Connie, mesmo sem merecimento, era uma motorista confiante, dona de um antigo Volvo repleto de cicatrizes de guerra, com musgo crescendo nas janelas e um chão lotado de pacotes de batata frita, caixas de fitas cassete rachadas e velhos guias de rua. Ela dirigia com uma espécie de desleixo beligerante, mudando a música com mais frequência do que trocava de marcha, de forma que as tensões já estavam em alta quando estacionamos diante da casa vitoriana de tijolos dos meus pais, com o gramado bem aparado, o cascalho alisado com ancinho.