Alisson Santana

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Entrando no quarto ele semicerrou os olhos e seguiu por um quente crepúsculo amarelo até a cabeça desgrenhada dela. — Pra quem é que são as cartas? Ele olhou. Mullingar. Milly. — Uma carta pra mim da Milly, ele disse com cuidado, e um cartão pra você. E uma carta pra você. Ele depôs o cartão e a carta dela na colcha de sarja perto da curva dos joelhos dela. — Quer que levante a persiana? Deixando a persiana subir com puxões suaves até a metade seu olho retaguardado viu que ela espiava a carta e a enfiava debaixo do travesseiro. — Bom assim? ele perguntou, virando-se. Ela estava lendo o cartão, ...more
Alisson Santana
Obra-prima do discurso indireto livre. O maior valor reside justamente no que não é dito. Ex. 1) Molly pergunta PARA QUEM as cartas são endereçadas, quando gostaria de saber DE QUEM SÃO. 2) Bloom atrasa a saída do quarto, que deixa Molly desconfortável. Ele quer que ela leia a carta, de Rojão, na sua frente.
Ulysses
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