Jane Eyre in Reviewers/revisores de textos

Jan 19, 2018 Carmo rated it it was amazing · review of another edition

Shelves: my-bib, inglaterra

Anne, Emily e Charlotte Brontë, pintura do seu irmão, Branwell

Anne, Emily e Charlotte Brontë, numa pintura feita pelo seu irmão Branwell

Abençoados genes Brontë que legaram ao universo literário algumas das mais bonitas e originais histórias do séc. XIX. Obras que perduram até hoje e irão sobreviver à passagem do tempo como marco de uma época – mas também com muita intemporalidade - continuando a inspirar outros autores e a arrebatar leitores.
Jane Eyre, é um pré-romântico com uma perninha no gótico. Os ambientes sombrios, agrestes e desolados, comuns a O M

Anne, Emily e Charlotte Brontë, numa pintura feita pelo seu irmão Branwell

Abençoados genes Brontë que legaram ao universo literário algumas das mais bonitas e originais histórias do séc. XIX. Obras que perduram até hoje e irão sobreviver à passagem do tempo como marco de uma época – mas também com muita intemporalidade - continuando a inspirar outros autores e a arrebatar leitores.
Jane Eyre, é um pré-romântico com uma perninha no gótico. Os ambientes sombrios, agrestes e desolados, comuns a O Monte dos Vendavais da irmã Emily ( grande responsável por hoje andar neste maravilhoso mundo dos livros), e os episódios de mistério a pressentir algo de sobrenatural, são cenários que muito me agradam e para onde me transporto facilmente.
Não consigo falar de uma sem aludir às outras. As três começaram a escrever usando, por razões óbvias, pseudónimos masculinos, e os editores chegaram suspeitar tratar-se da mesma pessoa, tais eram as semelhanças dos escritos. As irmãs Brontë, passaram para as suas heroínas muito das suas próprias vivências: as origens humildes, a família religiosa, a passagem pelo pensionato, proporcionaram um manancial de experiências aplicadas nos seus livros.

Jane Eyre é a anti-heroina; sem beleza, sem fortuna, sem família, sem futuro.
Mas Jane Eyre, é também uma criança que se faz mulher, intensa, rebelde, sem papas na língua, que não se conforma com o que lhe designam nem se deixa vergar à vontade alheia. Verdadeiro exemplo de tenacidade, luta e impõe-se pelos seus valores - talvez demasiado moralistas para os dias de hoje – mas é essa perseverança que faz dela a figura estável e íntegra que nos conquista e nos leva, inevitavelmente, a admirá-la.
Para além disso, Jane Eyre, é também uma linda história de amor que nos envolve, acorda o cupido que há em nós e faz-nos torcer por um desenlace satisfatório. Não corresponde aos convencionais finais corderozinha, mas outro iria destoar completamente e macular uma história que, se não é perfeita, anda perto. ...more

43 likes · Like · see review

Aug 31, 2015 Mariana Lis rated it really liked it

Shelves: brit-lit, gothic, 19thcentury

The first time I read Charlotte Brontë’s Jane Eyre it was quite a few years ago. I read the original first (an insufferable old library copy!) and then a few Portuguese translations, which left me entirely satisfied – at least as much a book you love should, even though it ends at some point and you wish it didn’t. To be sure it is a classic, but even so (or because of it!), such a one that reads into the future with deserving justice and enthusiasm. Under the beautifully-crafted layers of symbo ...more

2 likes · Like · see review

Feb 24, 2024 D.D. Maio rated it liked it · review of another edition

Este livro é muito mais longo do que eu pensava, se calhar porque a maioria das adaptações cinematográficas se focam na parte mais interessante e cortam o resto. O estilo é o típico Romantismo do séc. XIX, muito datado, com linguagem perfeitamente obsoleta, onde não falta sequer o “querido leitor”. Mesmo assim, Charlotte Brontë escreve apenas da perspectiva de Jane Eyre, como se fosse um diário.
A parte “mais interessante”, isto é, o romance entre Jane Eyre e Mr. Rochester ocupa a maior parte do Este livro é muito mais longo do que eu pensava, se calhar porque a maioria das adaptações cinematográficas se focam na parte mais interessante e cortam o resto. O estilo é o típico Romantismo do séc. XIX, muito datado, com linguagem perfeitamente obsoleta, onde não falta sequer o “querido leitor”. Mesmo assim, Charlotte Brontë escreve apenas da perspectiva de Jane Eyre, como se fosse um diário.
A parte “mais interessante”, isto é, o romance entre Jane Eyre e Mr. Rochester ocupa a maior parte do livro, mas Charlotte Brontë dedica bastantes capítulos ao que aconteceu antes e depois (na minha opinião demasiados capítulos, mas era o estilo da época). Jane Eyre é uma órfã que vai viver com os tios, mas a tia por afinidade não gosta dela e manda-a para um colégio interno onde as meninas passam fome, frio, privações e castigos humilhantes. A melhor amiga de Jane morre de tuberculose. Sem dúvida que a adversidade lhe forjou um carácter forte, resistente, independente mas também determinado, o que por vezes se torna em obstinação e orgulho. Mesmo assim, Jane consegue prosperar e acaba por tornar-se professora na escola onde estudou. Perto dos 18 anos decide ampliar as suas perspectivas, candidatando-se a um lugar de preceptora. É assim que é contratada para a casa de Mr. Rochester, para ser ama e professora da pequena Adele, que pode ou não ser filha ilegítima do dono da casa (tudo indica que não é).
Nos dias de hoje, Mr. Rochester estaria preso. Para começar, tem a mulher louca confinada ao sótão. Apesar de casado, tenta casar de novo, em bigamia, primeiro com uma herdeira da sociedade, depois com a própria Jane. O homem é antipático, prepotente, egoísta, devasso, e em tudo tóxico e abusivo. Mas enfim, é outro século, e Jane Eyre apaixona-se por ele a quem considera, em vez disto tudo, muito “másculo”. Porém, depois de uma tentativa de matrimónio interrompida pelo irmão da esposa legítima de Rochester, este tenta convencer (se não mesmo obrigar) Jane a tornar-se sua amante. Jane tem de fugir a meio da noite, com o pouco dinheiro que Rochester já lhe pagou pelos serviços de ama (mas não todo), como qualquer vítima de violência doméstica. E, no entanto, a pobre vítima ainda tem pena dele, o “pobre” homem “perdido” e “condenado” a uma vida de devassidão e pecado sem ela.

Continua: http://gotikka.blogspot.com/2024/06/j... ...more

Like · see review

Aug 19, 2023 Raquel Marto rated it it was amazing · review of another edition

Maravilhoso clássico que mostra a resiliência de uma mulher. Apesar de ser um romance (história fictícia) o comportamento da personagem principal é justificado pelo tipo de infância que tem, o que torna a história realista em termos psicológicos também.

Like · see review