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Os tumores haviam bloqueado completamente a uretra, impossibilitando que os médicos inserissem um cateter em sua bexiga para esvaziá-la.
Cientistas e técnicos negros, muitos deles do sexo feminino, usaram células de uma mulher negra para ajudar a salvar a vida de milhões de norte-americanos, a maioria composta de brancos.
embora cancerosas, as células HeLa ainda compartilhavam várias características básicas com as células normais: produziam proteínas e se comunicavam entre si como células normais, dividiam-se e geravam energia, expressavam e regulavam genes e eram suscetíveis a infecções, o que as tornava ótimas ferramentas para sintetizar e estudar qualquer número de coisas em cultura, incluindo bactérias, hormônios, proteínas e especialmente vírus.
Como as células HeLa cresciam bem mais rápido que as células normais, produziam resultados também mais rápido. As células HeLa eram verdadeiros burros de carga: resistentes, baratas e estavam em toda parte.
uma descoberta só é considerada válida quando outros podem repetir o trabalho e obter o mesmo resultado.
em 1953, um geneticista do Texas acidentalmente misturou o líquido errado às células HeLa e a algumas outras células, e o erro acabou se revelando uma sorte. Os cromossomos dentro das células incharam e foram expostos, e pela primeira vez os cientistas puderam ver claramente cada um deles.
A única coisa de que ele tinha certeza, Cliff disse, era que havia algo de bonito na ideia dos Lacks brancos proprietários de escravos estarem enterrados debaixo de seus parentes negros.
Os três sabiam das pesquisas que os nazistas haviam realizado com prisioneiros judeus. Sabiam também dos famosos julgamentos de Nuremberg.
no seu entusiasmo inicial, Gey tinha fornecido todas as células HeLa originais a outros pesquisadores, e não mantinha mais nenhuma consigo.
Usaram híbridos para criar terapias para o câncer como Herceptin e para identificar os grupos sanguíneos que aumentavam a segurança das transfusões. Também os usaram para estudar o papel da imunidade no transplante de órgãos. Os híbridos provaram que era possível que os dnas de dois indivíduos sem nenhum parentesco, e mesmo de espécies diferentes, sobrevivessem conjuntamente dentro de células sem rejeitar um ao outro, o que significava que o mecanismo da rejeição de órgãos transplantados devia ser exterior às células.
os únicos pacientes que deveriam pagar seriam aqueles com condições para tal, e que qualquer dinheiro que trouxessem deveria ser gasto no tratamento daqueles sem dinheiro.
alguns cientistas argumentam que é factualmente incorreto dizer que as células HeLa estão relacionadas a Henrietta, já que o dna delas não é mais geneticamente idêntico ao de Henrietta.
se você conseguisse obter atualmente uma amostra do corpo de Henrietta e examinasse seu dna, seria idêntico ao dna das células HeLa.”
as células humanas cancerosas contêm uma enzima chamada telomerase, que reconstrói seus telômeros. A presença da telomerase permitia às células regenerarem seus telômeros indefinidamente.
Na pneumoencefalografia, um buraco era aberto no crânio das cobaias. Em seguida, através dele drenava-se o líquido em torno do cérebro e bombeava-se ar ou hélio para o interior do crânio no lugar do líquido, para que se pudesse obter raios X nítidos do cérebro.
Como a pneumoencefalografia podia causar lesões cerebrais permanentes e paralisia, ela foi abandonada nos anos 1970.
Mas substitua a palavra dinheiro nessa frase por tecido, e você vai ter exatamente a lógica que muitas pessoas empregam para negar aos doadores
queiramos ou não, vivemos numa sociedade voltada para o mercado, e a ciência faz parte desse mercado.
“Os pesquisadores se tornaram empresários. Isso fez crescer nossa economia e criou incentivos à pesquisa. Mas também trouxe problemas, como o sigilo e discussões sobre quem é dono do quê.”