Minha querida Sputnik (Portuguese Edition)
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Kindle Notes & Highlights
Read between August 2 - August 6, 2023
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as coisas inúteis também não têm um lugar neste mundo longe de ser perfeito? Retire tudo que é fútil de uma vida imperfeita e ela perderá, até mesmo, sua imperfeição.
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Se houvesse uma fotografia de Sumire tirada nessa época, não tenho dúvida de que seria um registro valioso de como certas pessoas são especiais.
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Nenhum homem deve passar pela vida sem experimentar uma vez a saudável, ainda que entediante, solidão no ermo, dependendo exclusivamente de si mesmo e, assim, descobrindo a sua força oculta e verdadeira. — Não gosta disso? — disse ela. — Todo dia, no alto de uma montanha, varrendo trezentos e sessenta graus, checando se há algum incêndio. E pronto. Encerrou por aquele dia. O resto do tempo pode ler, escrever, o que quiser. À noite, ursos sujos rondando a sua cabana. Vida é isso! Comparando, estudar literatura em universidade é como morder o lado mais amargo do pepino.
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Shiga Naoya era na White Birch School.
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Na solidão infinita do espaço, para o que a cadela poderia estar olhando?
Pilar
Para o infinito.
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O desejo sexual não é uma coisa para se entender — disse eu, dando a minha opinião moderada de sempre. — Simplesmente acontece.
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As gravações monofônicas de Chopin por Vladimir Horowitz, especialmente os scherzos, são emocionantes, não? As interpretações de Friedrich Gulda dos prelúdios de Debussy são espirituosas e adoráveis. O Grieg de Gieseking é, do início ao fim, doce. Vale a pena ouvir o Prokofiev de Sviatoslav Richter repetidamente. A sua interpretação capta, com exatidão, as mudanças rápidas de humor. E as sonatas de Mozart por Wanda Landowska, tão cheias de calor e ternura que é difícil entender por que não foram mais aclamadas.
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“Noite escura da alma”, de Fitzgerald.
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Sanshiro, de Soseki.
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De qualquer jeito, você certamente tem muita experiência, não tem? — Eu não diria muita — protestei delicadamente. — As coisas simplesmente acontecem.
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Estou certa que não sabe de uma coisa — disse ela calmamente, tornando a pôr a taça sobre a mesa. — A pessoa que está aqui, agora, não sou eu de verdade. Quatorze anos atrás, tornei-me metade da pessoa que era. Gostaria de tê-la conhecido quando era inteira. Teria sido maravilhoso.
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Ei, se não se pode dar opinião sobre as outras pessoas, o mundo se torna um lugar um tanto assustador, não? Se não concorda, é só ver o que Joseph Stalin fez.
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Me diga uma coisa — disse Sumire —, nunca se sentiu confuso em relação ao que está fazendo, como se não fosse a coisa certa? — Passo mais tempo confuso do que não confuso — respondi.
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Qualquer explicação ou lógica que explique tudo tão facilmente esconde uma armadilha. Falo por experiência própria. Alguém disse que, se existe alguma coisa que um único livro possa explicar, então não vale a pena ser explicada. O que quero dizer é que não tire conclusões precipitadas. —
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Eu não engolia facilmente o que os outros me contavam. Minhas únicas paixões eram os livros e a música. E, como podem imaginar, levava uma vida solitária.
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Não tinha planejado ser professor, mas depois de me tornar um descobri um respeito e uma afeição pela profissão mais profundos do que jamais imaginaria vir a sentir. Mais exatamente, na verdade, devo dizer que acabei descobrindo a mim mesmo. Em pé, na frente da sala de aula, ensinando aos meus alunos da escola fundamental os fatos básicos da nossa língua, da vida, do mundo, descobri que, ao mesmo tempo, ensinava a mim mesmo tudo de novo — filtrado através dos olhos e mentes dessas crianças.
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No entanto, as perguntas básicas me atiçavam: Quem sou eu? O que estou buscando? Aonde estou indo?
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Mas se perco a mim mesma, aonde poderei ir?
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Toda vez que via um passe que achava que nem eu mesmo faria, balançava a cabeça e suspirava. Julgar o erro dos outros é fácil — parece muito bom.
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Até onde entendi lendo o panfleto, essa era uma ilha grega típica. No entanto, por algum motivo, os ingleses acharam-na particularmente encantadora (os britânicos são um tanto excêntricos) e, em seu zelo pelo lugar, construíram uma colônia de chalés de veraneio em uma elevação perto do porto. No fim dos anos sessenta, vários escritores ingleses viveram ali e produziram seus romances contemplando o mar azul e as nuvens brancas. Várias dessas obras foram aclamadas pela crítica, resultando na reputação da ilha, entre os literatos britânicos, como um local romântico. Entretanto, no que diz ...more
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Era uma vista impressionante, algo que eu gostaria de recortar e pregar na parede da minha memória.
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eu realmente gostava de Lotte Lenya, mas não o bastante para querer ser ela.
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“O que é importante aqui”, sussurrei para mim mesmo, “não são as coisas grandes que outras pessoas pensaram, mas as pequenas coisas que você, você próprio, pensou.”
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O luar envolvia todo som, apagava todo significado, jogava toda mente no caos.
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No meio do nosso silêncio, algo se passou entre nós.
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Querendo ou não, eu estou aprisionado neste fluxo de tempo. Não posso escapar. Não — isso não é totalmente verdade. A verdade é que realmente eu não quero escapar.
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Por que as pessoas têm de ser tão sós? Qual o sentido disso tudo? Milhões de pessoas neste mundo, todas ansiando, esperando que outros as satisfaçam, e contudo se isolando. Por quê? A terra foi posta aqui só para alimentar a solidão humana?