Gone with the Wind in Classics Without All the Class

Jun 15, 2012 Tânia rated it it was amazing · review of another edition

Shelves: watched-the-movie, biblioteca-a

Classificação: 4,5
O contexto em que se insere o romance E Tudo o Vento Levou é na Guerra da Secessão ou Guerra Civil Norte-Americana, em que os Sulistas da Confederação, envergando fardas cinzentas se opunham aos abolicionistas (da escravatura) do Norte, também denominados Yankees, vestidos de farda azul.
O romance tem como personagem principal a bonita, mimada, frívola e egoísta Katie Scarlett O’Hara que vive com os seus pais, duas irmãs e centenas de escravos em Tara (perto de Atlanta) e a his Classificação: 4,5
O contexto em que se insere o romance E Tudo o Vento Levou é na Guerra da Secessão ou Guerra Civil Norte-Americana, em que os Sulistas da Confederação, envergando fardas cinzentas se opunham aos abolicionistas (da escravatura) do Norte, também denominados Yankees, vestidos de farda azul.
O romance tem como personagem principal a bonita, mimada, frívola e egoísta Katie Scarlett O’Hara que vive com os seus pais, duas irmãs e centenas de escravos em Tara (perto de Atlanta) e a história é contada a partir do seu ponto de vista.
A história de E Tudo o Vento Levou foi imortalizada em filme e é por demais conhecida de toda a gente, todos sabemos que acaba com o épico “After all... tomorrow is another day”. De uma história tão conhecida e que foi tão bem adaptada para o grande écran, que permite a sua apreensão em 3 horas de visionamento, surgem dúvidas do que motiva algumas pessoas a nos dias de hoje lerem o livro de cerca de 900 páginas. E ariscaria que o mérito reside na escrita de Margaret Mitchell e da forma como nos encaminha na história, que apesar de publicada há quase 80 anos (em 1936), transpira atualidade nas suas personagens e sentimentos. Obviamente que os costumes sociais e regras morais retratados eram diferentes nomeadamente no que respeita à convivência homem/mulher e à corte que era prestada antes do pedido de casamento. Mas se lermos atentamente vemos algumas semelhanças com a atualidade e verificamos que nem tudo se alterou tão profundamente.
Por forma a fazer jus à escrita da autora julgo que o melhor seja citar alguns parágrafos que achei mais curiosos e exemplificativos, como este que atende à dicotomia homem/mulher: “o homem possuía a propriedade, a mulher governava-a. O homem atribuía a si próprio o mérito de uma boa administração, a mulher louvava-o pela sua habilidade. O homem urrava como um toiro se espetava um espinho no dedo, a mulher abafava os gemidos que as dores de parto lhe arrancavam, para não incomodar o marido. O homem tinha uma maneira de falar e aparecia, frequentemente, embriagado. A mulher não via a sua rudeza e ajudava o marido bêbado a deitar-se, sem o recriminar. O homem era grosseiro e incapaz de fiscalizar os seus sentimentos: a mulher devia mostrar-se sempre gentil, graciosa e indulgente.” (pág. 62)
Ou quando Gerald O’Hara sabiamente aconselha a filha de que “só pode haver felicidade num casamento quando entre o marido e a mulher existem afinidades.” (pág. 39) ou quando Scarlett se demonstra cansada de “fingir que sou como um passarinho a comer, de caminhar a passo quando a minha vontade é correr, de dizer, após uma valsa, que sinto a cabeça a andar à roda quando poderia dançar dois dias a fio sem me cansar. E quase que rebento quando me vejo na obrigação de dizer: “Você é extraordinário!” a imbecis que, em matéria de inteligência, são muito piores do que eu, ou de afectar ignorância, para que os rapazes se sintam cheios de si e desatem a ensinar-se coisas que eu já sei de cor e salteado (…) Por que será que uma mulher tem de se fazer passar por estúpida para arranjar marido?” (pág. 83)
A frivolidade de Scarlett O’Hara faz valer à histórias alguns momentos engraçados, nomeadamente porque se casou pelas razões erradas, rapidamente enviúva mas cedo percebe que a vida de viúva é quase tão má quanto a de casada e infinitamente pior que a de solteira. “As viúvas viam-se obrigadas a trajar vestidos pretos, hediondos, sem qualquer enfeite que lhes desse vida; não podiam usar flores, nem fitas, nem cordões, nem jóias, a não ser broches de ónix ou colares feitos com os cabelos do defunto. E o véu de crepe que envolvia o chapéu devia chegar-lhe aos joelhos. Só três anos após a morte do marido poderia cortá-lo à altura dos ombros. A uma viúva não assistia o direito de conversar animadamente nem de rir alto. Mesmo quando sorria, era preciso que o seu sorriso fosse triste, quase trágico. Mas o pior de tudo é que não podia, de maneira nenhuma, mostrar-se empenhada em arranjar companhias masculinas. (…) Sim – pensou Scarlett tristemente – há viúvas que casam segunda vez, mas só quando já estão velhas e quase reduzidas ao esqueleto. E sabe Deus com que dificuldade lutam para o conseguir, vigiadas como são pelos vizinhos! Em geral, acabam por casar com viúvos horríveis, já caducos também (…) O casamento, em si, já não era grande coisa, mas ficar viúva equivalia a morrer para a vida.” (pág. 140) Tal é especialmente dramático para Scarlett que adora ser paparicada e galanteada pela sua prol de pretendentes, adorava dançar e ostentar bonitos e ornamentos vestidos e chapéus.
