The Catcher in the Rye in Classics Without All the Class

Jul 19, 2011 Tânia rated it liked it · review of another edition

Shelves: biblioteca

O livro relata uns dias na vida do adolescente Holden Cauldfield que mais uma vez foi expulso de um colégio, devido aos seus maus resultados escolares e que escolheu regressar mais cedo a Nova Iorque antes de enfrentar a reacção dos pais a mais uma expulsão. O livro transmite a impulsividade de pensamentos de um adolescente revoltado e com uma crise existencial, com um tom de oralidade, nomeadamente através da repetição de certas expressões e utilização do calão, transmitindo assim os seus pensa O livro relata uns dias na vida do adolescente Holden Cauldfield que mais uma vez foi expulso de um colégio, devido aos seus maus resultados escolares e que escolheu regressar mais cedo a Nova Iorque antes de enfrentar a reacção dos pais a mais uma expulsão. O livro transmite a impulsividade de pensamentos de um adolescente revoltado e com uma crise existencial, com um tom de oralidade, nomeadamente através da repetição de certas expressões e utilização do calão, transmitindo assim os seus pensamentos sobre a imensidão do que lhe desagrada na sociedade e o pouco de que gosta.

Se pensarmos que o livro foi editado pela primeira vez em 1951, quase 20 anos antes do Maio de 68, é inevitável conferir-lhe mérito, por dar voz à rebeldia e inconformismo de um adolescente. E isso foi o facto que mais me impressionou, por não imaginar o impacto de este livro deve ter tido ao ser editado naquela época, quando não existia a faixa etária adolescência. Contudo, eu não li o livro em 1948, li em 2011, logo depois de ter lido outro livro em que o narrador é um adolescente (Uma questão de Atração), e numa época em que facilmente e todos os dias podemos ouvir o que pensam adolescentes desenraizados, deprimidos e desorientados, pelo que fiquei algo cansada de “é uma coisa que me deixa banzado”, “não gosto”, “é uma coisa que me deixa louco”, “o que eu odeio estas tretas”, talvez por estar numa fase de dar mais relevo àquilo que gosto do que ao que me desagrada. Julgo que se tivesse lido este livro na adolescência, provavelmente teria tido outro impacto e teria me identificado de certa forma. Por isso a minha recomendação é de que seja lido por adolescentes.

Houve uma parte que me ficou especialmente gravada na memória, por ter achado curiosa a conclusão de que de facto alguém que sabe muito sobre cultura (no caso foi referido teatro e literatura), ao contrário do que inicialmente se supõe, não é necessariamente uma pessoa inteligente.

“Não é que morresse de amores por ela, mas conhecia-a há anos. Houve tempos em que a achava bastante inteligente, estúpido como sou. A razão disso é que ela sabia uma data de coisas sobre teatro e peças e literatura e essa treta toda. Se uma pessoa sabe uma data de coisas do género, levamos um certo tempo a descobrir se ela é realmente estúpida ou não. A mim levou-me anos a descobrir, no caso da amiga Sally. Acho que teria descoberto isso muito mais cedo se não tivéssemos andado tanto na marmelada. O meu problema é que, de certa maneira, acho sempre que a pessoa com quem faço marmelada é bestialmente inteligente. Não tem absolutamente nada a ver uma coisa com a outra, mas ainda assim acho sempre que é.”

Também gostei dos sábios conselhos do Prof. Antolini que citando Willelm Stekel lhe diz que "o que caracteriza o homem imaturo é que deseja morrer nobremente por uma causa, enquanto o homem maduro se caracteriza por desejar viver humildemente por ela."

Last but not least, o título do livro é explicado pela única profissão que Holden se imagina a fazer na vida.
"Sabes o que gostava de ser? – disse eu.- Sabes o que gostava de ser? Quer dizer, se tivesse a merda de uma escolha? (...) ponho-me a imaginar uma data de miuditos a brincar a um jogo qualquer num grande campo de centeio e tal. Milhares de miuditos, e ninguém por perto, ninguém crescido, quero eu dizer, a não ser eu. E eu fico ali na borda de uma abismo lixado. E o que eu tenho de fazer é ficar à espera no centeio e apanhar todos os que desatarem a correr para o abismo...Quer dizer, se vão a correr e não vêem para onde vão, eu tenho de saltar de um lado qualquer e de os apanhar. Era só isso que fazia o dia inteiro. Só estar ali à espera, a apanhar os miúdos no centeio e tal. Eu sei que é uma coisa maluca, mas é a única coisa que eu gostava de ser."/“Anyway, I keep picturing all these little kids playing some game in this big field of rye and all. Thousands of little kids, and nobody's around - nobody big, I mean - except me. And I'm standing on the edge of some crazy cliff. What I have to do, I have to catch everybody if they start to go over the cliff - I mean if they're running and they don't look where they're going I have to come out from somewhere and catch them. That's all I do all day. I'd just be the catcher in the rye and all. I know it's crazy, but that's the only thing I'd really like to be.”

Holden queria estar no centeio a apanhar todas as crianças que desatassem a correr para o abismo, ou seja, gostava de impedir que as crianças perdessem a ingenuidade e entrassem na fase adulta. ...more

12 likes · Like · see review

Jan 15, 2011 S rated it it was amazing

Shelves: favorites

Having never been made to read this book, I can't really tell you why I wanted to read it all of a sudden, but I'm so glad it crossed my reading path! This was really one of the best books I've read for multiple reasons. 1. Holden was so likeable as a character that by the end of the book, he just about broke my heart being so deeply sad. 2. The movement of the novel was fast-paced, so I had no trouble picking the story back up again after a short pause. The real trouble was putting it down. And ...more

Like · see review