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pai possuía a maioria das casas e toda a terra arável por quilômetros ao redor. Nada fizera para obter tanta riqueza: uma série de casamentos, no início do século XIX, unira as três mais importantes famílias proprietárias de terras no condado, e a vasta propriedade resultante passara intacta de geração a geração.
Uma péssima influência... – repetiu ela, amargurada. – Isso mesmo. Ele me ensinou a questionar dogmas, a não acreditar em mentiras, a detestar a ignorância e a desprezar a hipocrisia. Por causa disso não consigo me ajustar a uma sociedade civilizada.
Era estranho, pensou Diana, que, quando um homem bancava o tolo diante de uma mulher bonita, a esposa nunca dirigia sua raiva contra o marido. Não se podia dizer que Diana tinha alguma pretensão com qualquer dos homens pomposos e encharcados de uísque.
Era casada com um homem leal e rabugento, sempre mais interessado nos negócios do que nela. A maioria das mulheres que conhecia se encontrava na mesma situação, portanto devia ser normal. Eram todas frustradas, mas viviam melhor do que aquelas que tinham casado com vagabundos ou bêbados, por isso se compadeciam umas das outras e concordavam que podia ser pior.
Já encontrei alguns fascistas. Quase sempre são pessoas assustadas. – É mesmo? – Margaret achou a ideia surpreendente e um tanto implausível. – Parecem muito agressivos. – Sei disso. Por dentro, no entanto, vivem apavorados. É por isso que gostam de marchar de um lado para outro usando uniformes... Sentem-se seguros quando fazem parte de um bando. É por isso que não gostam da democracia... É incerta demais. Ficam mais felizes numa ditadura, na qual se sabe o que vai acontecer em seguida e o governo não pode mudar de repente.