dr. Krokowski costumava falar do amor num sentido ligeiramente ambíguo, de modo que ninguém sabia com certeza se se referia a um assunto piedoso ou a algo físico, passional. E nós não fazemos o mesmo, ou talvez o fizessem Hans Castorp e Clawdia Chauchat, quando trocavam esse beijo russo? Ora, que diria o leitor, se nos recusássemos redondamente a resolver esse problema? A nosso ver, seria um procedimento analítico, mas — para repetir a expressão de Hans Castorp — “muito mesquinho” e francamente hostil à vida, fazer em matéria de amor uma distinção “limpa” entre elementos piedosos e elementos
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