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— Concentre-se nos meus lábios. — Sua voz é um murmúrio, uma carícia, como os dedos que roçam no meu rosto e na minha boca. — Não seja tímida, sei que não seria a primeira vez.
— Eu vou salvar sua vida de novo e de novo, na esperança inútil de que você me permita permanecer nela.
O corpo sentado ao meu lado se remexe e me viro lentamente na direção dele. Meus olhos se chocam com os de Kai, e eu ignoro seu maxilar trincado e suas sobrancelhas retesadas; é a sua frieza que prende minha atenção. Nunca vi um olhar tão gelado e ao
mesmo tempo tão cheio de fogo. A expressão é arrepiante, e eu estremeço. Os olhos dele são como pingentes de gelo. Bonitos, porém afiados. Frios, porém mortais. Cativantes, porém cortantes.
Pensando bem, talvez você leve mais jeito para ser parte da família real do que uma Imperial, hein, princesa?
— Eu menti — sussurra Kai, perto do rosto do sujeito. — Você vai ter sorte se eu deixar que você fique com a sua cabeça, quem dirá com a mão, por ter encostado um dedo
— Diga — sussurra —, como você quer ser chamada? Meus olhos encontram os dele, devagar, confusos com a pergunta. — Como você quer me chamar? — Quero chamar você de minha. Ficamos nos encarando. Os dois sem
Os lábios dele encontram os meus. De leve. É um sussurro de um beijo, uma promessa de paixão. E, no entanto, quase derreto com o contato. A mão dele está segurando meu rosto, o polegar acariciando minha bochecha, e então…
— Se eu beijar você, beijar você de verdade, como eu quis, como esperei, devo contar com uma adaga apertando minha garganta? — pergunta ele, a voz áspera, o olhar cobiçoso.
Ele sorri. — Com uma espada atravessando o peito. Tal pai, tal filha.
— Corra, Paedyn. Porque, quando eu pegar você, não vou errar. Não vou hesitar. Não vou cometer o erro de sentir algo por você.

