Passarinha (Portuguese Edition)
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O bom dos livros é que as coisas do lado de dentro não mudam. As pessoas dizem que não se pode julgar um livro pela capa mas isso não é verdade porque a capa diz exatamente o que tem dentro. E não importa quantas vezes você leia aquele livro as palavras e imagens não mudam. Você pode abrir e fechar os livros um milhão de vezes que eles continuam os mesmos. Têm a mesma aparência. Dizem as mesmas palavras. Os gráficos e ilustrações são das mesmas cores. Livros não são como pessoas. Livros são seguros.
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Não gosto dessas palavras gêmeas logo logo porque a gente não sabe quando elas vão chegar de fininho e pegar a gente de surpresa e virar AGORA. Ou vai ver que é daquele tipo de logo logo que nunca chega a acontecer. Como aquele dia em que perguntei para papai e Devon quando o armário ia ficar pronto. E eles disseram logo logo.
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Ela colocou um X em cima do C de Coração e escreveu um c minúsculo. Não parece certo desse jeito. Tenho certeza de que ela está errada em relação às palavras especiais e às letras maiúsculas mesmo sendo uma professora. Como pode existir alguma palavra mais especial que Coração?
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É errado atirar em um inocente que jamais teve a intenção de fazer mal a alguém. Eu ainda não tinha Captado O Sentido e falei, Mas você disse que o cachorro estava doente e que FARIA mal a eles. E Devon respondeu, A frase não se refere a cachorros e sim a gente! Ninguém deve fazer mal a pessoas inocentes Scout. É isso que quer dizer.
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Os olhos são as janelas da alma, diz o Sr. Walters. Quando você olha dentro dos olhos de alguém pode ver muito sobre a pessoa.
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Ela diz que preciso ser paciente e continuar tentando. Às vezes as coisas não dão certo da primeira vez mas no fim acabam dando.
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Acho que vai doer. Mas talvez depois da dor eu consiga fazer uma coisa boa e forte e bonita de tudo isso.
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Achei que especial era bom, murmuro. Todos nós somos especiais de maneiras diferentes, diz ela. Especial É bom.
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Papai está enganado em relação a isso. Um filme é melhor do que a vida real porque nos filmes só os maus morrem. Ou então você pode escolher os bons filmes em que os maus morrem e só assistir a esses. Se enganarem você e uma boa pessoa morrer no filme aí você pode reescrever a cena na sua cabeça para a boa pessoa continuar viva e a cena da morte se tornar supérflua.
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Papai tinha continuado a falar mas eu não estava pronta para prestar atenção. O quê? A vida é especial. Quer dizer... que não sou só eu que sou especial? Tudo na vida é? Isso mesmo. Acho que a boa notícia é que todo mundo vai ter que aguentar ser especial porque todo mundo está vivo.
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Embora eu não achasse que iria gostar da empatia ela é uma coisa assim que chega sem avisar e faz você sentir um calorzinho gostoso no Coração. Acho que não quero voltar para uma vida sem empatia.
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A empatia não é tão difícil quanto parece porque muitos dos sentimentos das pessoas são os mesmos. E isso ajuda a compreender os outros porque aí a gente pode realmente se preocupar com eles de vez em quando. E ajudá-los. E ter amigos. Como Michael. E fazer alguma coisa por eles e fazer com que se sintam tão bem quanto a gente está se sentindo.
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Como pôde algo assim acontecer? E por quê? O que poderíamos ter feito — se é que alguma coisa — para evitá-lo? Quem pode saber. Mas de uma coisa estou certa. Se todos compreendêssemos melhor uns aos outros, poderíamos fazer um grande avanço para deter a escalada da violência. Todos desejamos ser ouvidos e compreendidos. Alguns de nós se expressam melhor do que outros. Alguns de nós têm problemas sérios e que precisam ser abordados, não ignorados, custe o que custar.
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Este livro foi inspirado na tragédia da Virginia Tech e também na minha necessidade de explicar como é, para uma criança, ser portadora da Síndrome de Asperger. Os dois temas estão relacionados em meu modo de ver, porque creio firmemente na intervenção precoce, qualquer que seja a deficiência. Compreender as dificuldades das pessoas e — igualmente crucial — ajudá-las a compreender suas próprias dificuldades e ensinar-lhes maneiras concretas de ajudar a si mesmas irá, por sua vez, ajudá-las a lidar melhor com suas próprias vidas e, por extensão, com as nossas.