Por Que o Amor é Importante: Como o Afeto Molda o Cérebro do Bebê (Portuguese Edition)

by Sue Gerhardt

O que eles descobriram foi que os sistemas trabalham para permanecer estáveis, apenas se adaptando constantemente às novas condições. E o meio que usavam para conseguir isso era utilizar o feedback sobre o que funcionou e o que não funcionou.

ou exclui. Não há uma verdade, mas várias verdades possíveis.

Parece ser o processo de colocar sentimentos em palavras que possibilita que os cérebros direito e esquerdo sejam integrados. Quando as palavras descrevem com precisão os sentimentos, eles então podem ser misturados em um todo coerente.

é verdade dizer que, conforme envelhecemos, nossos sistemas internos se estabilizam e se tornam relativamente fixos.

O estresse na infância – como ser ignorado com frequência quando se chora – é particularmente perigoso, porque altos níveis de cortisol nos primeiros meses de vida podem afetar também o desenvolvimento de outros sistemas de neurotransmissores cujas vias ainda estão sendo estabelecidas.

o estresse é produzido pelo que é imprevisível ou incontrolável.

A principal característica do apego inseguro é a falta de confiança na disponibilidade e no apoio emocional dos outros.

os estudos sugerem que é a falta dessa responsividade consistente e de proteção que seja a marca do estresse para uma criança dependente.

Allan Schore vê como característica central da experiência borderline o fato de crescer em uma família que não ajuda a criança a processar bem a sua própria experiência emocional.

Uma pesquisa recente confirmou o poderoso efeito que o afastamento emocional da mãe pode ter sobre um bebê; na verdade, esse é o maior fator para predizer o desenvolvimento de transtorno da personalidade borderline, especialmente a probabilidade de automutilação futura (Lyons-Ruth et al. 2013).

Eu fui formada para me assemelhar o mais próximo possível de um modelo humano que não tinha escolhido e que não combinava comigo. Dia após dia desde o meu nascimento, fui moldada: meus gestos, minhas atitudes, meu vocabulário. Minhas necessidades eram reprimidas, meus desejos, meu ímpeto, haviam sido represados, pintados, disfarçados e presos. Depois de tirarem o meu cérebro, tendo eviscerado meu crânio, encheram-no com pensamentos aceitáveis que se adequavam a mim como um avental em uma vaca. (Cardinal 1984: 121).

Alguns pesquisadores documentaram as habilidades específicas que são necessárias para controlar os impulsos. As três estratégias principais são a autodistração, a busca de conforto e a busca de informações sobre o obstáculo aos nossos objetivos. Um estudo descobriu que crianças de 3 anos que estavam hábeis em usar as três estratégias mostraram o comportamento menos agressivo e externalizante (Gilliom et al. 2002). Elas foram capazes de se controlar o suficiente para se afastar da fonte de frustração e se concentrar em outra coisa e eram menos propensas a atacá-la. Elas também conseguiam questionar quando a situação seria menos penalizante, o que foi muito útil na dissolução da raiva. Somente quando se sentiam muito angustiadas ou oprimidas usavam a estratégia de busca de conforto. No entanto, encontrou-se que as crianças que não têm esse repertório e usam apenas uma estratégia são mais agressivas. Essas estratégias são aprendidas – são modeladas pelo comportamento e incentivo

As três estratégias principais são a autodistração, a busca de conforto e a busca de informações sobre o obstáculo aos nossos objetivos.

dos pais, não são de origem genética.

ambiente, principalmente

tentativas de ser autossuficiente,

ser mais exigente emocionalmente ou oscilante de um para o outro.

O exercício é cada vez mais visto como um antidepressivo eficaz (NICE 2009).

meditação de atenção plena também pode reduzir os níveis de cortisol e pode acalmar as ansiedades,

peixes oleosos, como sardinhas,

O sulforafano, encontrado no brócolis e na couve-flor,

ácidos graxos essenciais também podem afetar o equilíbrio de neurotransmissores.

Tanto com comprimidos quanto com suplementos vitamínicos, o benefício muitas vezes perdura apenas enquanto estiverem sendo tomados.

Caso se tornem um modo de vida, podem ter um impacto drástico, mas não vão necessariamente alterar os padrões de regulação emocional em relação a outras pessoas.

No entanto, os hábitos emocionais levam tempo para serem formados e tempo para serem mudados. Primeiro, eles precisam ser despertados. Você só pode alterar o processamento emocional ao fazê-lo de modo diferente. Quando um sentimento particular é despertado, neurotransmissores são liberados do subcórtex e as redes neurais antigas automaticamente são ativadas para gerenciar esse estado de excitação da maneira antiga. Mas, com a ajuda de um terapeuta, novas formas de regulação podem ser praticadas. Se seu terapeuta aceita seus sentimentos, eles não precisam ser negados pela rede neural que normalmente faz isso ou ser colocados em prática pela rede neural que normalmente responde dessa maneira. A aceitação do terapeuta possibilita um espaço mental para refletir sobre os sentimentos e considerar como responder de modo diferente. Enquanto os sentimentos estão vivos e ativos, assim também estão os hormônios do estresse que ajudarão na produção de novas sinapses corticais (cérebro

Um pouco desse trabalho pode envolver lidar com o negócio inacabado do início da vida, os sentimentos de medo de ser abandonado ou rejeitado que existiam com força total quando você era uma criança dependente; os sentimentos que eram insuportáveis e incontroláveis sem pais reguladores; os sentimentos de raiva que seus pais não o ajudaram a controlar utilizando sentimentos particulares; muitos sentimentos que foram retidos porque não era seguro senti-los enquanto você era criança, tão dependente dos pais para regulá-lo e mantê-lo vivo. Esses sentimentos muitas vezes não desaparecem. De algum modo, eles estão adormecidos, não processados, suscetíveis de serem externados em momentos de estresse quando o adulto “acorda” e libera a enorme raiva ou o medo que parece incompreensível para os outros, uma vez que é tão desproporcional ao evento atual.

conquistador. Mas, provavelmente, para a maior parte das

as mulheres querem o que nossos antepassados tinham como certo: ser parte das coisas, estar envolvidas em um grupo social e participar da vida ocupacional, enquanto desfruta de cuidar e criar seus filhos.