Por mais que agora eu escrevesse e falasse a torto e a direito de autonomia feminina, não sabia prescindir de seu corpo, de sua voz, de sua inteligência. Foi terrível ter de confessá-lo, mas eu continuava gostando dele, e o amava mais que a minhas próprias filhas. À ideia de feri-lo, de nunca mais o encontrar, eu murchava dolorosamente, a mulher livre e culta perdia as pétalas, se desprendia da mulher-mãe, e a mulher-mãe se distanciava da mulher-amante, e a mulher-amante, da criada enfurecida, e todas pareciam prestes a voar para longe, em direções diversas.