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A filha chorou a morte da mãe duas vezes, por perdê-la e por não ter aproveitado a oportunidade da despedida.
Tinha muita coisa pra dizer e as palavras que não se dizem ao morto queimam na boca para sempre.
Mariinha levou tanto com ela. A sua ausência era dolorosa demais, mas só agora, quase
um ano depois, sentado no sofá rasgado na casinha do cemitério, Samuel percebeu que aquela ferida era incurável.
Tinha medo, raiva, mas ainda pesava o fato de que ela restava como a única ligação viva com seu passado e com a prova de que Mariinha um dia existiu na face da Terra.

