Eu fui formada para me assemelhar o mais próximo possível de um modelo humano que não tinha escolhido e que não combinava comigo. Dia após dia desde o meu nascimento, fui moldada: meus gestos, minhas atitudes, meu vocabulário. Minhas necessidades eram reprimidas, meus desejos, meu ímpeto, haviam sido represados, pintados, disfarçados e presos. Depois de tirarem o meu cérebro, tendo eviscerado meu crânio, encheram-no com pensamentos aceitáveis que se adequavam a mim como um avental em uma vaca. (Cardinal 1984: 121).

