Alerta vermelho: Como me tornei o inimigo número um de Putin (Portuguese Edition)
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O outono estava chegando ao fim e a paisagem era pitoresca, mas também um pouco deprimente. O regime comunista polonês tinha acabado de cair e as condições do terreno eram mais duras do que eu esperava. Era como entrar numa máquina do tempo programada para voltar a 1958: carros antigos, cavalos puxando carroças pelo acostamento, fazendas abandonadas, moradias — os famosos e onipresentes prédios de concreto soviéticos — desmoronando.
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Boris Yeltsin, o primeiro presidente russo eleito democraticamente, era candidato à reeleição, mas o cenário não se afigurava muito promissor para ele. Seu projeto de migrar o país do comunismo para o capitalismo fracassara de maneira retumbante. Em vez de serem divididas entre os 150 milhões de habitantes do país, as ações das empresas estatais privatizadas em massa acabaram nas mãos de 22 oligarcas, que passaram a controlar 39% da economia do país enquanto o restante da população vivia na pobreza.
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contratar um empregado que falasse inglês em Moscou era praticamente impossível. Setenta anos de comunismo destruíram a ideia do trabalho como um bem importante e valioso. Milhões de russos tinham sido mandados para gulags por demonstrar algum espírito de iniciativa pessoal. Os soviéticos penalizavam tão duramente quem pensava fora dos padrões estabelecidos que a reação natural das pessoas era fazer o mínimo possível, esperando que ninguém as notasse.
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Por isso, ele não conseguia ver que, na Rússia, não existia o império da lei. Existia, sim, o império dos homens. E esses homens eram corruptos.