadora, uma vez que a legalidade é uma das manifestações mais específicas da sociedade capitalista.

Ah, pronto.

A legalidade só é uma pauta tida como progressista em momentos de crise da sociedade capitalista em que o Estado, para preservar a ordem de reprodução do capital, precisa ignorar os limites estabelecidos pela lei, configurando-se o estado de exceção.

Entendo…

As maiores violências da história, os grandes massacres, os piores genocídios tiveram a participação ativa ou a conivência pacífica do Estado e de seus agentes.

E da Igreja.

a democracia não é nem nunca foi um valor universal.

Ê laiá

Uma discussão é o quanto a nova direita seria diferente da “antiga direita” ou seja, a direita que emergiu depois da Segunda Guerra Mundial. É provável que a diferença mais significante entre ambas esteja no fato de que a nova direita recusa a democracia liberal, ou mesmo qualquer forma de democracia.

Mmmm…