O escritor Raymond Carver, que eu respeito muito, também gostava desse trabalho de “bater com o martelo”. Ele escreveu o seguinte, citando as palavras de outro escritor: “Sei que terminei um conto quando me pego tirando as vírgulas das frases e em seguida colocando todas elas de volta, no mesmo lugar”. Eu entendo muito bem o que ele quis dizer. Afinal, também já fiz isso muitas vezes, em dado momento chegamos a esse ponto sutil. Já cheguei ao meu limite. Se mexer mais, vai piorar. Carver indicou esse ponto com precisão tomando as vírgulas como exemplo.