A poesia completa de Álvaro de Campos
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Read between January 28, 2023 - January 23, 2024
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Dói-me por detrás das costas da minha consciência de sentir...
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Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.

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Cárcere do Ser, não há libertação de ti?
Cárcere de pensar, não há libertação de ti?

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Há saudades nas pernas e nos braços.
Há saudades no cérebro por fora.
Há grandes raivas feitas de cansaços.
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A vida ali deve ser feliz, só porque não é a minha.

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Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...

32%
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Quando é que despertarei de estar acordado?

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E chorei como todas as mães do mundo sobre o horror da vida.

71%
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Tenho vontade de vomitar, e de me vomitar a mim...
Tenho uma náusea que, se pudesse comer o universo para o despejar na pia, comia-o.

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E a vida sempre me doeu, sempre foi pouco, e eu infeliz.
A certos momentos do dia recordo tudo isto e apavoro-me,

82%
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Queria comer, beber, esfolar e arranhar o mundo,

94%
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Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.