Os filhos combativos de Machen (Portuguese Edition)
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Read between February 14 - April 13, 2023
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A Escritura não é precisa o suficiente nessa área para o estabelecimento, de forma decisiva, de um desses pontos de vista como verdade, muito menos como teste de ortodoxia.
Felipe Sabino liked this
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Tornar-se cristão envolve a aceitação da Palavra de Deus como critério supremo da verdade, isto é, como a pressuposição última de alguém. Assim, a Palavra de Deus valida a evidência factual, e não o contrário.
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Um argumento comum é que as igrejas reformadas devem “testemunhar contra o movimento carismático moderno”. Parece, contudo, que ao tomar essa posição as igrejas reformadas também testemunham contra parte da sua história.
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O ponto de vista de alguém sobre a duração dos dias da Criação deveria ser um teste de ortodoxia? Penso que não. As questões exegéticas são difíceis, e não creio que qualquer outra questão doutrinária dependa disso. A interpretação não literal não implicaria, por exemplo, que Adão não era uma pessoa real, ou que os seres humanos evoluíram dos animais.
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Mas o que, precisamente, é um elemento, e o que é uma circunstância? O uso de instrumentos musicais é um elemento ou uma circunstância? E o que dizer das palavras específicas dos sermões, orações e hinos? Eles não são prescritos pela Bíblia, nem são “comuns às ações e sociedades humanas”.
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A controvérsia sobre a teologia liberal convenceu muitos conservadores de que as confissões deveriam ser levadas mais a sério. Alguns advertiram, contudo, sobre os perigos da forma de subscrição muito estrita: se subscrição significa que ninguém pode ensinar algo contrário à confissão, então para todos os propósitos práticos as confissões são inalteráveis e ocupam o mesmo nível de autoridade que a Escritura. A teologia reformada abraça o princípio sola Scriptura e, portanto, deve sempre permitir meios práticos pelos quais a Bíblia possa nos levar a revisar as confissões, se necessário.
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Enfatiza em demasia a tentativa de definir a visão histórica do presbiterianismo americano, e pouquíssimo sobre a questão teológica do tipo de subscrição desejável para manter a ortodoxia na igreja e a supremacia da Escritura sobre todos os padrões secundários.
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As igrejas reformadas tendem a se gloriar em seus distintivos: história, origens étnicas, batalhas teológicas do passado que as fizeram diferentes das outras.
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Assim, suspeito, por exemplo, que a discordância sobre a incompreensibilidade de Deus consista na diferença entre alguns que se focam na continuidade entre os pensamentos de Deus e os nossos, e outros que se concentram na descontinuidade. Não vejo razão pela qual não possamos afirmar as duas coisas, se pudermos deixar de lado a lealdade ao movimento e ler a Escritura mais uma vez. Sobre a questão da subscrição confessional, considero possível estabelecer uma forma de subscrição que guarde a igreja das heresias e, ao mesmo tempo, permita que a Escritura funcione como padrão primário, de forma ...more
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Sem dúvida, nem toda diferença teológica é de perspectiva. Algumas vezes é preciso optar entre um conceito verdadeiro e falso.
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O ponto principal do multiperspectivismo consiste no fato de que só Deus é onisciente; ele observa a realidade ao mesmo tempo sob todas as perspectivas possíveis. Por causa da nossa finitude, precisamos olhar para as coisas primeiro a partir de uma perspectiva, depois de outra. Quanto mais perspectivas pudermos incorporar em nossas formulações, maior a probabilidade de essas formulações serem biblicamente acuradas.
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A crítica comum é de ser relativista, mas os multiperspectivistas negam essa crítica com veemência. Em nossa visão, existe a verdade objetiva como Deus a revelou. No entanto, há algumas questões, mesmo teológicas, sobre as quais muitos de nós não temos certeza. Nesses casos, em especial, é importante a verificação de nossas ideias, olhando para os dados sob perspectivas diferentes.
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Os cristãos reformados precisam questionar o que motiva essas batalhas. Em que medida essas controvérsias são frutos do Espírito, e em que medida obras da carne?
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O movimento de Machen nasceu da controvérsia sobre a teologia liberal. Não tenho dúvida de que Machen e seus colegas estavam certos em rejeitar essa teologia e lutar contra ela. Mas pode-se argumentar que uma vez que os machenistas se encontravam em uma “igreja presbiteriana verdadeira”, eles foram incapazes de moderar seus impulsos marciais. Encontrando-se em uma igreja sem liberais contra os quais lutar, eles se voltaram uns contra os outros.
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Um chavão do movimento de Machen era “a verdade antes da amizade”. Deveríamos louvar a intenção deles de agir de acordo com o princípio sem transigência. Mas o equilíbrio bíblico consiste em “falar a verdade em amor” (Ef 4.15). Não devemos falar a verdade sem pensar nos efeitos de nossas formulações sobre os irmãos cristãos, mesmo aos nossos oponentes. Esse equilíbrio não caracterizou o movimento de Machen.[72]
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A suposição parece ser que qualquer diferença de opinião equivalha a um teste de comunhão, que qualquer verdade que eu possua me dá o direito de romper a paz da igreja até que todos passem a concordar comigo. Há, no entanto, algumas discordâncias que não são testes de ortodoxia, algumas diferenças que deveriam ser toleradas na igreja.
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Mas os escritores e professores reformados parecem quase incapazes de especificar pecados particulares, e mesmo fraquezas, das suas tradições ou denominações, em particular de seus próprios grupos partidários. O espírito de autocrítica genuína (prelúdio ao espírito de arrependimento) é necessidade urgente.
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O foco quase exclusivo em questões doutrinárias de vários círculos reformados é em si mesmo parte do problema. Como Tim Keller adverte, o cristianismo reformado precisa de uma visão que abranja não só declarações doutrinárias, mas também nossa piedade, alcance evangelístico e missões de misericórdia.