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Andrew Minyard não parecia grande coisa pessoalmente, loiro e com um pouco mais de um metro e meio de altura, mas Neil sabia que a realidade era outra.
Ter as chaves era como uma permissão explícita para que Neil fosse ali para fazer o que bem entendesse. Significava que ele pertencia.
— Ei, Nicky — advertiu Andrew em um alemão sussurrado. — Não toca nele. Entendeu?
— Você sabe que eu nunca o machucaria. Se ele disser que sim... — Eu disse que não. — Meu Deus, como você é ganancioso — reclamou Nicky. — Você já tem o Kevin. Por que isso...
— Eu não sou um problema de matemática. — Mas mesmo assim eu vou te resolver.
Nicky prendeu as alças da sacola nos dedos de Neil, que o observou, tentando sem sucesso se lembrar da última vez que ganhara um presente. Era perturbador que o primeiro viesse de Andrew.
Neil Josten, número 10,
— Ei, Pinóquio
— Hora de correr. Essa é pra você.
Escolhera Andrew.
Andrew não soltou até que Neil concordasse. Então, segurou a mão dele. Pegou o cigarro de volta, colocando-o na boca, e pressionou uma chave na mão vazia de Neil. Neil ergueu a mão para olhar para ela. O símbolo gravado na chave indicava que era uma cópia. Neil não sabia de onde era, mas precisou apenas de alguns instantes para descobrir. Andrew a usara para destrancar a porta da frente e então a tirou do chaveiro, ainda na entrada. Agora, a entregava para Neil.
— Casa — sussurrou, precisando ouvir a palavra. Era um conceito estranho para ele, um sonho impossível. Era assustador e maravilhoso ao mesmo tempo, e seu coração batia tão forte que pensou que pudesse fugir de seu peito. — Bem-vindo a casa, Neil.

