Uma temporada no escuro (Minha Luta, #4)
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Read between January 1 - February 1, 2018
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Quando cheguei a essa parte notei uma tensão dentro de mim, um arco de alegria e força, de um momento para o outro senti que eu não conseguia escrever depressa o suficiente, o texto estava sempre com certo atraso em relação à história, e esse era um sentimento maravilhoso, límpido e reluzente.
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Quando alguém senta e pensa na coisa mais bonita que existe, naquilo que há de mais precioso, e simplesmente deseja estar lá, por assim dizer fora do mundo, no caminho entre um lugar e outro, não é justo nessa hora que realmente estamos em algum lugar? Quando nos sentimos preenchidos pelo mundo?
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Ah, essa é a canção do jovem apaixonado. Será que ele tem o direito de usar uma palavra como “amor”? Ele não sabe nada a respeito da vida, não sabe nada a respeito da garota, não sabe nada a respeito de si próprio. A única coisa que sabe é que nunca sentiu nada com tanta intensidade e tanta clareza. Tudo dói, mas não existe sensação
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melhor. Ah, essa é a canção do jovem de dezesseis anos que está sentado no ônibus pensando nela, na escolhida, sem perceber que aos poucos, aos poucos os sentimentos vão se tornar mais baços e mais fracos, que a vida, que naquele momento é grande, enorme, vai se tornar implacavelmente menor, cada vez menor, até atingir um tamanho administráve...
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Não vivemos nossa vida sozinhos, mas isso não quer dizer que vejamos as pessoas com quem vivemos.
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Nesses cadernos o meu pai aparece como ele próprio, no meio da própria vida, e talvez por isso essa leitura seja tão dolorosa para mim, porque ele não apenas é muito mais do que os sentimentos que eu tinha em relação a ele, mas infinitamente mais, uma pessoa viva e completa no meio da vida.
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O silêncio naquelas alturas e a sensação de estar repleto de tanta beleza fizeram com que eu me percebesse, ou me tornasse eu mesmo, não em relação à minha psicologia ou à minha moral, isso não tinha nada a ver com as minhas qualidades, mas era o fato de estar lá, de ser o corpo que se movimentava lá no alto, eu estava lá naquele instante, vivendo aquilo, e mais tarde eu iria morrer.