Assim, em minha temporada em Paris, a execução pública de uma pena de morte denunciou, para mim, a precariedade da minha superstição no progresso. Quando vi a cabeça separar-se do corpo e ouvi o barulho das duas partes batendo dentro de uma caixa, entendi — não com a razão, mas com todo o ser — que nenhuma teoria da racionalidade do que existe e do progresso é capaz de justificar aquela ação e que, mesmo que todas as pessoas do mundo, por força de quaisquer teorias, desde a criação do mundo, achem que isso é necessário, eu sei que não é necessário, sei que é ruim e que, portanto, ao avaliar o
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