O lingüista Donald Davidson sustenta que “interpretar a declaração e o comportamento dos outros, mesmo seu comportamento mais aberrante, exige que encontremos neles muita verdade e razão”.3 Embora suas crenças possam ser muito diferentes das nossas, “temos de supor que o estranho é muito semelhante ao que somos”, de outro modo corremos o perigo de negar sua humanidade. “A caridade nos é imposta”, conclui Davidson. “Quer gostemos dela ou não, se quisermos entender os outros, devemos considerá-los corretos na maioria dos assuntos.”4 Na arena pública, no entanto, freqüentemente