More on this book
Community
Kindle Notes & Highlights
há quem prefira atribuir sua falta de êxito a uma falha do mundo em vez de ao conhecimento mediano que tenha,
Quanto à questão de Mr. Norrell ser ou não velho, ele era o tipo de homem que já é velho aos dezessete anos.
Em ambientes familiares, nosso comportamento é alegre e tranqüilo; basta que nos transportem para lugares onde não há conhecidos e ninguém nos reconhece, pronto!, é um tremendo desconforto!
não existe nada no mundo tão fácil de explicar como o fracasso... É, afinal de contas, o que todo mundo alcança o tempo inteiro.
O primeiro passará a vida sozinho; será seu próprio carcereiro; O segundo seguirá por estradas solitárias, a tempestade sobre sua cabeça, em busca de uma torre escura no alto de uma encosta...
Dois magos surgirão na Inglaterra, O primeiro irá me temer; o segundo desejará me ver; O primeiro será mandado por ladrões e assassinos; o segundo conspirará para a sua própria destruição; O primeiro enterrará o próprio coração numa escura floresta sob a neve e, ainda assim, sentirá a própria dor; O segundo verá o seu mais caro bem nas mãos do inimigo...
Pode um mago matar um homem com magia? — perguntou Lorde Wellington a Strange. Strange franziu o cenho. Pareceu não gostar da pergunta. — Creio que um mago poderia — admitiu. — Um cavalheiro, jamais.
E daí? — replicou Childermass, melindrado. — Isso não é algo tão insignificante, é? Norrell é um homem inteligente, e Strange também. Têm as falhas deles, como todo homem, mas suas realizações ainda são extraordinárias. Decerto sou um seguidor de John Uskglass. Ou seria, se ele aqui estivesse. Mas o senhor deve reconhecer que a restauração da magia inglesa é obra deles, não dele. — Obra deles! — zombou Vinculus. — Deles? O senhor ainda não entende? Eles são o encantamento que John Uskglass está lançando. Isso é o que sempre foram. E ele está lançando neste exato momento!
— De fato, senhor! — disse Strange com voz rouca. — Nisso teve sorte! E creio que estou curado da vontade de ser visto! Doravante John Uskglass tem toda a liberdade de me ignorar o quanto lhe aprouver. — Oh, de fato! — concordou Mr. Norrell. — Sabe, Mister Strange, o senhor deveria tentar se libertar do hábito de desejar coisas. É algo perigoso num mago!
A tarefa de um livro é abrigar palavras. O que eu cumpro. Saber o que elas dizem é tarefa do leitor.
Um dos novos magos perguntou aos berros se Strange iria comparecer. Outro quis saber se Norrell iria comparecer. — Não, cavalheiros — respondeu Childermass. — Eles não virão. Terão que se contentar comigo. Não penso que Strange e Norrell voltarão a ser vistos novamente na Inglaterra. Ao menos não nesta geração. — Por quê? — perguntou Mr. Segundus. — Para onde eles foram? Childermass sorriu. — Para onde os magos costumavam ir. Atrás do céu. Para o outro lado da chuva.
Flora voltou a seu trabalho de agulha. Após um instante, disse: — É muito estranho que ele afinal tenha voltado para seu antigo mestre. — É? A meu ver nada há de muito extraordinário nisso. Nunca imaginei que a rixa entre os dois duraria tanto como durou. Pensei que reatariam a amizade ao cabo do primeiro mês! — A senhora realmente me espanta! — disse Flora. — Quando Mister Strange esteve conosco, não tinha uma opinião favorável sobre Mister Norrell, e Mister Norrell escreveu coisas terríveis sobre Mister Strange nas publicações de magia. — Ah, acho provável! — disse Arabella, nada
...more
— Bell — disse —, não use roupa preta. Não seja uma viúva. Seja feliz. É assim que desejo tê-la em meu pensamento. — Prometo. E como devo tê-lo em meu pensamento? Ele meditou por um instante e riu. — Com o nariz metido num livro! Beijaram-se. A seguir ele deu meia-volta e sumiu na escuridão.