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Ao lermos a nova obra-prima de um homem brilhante, ficamos felizes em descobrir reflexões nossas que havíamos menosprezado, alegrias e tristezas que havíamos reprimido, todo um mundo de sentimentos que havíamos desdenhado e cujo valor nos é repentinamente ensinado por aquele livro.
Proust definia como “a presunção de homens ‘ocupados’ — por mais idiotas que sejam suas ocupações — em ‘não ter tempo’ para fazer o que se está fazendo”.
na visão de Proust, só aprendemos realmente alguma coisa quando há um problema, quando sofremos, quando algo não sai como o esperado.
A sabedoria não se transmite, é preciso que a gente mesmo a descubra depois de uma caminhada que ninguém pode fazer em nosso lugar, e que ninguém nos pode evitar (…)
A arte de viver consiste em nos sabermos servir de quem nos atormenta (…).19
nossa maneira de falar está, em última instância, ligada ao nosso modo de sentir, a maneira como descrevemos o mundo deve, em algum nível, refletir o modo como o vivemos.
Por que não apreciamos as coisas mais amplamente? O problema vai além da desatenção ou da preguiça. Também pode derivar da exposição insuficiente a belas imagens que sejam suficientemente próximas ao nosso mundo para nos guiar e nos inspirar.
a beleza é algo a ser procurado, e não algo com que nos deparamos passivamente;
pois não reconhece que o valor daquilo que vemos depende mais da qualidade da nossa visão do que dos objetos observados,

