Agora, a maioria dessas células estava apagada. Eu não tinha, mais que a maioria daquelas pessoas, verdadeira razão para me matar. Tinha até mesmo, pensando bem, nitidamente menos motivos: minha vida fora marcada por autênticas realizações intelectuais, e eu estava num certo meio — sem dúvida extremamente restrito — reconhecido e até respeitado. No plano material, não havia do que me queixar: tinha a garantia, até minha morte, de me beneficiar de uma renda elevada, duas vezes maior que a média nacional, sem precisar realizar em troca o menor trabalho. No entanto, eu sentia muito bem que me
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