Um milhão de finais felizes

by Vitor Martins

Alguns heróis não usam capas.

Totalmente, incontestavelmente, absolutamente gay.

Acho que o grande problema é que eu leio demais. Fico fantasiando sobre como as coisas podem acontecer comigo de um jeito mágico e orquestrado pelo universo. Penso em como o amor da minha vida pode ser um cara

que pega o mesmo trem que eu todos os dias mas nossos caminhos nunca se cruzam, até o dia em que ele vai sair de casa cinco minutos atrasado porque vai derrubar café na camisa branca e precisar se trocar às pressas. E aí a gente vai se encontrar.

eu tenho medo do dia em que a tempestade chegar. Porque ela vai chegar, é só uma questão de tempo.

Eu jamais desenharia um sorrisinho no meu próprio copo.

Quando mentir se torna um hábito tão frequente, chega uma hora em que as palavras saem sem esforço algum.

— Me sinto honrada com o privilégio de conhecer a pessoa que está metendo a língua na boca do meu melhor amigo — Isa diz. — Não só a língua… — Dan responde.

viver por tantos anos numa realidade tão religiosa me fez ter medo de Deus.

Toda vez que eu penso em fazer sexo, lembro do Jonas de treze anos que chorava e pedia perdão toda vez que se masturbava.

— Eu quero esse livro pra ontem!

Será que algum dia no futuro meus problemas de hoje também parecerão pequenos?

Tod sempre imaginou como seria se sentir assim por uma mulher. Sentir desejo. Ele nunca imaginou que se sentiria assim olhando para um homem.

Escrito por mim, é claro. Porque eu sou um amigo incrível.

E eu, é claro, quero gritar mais uma vez. Porque finalmente escrevi alguma coisa e uma pessoa leu. De verdade.

É tão bom finalmente estar empolgado com alguma coisa na vida.

Mas com um passo de cada vez, eu chego lá. Seja lá onde for esse “lá”.

Vem na mesma hora, tá? Porque eu também sinto saudades.

eu ganho livros, porque quando você gosta de ler as pessoas sempre te dão livros.

Essa é a minha família. E o melhor de tudo é que foram eles que me escolheram.