Helenita Bitencourt

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o terremoto de 23 de novembro de 1980, com sua devastação infinita — entrou nos nossos ossos. Afugentou o hábito da estabilidade e da solidez, a certeza de que cada instante seria idêntico ao sucessivo, a familiaridade dos sons e dos gestos, sua reconhecibilidade certa. Infiltrou-se a suspeita quanto a qualquer segurança, o pendor a acreditar em toda profecia de desgraça, uma atenção angustiada aos sinais de friabilidade do mundo, e foi difícil recuperar o controle. Segundos e segundos e segundos que não terminavam nunca.
História da menina perdida: Maturidade – Velhice (Napolitana, #4)
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