A Cabeça do Santo
Rate it:
Open Preview
Read between March 15 - March 15, 2025
2%
Flag icon
o corpo pede e pune, na mesma medida.
5%
Flag icon
A moça pensou uma coisa egoísta: ele sofria mais que ela. Que bom ver alguém que sofre mais. Que bom. Aquela desgraça de destino, seja lá como tenha acontecido, tornava a sua sina um pouco mais leve. Ela sempre achou que nunca encontraria alguém que sofresse mais que ela. Encontrou, por segundos.
11%
Flag icon
Mãe solteira e prostituta eram a mesma coisa. A sombra do pai era sua infelicidade.
12%
Flag icon
Enquanto o pai era uma sombra, foi suportável. Agora o pai era a morte.
16%
Flag icon
quero matar gente que é do meu ódio.
17%
Flag icon
A curiosidade, aos poucos, ficou maior que o medo.
Diego Braga
E não é sempre assim?
19%
Flag icon
— Não chama o santo de diabo, homem, é pecado. — E ler revista de mulher nua na cabeça do santo, é pecado não?
Diego Braga
Muito bom e brasileiro esse diálogo!
27%
Flag icon
Era bonita, Madeinusa, sempre foi. Seu pai falava que coisa linda como ela haveria de ser importada, como o rádio que ele comprou. Na caixa estava escrito: “Made in USA”. — O nome da minha filha veio do estrangeiro, eu só fiz ajuntar as letras.
36%
Flag icon
Compraram também dois tanques para armazenar água e vender a dez centavos o copo. Pratos, copos e talheres foram providenciados nas cidades vizinhas.
Diego Braga
Crença e lucro sempre andand de mãos dadas enquanto o desiludido estiver disposto a pagar por esperança.
37%
Flag icon
Diego Braga
Uma característica principal do trabalho de aciono é de pontar o cenário em que estamos imergindo aos poucos. Começamos tateando pelas cores tímidas das suas pinceladas, mas quando damos por mós já estamos totalmente inseridos no palco da sua narrativa.
41%
Flag icon
Nem Deus deve saber mais o que é pecado, homem, que dirá o padre.
55%
Flag icon
esperança e desejo obram o impossível.
78%
Flag icon
Isso de ter fé é o que desgraça gente pobre como eu.
83%
Flag icon
— Tu mente tanto que nem adianta mais querer ser honesto.
85%
Flag icon
É certo que a vida não lhe deu tantas chances de sonhar, mas ele teimava.
87%
Flag icon
— Esse negócio da força estranha. Você sabe o que é? — O que é o quê? A força estranha? — Sim. — Saber eu sei, só não dá pra explicar. — Adiantou nada. — Assim, eu acho que é um negócio que a gente sabe quando vem, a força estranha chega e, pá!, a gente sente. Quando ela toma conta, a gente faz o que quer fazer por cima de pau e pedra, não tem cão que segure. Acho que vem de Deus.
92%
Flag icon
“Coragem”, “perdão”, “amor”. Você entende o que é isso? Ele tomou as mãos da moça e sentiu a tal força estranha. As velas de Mariinha, a rota para Rosário.
92%
Flag icon
As primeiras ideias deste romance foram escritas em 2006 para a oficina de criação e roteiro “Como contar um conto”, ministrada por Gabriel García Márquez na Escuela de Cine y TV de San Antonio de Los Baños, em Cuba, entre 2 e 5 de dezembro.