Mas a nova da condenação de Galileu, a 23 de junho de 1633, por ter ousado defender a hipótese coperniciana do movimento da Terra, hipótese que para Descartes era uma das pedras angulares da sua Física, traz-lhe a mais profunda desilusão da sua vida, o reconhecimento da impossibilidade de, sem perigo, poder tornar conhecida do público a obra que, num concentrado e sereno orgulho, julgava ser o testemunho irrefutável da fecundidade inexaurível do método que descobrira.

