No sonho e no sonambulismo, a alma vaga pelas regiões terrenas. No êxtase, penetra em um mundo desconhecido, o dos Espíritos etéreos, com os quais entra em comunicação, sem, todavia, poder ultrapassar certos limites, que não poderia transpor sem desfazer totalmente os laços que a prendem ao corpo. Um fulgor resplandecente e inteiramente novo a envolve, harmonias desconhecidas na Terra a extasiam, um bem-estar indefinível a invade: goza antecipadamente da beatitude celeste e pode-se dizer que põe um pé no limiar da eternidade.

