O sonâmbulo vê ao mesmo tempo o seu próprio Espírito e o seu corpo; eles são, por assim dizer, dois seres que lhe representam a dupla existência espiritual e corpórea, confundidos, entretanto, pelos laços que os unem. Nem sempre o sonâmbulo se dá conta dessa situação, e essa dualidade faz que muitas vezes ele fale de si como se falasse de uma pessoa estranha. É que ora é o ser corpóreo que fala ao ser espiritual, ora é o ser espiritual que fala ao ser corpóreo.

