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Ela se contentaria em observá-los viver, em agir na sombra para que tudo ficasse perfeito, para que a máquina nunca parasse de funcionar. Nesse momento ela tem a convicção íntima, a convicção ardente e dolorosa de que sua felicidade pertence a eles. Que ela é deles, e eles são dela.
Um ódio cresce dentro dela. Um ódio que contraria sua tendência servil e seu otimismo de criança. Um ódio que embaralha tudo. Está absorvida em um sonho triste e confuso. Assombrada pela impressão de ter visto demais, entendido demais a intimidade dos outros, uma intimidade a que ela nunca teve direito. Nunca teve um quarto para si.