História do novo sobrenome: Juventude (Napolitana, #2)
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Read between January 1 - January 27, 2025
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Palavras: com elas se faz e se desfaz como se quer.
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Fiquei escutando arrebatada pela emoção e, mesmo me sentindo perdida entre mil coisas que ignorava — o que eram o gaullismo, a oea, a socialdemocracia, a abertura à esquerda; quem eram Danilo Dolci, Bertrand Russell, os pieds-noirs, os fanfanianos; e o que acontecera em Beirute e na Argélia —, senti a necessidade, como já há tempos, de cuidar dele, de acudi-lo, de protegê-lo, de defendê-lo em cada coisa que fizesse ao longo da vida. Foi
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eu não era capaz de me confessar com clareza meus próprios desejos. Não só tinha o cuidado de escondê-los dos outros, mas também os manifestava a mim de modo cético, sem convicção. Por que eu nunca tinha dito a Lila com clareza o que eu sentia por Nino? E agora, por que não lhe gritara a dor que me tinha causado com aquela confidência em plena noite, por que não lhe revelara que, antes mesmo de beijá-la, Nino tinha me beijado? O que me levava a agir assim? Mantinha meus sentimentos em surdina porque me assustava a violência com que, ao contrário, em meu íntimo eu queria coisas, pessoas, ...more
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Pareceu-me uma boa ocasião para dar uma espécie de adeus a Nápoles. Atravessei a Via Garibaldi, subi pelos Tribunali, peguei um ônibus na Piazza Dante. Fui até o Vomero, primeiro na Via Scarlatti, depois na Santarella. Depois desci de funicular até a Piazza Amedeo. Todas as vezes fui recebida com lamentos pelas mães dos alunos, em alguns casos com grande afeto. Além do dinheiro, me ofereceram café e quase sempre uma lembrancinha. Quando meu giro terminou, percebi que estava a pouca distância da Piazza dei Martiri.