Mar morto
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Read between June 21 - July 4, 2017
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pras bandas da África onde eu tive, meu povo, vida de negro é pior que vida de cachorro. Tive nas terras dos negros que agora são dos franceses. Ali negro não vale nada, negro é só escravo de branco, apanha de chicote. E ali é terra deles…
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Nas terras deles eles não vale nada. Só vale branco, branco é tudo, pode tudo. Os negros trabalha no cais, carrega, descarrega navio. Anda tudo depressa que nem rato de bordo, com os sacos nas costas. Se um não anda depressa o branco manda o chicote que é mesmo uma beleza.
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Só o seu homem resiste ainda, mas seu dia há de chegar. Então Maria Clara procurará uma fábrica que queira alugar suas mãos, cantará as canções do mar em surdina junto aos teares ou às máquinas de fazer cigarros.
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Ele ficou nas ondas, Ele se foi a afogar.
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ninguém pode nascer ou morar no mar sem o amar como amante ou amigo. Pode-se amar o oceano com amargura. Pode esse amor ser medo ou ódio. Mas é um amor que não se pode trair, que nunca se abandona. Porque o mar é amigo, é doce amigo. E talvez seja o próprio mar a terra de Aiocá que é a pátria dos marítimos.
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Ele se foi a afogar.
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…meu senhor já se foi nas ondas verdes do mar.
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Rosa Palmeirão bota um jantar inútil.
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estrelas, órfãs de lua, eles se encontravam e o amor tinha um gosto de separação, de fim.
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Nessas noites em que o vento domina, o nordeste ou o vento sul sopram com violência abalando o coração das mulheres do cais, nessas noites eles se despediam como se nunca mais fossem se rever.
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