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Esses sonhos são conseqüência de muito ócio. Mostre-me um exército de bárbaros que então eu acredito.
Sou como um professor incompetente, pescando ao léu com os fórceps de minha maiêutica quando devia estar preenchendo essa moça com a verdade.
Realmente, o mundo devia pertencer aos cantores e dançarinos!
“Ou talvez seja o caso de que só aquilo que não está articulado tenha de ser vivenciado.”
Fico o dia inteiro olhando as paredes vazias, incapaz de acreditar que nenhum olhar será intenso o bastante para materializar a marca de toda a dor e degradação que eles trancaram; ou fecho os olhos tentando sintonizar o ouvido com o nível infinitamente leve com que os gritos de todos os que sofreram aqui ainda batem de uma parede a outra.
O que é, afinal, que represento, além de um arcaico código de comportamento cavalheiresco com os inimigos capturados, e contra o que estou, senão contra a nova ciência da degradação, que mata indivíduos de joelhos, confusos e desgraçados na opinião deles mesmos?
“Agora vamos ver o que diz a seguinte. Olhe, tem só um caractere. É a marca bárbara para ‘guerra’, mas tem outros sentidos também. Pode querer dizer ‘vingança’ e, se virarmos de ponta-cabeça, assim, pode ser lido como ‘justiça’. Não há como saber qual o sentido desejado. Isso faz parte da astúcia dos bárbaros.
mas cuidar de almas parece não ter deixado marcas nele do mesmo modo como cuidar de corações não deixa marcas no cirurgião.
A palavra voar sussurra a si própria em algum lugar no limiar de minha consciência. Sim, é verdade, eu estive voando.
O Império localizou sua existência não no tempo recorrente do ciclo das estações, que passa sereno, mas no tempo recortado de ascensão e queda, de começo e fim, de catástrofe. O Império se condena a viver na história e conspira contra a história.