Os despossuídos
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Read between August 24 - September 21, 2024
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Não há mesmo nenhuma distinção entre o trabalho do homem e o trabalho da mulher? – Bem, não, isso parece uma base muito mecânica para a divisão do trabalho, não é? Uma pessoa escolhe o trabalho de acordo com seu interesse, seu talento, sua força... O que o sexo tem a ver com isso?
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Se para sentir-se digno Kimoe precisava considerar metade da raça humana inferior a ele, como as mulheres faziam para se sentir dignas?
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Aos 20 anos, tinha consciência demais de sua mente e caráter para ser sociável; era introvertido e reservado;
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Aqui em A-Io eles me temem menos, pois se esqueceram da revolução. Não acreditam mais nela. Acham que se as pessoas conseguirem possuir coisas o suficiente ficarão satisfeitas em viver na prisão. Mas eu não acredito nisso, quero derrubar os muros. Quero solidariedade, solidariedade humana.
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A educação, a atividade mais importante do organismo social, tornou-se rígida, moralista, autoritária.
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É sempre mais fácil não pensar por si mesmo. É só encontrar uma bela e confortável hierarquia e se acomodar. Não faça mudanças, não corra o risco de ser desaprovado, não aborreça seus síndicos. É sempre mais fácil deixar-se governar.
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Tinha visto com frequência essa ansiedade nos rostos dos urrastis, e isso o intrigava. Seria porque, por mais dinheiro que tivessem, sempre se preocupavam em ganhar mais, a fim de não morrerem pobres? Seria culpa porque, por menos dinheiro que tivessem, sempre havia alguém mais pobre? Qualquer que fosse a causa, aquela ansiedade conferia aos rostos certa uniformidade, e ele se sentia muito só entre elas.
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Será que o dinheiro também comprava a gentileza, além dos postais e do mapa? O
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Vocês são ricos, vocês possuem. Nós somos pobres, somos carentes. Vocês têm, nós não temos.
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Tudo é lindo aqui. Só os rostos que não. Em Anarres nada é lindo, nada, exceto os rostos. Os outros rostos, dos homens e das mulheres. Aqui se veem joias, lá se veem olhos. E nos olhos se vê o esplendor, o esplendor do espírito humano. Porque nossos homens e mulheres são livres... por não possuírem nada, são livres. E vocês, os possuidores, são possuídos. Vocês estão todos presos. Cada um sozinho, solitário, com o monte de coisas que possui. Vocês vivem na prisão, morrem na prisão. É tudo que consigo ver nos seus olhos... o muro, o muro!
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“Uma criança livre da culpa da posse e do fardo da concorrência econômica crescerá com a vontade de fazer o que for necessário fazer, e com a capacidade de alegrar-se em fazê-lo. É o trabalho inútil que entristece o coração. O deleite da mãe que amamenta, do estudioso, do caçador bem-sucedido, do bom cozinheiro, do criador talentoso, de qualquer um que faça um trabalho necessário e o faça bem – essa alegria duradoura talvez seja a fonte mais profunda de afeto humano e de sociabilidade como um todo”.
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Você sabe que quando as pessoas querem desejar boa sorte umas às outras dizem “que você renasça em Anarres”? Saber que ela existe, saber que existe uma sociedade sem governo, sem polícia, sem exploração econômica, saber que nunca mais se pode dizer que é só uma miragem, um sonho idealista!
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Temos mais medo da opinião do vizinho do que respeito pela nossa própria liberdade de escolha.
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Meu mundo, minha terra é uma ruína. Um planeta devastado pela espécie humana. Nós nos multiplicamos, nos empanturramos e brigamos até não sobrar nada, e então morremos. Não controlamos nosso apetite nem nossa violência; não nos adaptamos, nos destruímos. Mas destruímos nosso planeta primeiro. Não sobrou nenhuma floresta na Terra. O ar é cinza, o céu é cinza, está sempre quente.
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Anarquistas mortos viram mártires, você sabe, e continuam vivos por séculos. Mas os ausentes podem ser esquecidos.