A Cabeça do Santo
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Read between February 23 - March 2, 2024
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As pernas, gêmeos paradoxos: quanto mais magras, mais fortes.
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partia, em segundos, de um extremo a outro da sua escala particular de análise do caráter alheio.
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às vezes nem Deus livra o homem de enlouquecer.
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Nem o ar tinha esperança de ser vento.
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malvestida, desgraçada, seminua, feia, bonita, feliz, e quase não era possível que isso tudo coubesse na mesma pessoa.
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tudo sofrendo de falta de vida.
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Tinha muita coisa pra dizer e as palavras que não se dizem ao morto queimam na boca para sempre.
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Todas sabiam exatamente o número de dias que formavam essa coleção de horas que chamamos de vida.
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Mãe solteira e prostituta eram a mesma coisa. A sombra do pai era sua infelicidade.
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Desgraça é tudo coisa de se rir.
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porque, no sertão, mulher que não casa é mandacaru sem flor.
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E a ocupação seguia de vento em popa. O comércio de comida e imagens era o mais promissor.
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Disso ele estava cansado. Sua vida até ali fora ganhar dinheiro às custas da fé dos romeiros do Juazeiro, ganhar dinheiro cantando benditos, guiando no caminho do Santo Sepulcro, vendendo chapéus, pulseiras dos pedidos, tirando fotos de turistas.
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É só explicar que o santo ajuda mas não garante. Inventa aí uma reza para elas, um sinal da cruz na testa, qualquer coisa.
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Assim o padre ficou feliz e fez de conta que não estava vendo nada do que acontecia, o mensageiro que se entendesse com o santo.
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Candeia tornou-se a capital mundial do amor romântico, dos casamentos apaixonados, dos casais enlouquecidos de paixão.
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Desesperança. Desfelicidade. Desgraça.
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não sabia ainda que morrer era o mesmo que nunca mais,
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O ciclo estava completo, Samuel encontrara o seu pai. O plano inicial estava cancelado, não se mata alguém já tão abandonado pela vida.
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Era bonito olhar para cima e ver as nuvens passando, com calma, pelo buraco da degola. Samuel sentiu paz ao ver as nuvens, distraiu-se tentando adivinhar suas formas. Será que fora de seu pai que ele herdara aquele gosto por ver as horas passando no céu? Elas continuavam andando em marcha lenta, na mesma brancura de sua infância, sem alterar o seu curso, sem dar a menor importância ao que acontecia lá embaixo.
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— Tu mente tanto que nem adianta mais querer ser honesto.
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A despedida de Samuel foi um olhar, apenas.
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Final, final mesmo, Samuel, é só quando eu baixar teu caixão na cova. Ainda dá tempo. — Tu sonha muito, Chico. — Foi a morte que me ensinou. O tempo de sonhar é em cima da terra.
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torto. É certo que a vida não lhe deu tantas chances de sonhar, mas ele teimava.
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A aprovação, o entusiasmo e o incentivo de García Márquez diante deste projeto foram fundamentais para que eu seguisse com o trabalho até o fim, e é por ele que começo os meus agradecimentos.
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Os personagens e as situações desta obra são reais apenas no universo da ficção; não se referem a pessoas e fatos concretos, e não emitem opinião sobre eles.