“Scarlett meditou na injustiça de tudo aquilo. Como passava fugaz a idade dos divertimentos, dos belos trajes, dos bailes e dos namorados! Meia dúzia de anos, apenas, meia dúzia de anos breves como relâmpagos! Depois, vinha o casamento, e uma rapariga via-se obrigada a substituir vestidos alegres e vistosos por outros, simples e tristonhos; e apareciam os primeiros filhos, que arruinavam a elegância das formas. Durante os bailes, a recém-casada ficava sentada a um canto, juntamente com as restantes matronas, e só esporadicamente dançava, com o marido ou com cavalheiros idosos que lhe martirizavam os pés com sucessivas pisadelas. E se ela se não conformasse com estes costumes as outras mulheres não a poupariam a críticas nem censuras e em breve a sua reputação estaria perdida e a família posta à margem da vida social. Parecia-lhe contrário às leis da lógica que uma pessoa levasse tantos anos a aprender a arte de ser bela e de seduzir os homens para depois dispor de tão pouco tempo para aplicar os seus conhecimentos.” (pág. 180).
Outra personagem de grande destaque é Rhett Buttler, que como o próprio o afirma é igual a Scarlett, não se alista para defender a Causa (do Sul) no campo de batalha, ao invés prefere ganhar dinheiro à custa da guerra, conseguindo contornar o bloqueio imposto pelos Yankees, exportando o algodão do Sul para a Europa e importando produtos luxuosos e de armamento. Quando uma personagem decide se casar é Rhett Buttler que oferece o tecido para o vestido de noiva, nunca época de grandes restrições. “Não só trouxe a Maybelle o tecido, como lhe deu excelentes indicações quanto ao feitio do vestido de casamento. Em Paris, a moda exigia nesse ano saias mais curtas e crinolinas mais tufadas. Os folhos já não se usavam franzidos, mas sim recortados em festões, de forma a deixarem aparecer os bordados das saias interiores. Informou-a também de que já não via nas ruas da capital francesa as rendas das pantalonas despontando sob as crinolinas, pelo que supunha que tinham sido relegadas para segundo plano. Num desabafo, a senhora Merriwether confessou à senhora Elsing ter chegado a recear que, se Maybelle houvesse continuado a permitir o seu relato, ele se atrevesse a descrever o feitio das calcinhas das parisienses.” A acrescer aos pensamentos fúteis e egoístas de Scarlett, as picardias entre esta e Rhett Buttler são dos momentos mais bem-humorados do livro. No 2º volume espera-se o desenvolvimento do triângulo amoroso Scarlett/Rhett/Ashley e da descrição da forma como Scarlett irá à custa da sua força braçal, apesar de impróprio para uma menina de boas famílias, conseguir reerguer Tara da pilhagem e destruição originada pela guerra civil.
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Jan 19, 2011 Rabbit {Paint me like one of your 19th century gothic heroines!} rated it really liked it

Shelves: historical, dark, fiction, four-stars, information-heavy, keepers, romance, humour, literary-girlfriends-and-crushes, book-to-movie-adaptation

This was a really good read. This book was racist and misogynistic, but since it was set during the Civil War, it was to be expected. It was a slow read, at first, but once you got into it, it was read faster. This is a perfect example of character development. I didn't like Scarlett at first, but as time went on, I started to like her, started to root for her, and then related to her. I would definitely recommend this. ...more

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May 04, 2011 Sandra Heinzman rated it it was amazing

Shelves: historical-fiction, classics, favorites, best-seller-fiction, saga

Just finished this wonderful book, about 48 hrs via Audible. First of all, it's the BEST audio book I've ever listened to. Second, it's in my top five favorite books of all time. I read it 45 years ago and it was even better now. And although the movie is wonderful, it doesn't compare to the book. The movie left out a bunch of stuff. Yes, the book (or characters in it) made racist remarks and used the "n" word a lt, but it was reflective of the time. I have the book Scarlett, so I guess at some ...more

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