Juan Luis Panero

Juan Luis Panero’s Followers (1)

member photo

Juan Luis Panero


Born
in Madrid, Spain
September 09, 1942

Died
September 16, 2013

Genre


Juan Luis Panero Blanc (1942 - 2013) fue un poeta español.

Average rating: 3.73 · 83 ratings · 10 reviews · 18 distinct worksSimilar authors
Poesía completa, 1968-1996

3.64 avg rating — 22 ratings — published 1997 — 2 editions
Rate this book
Clear rating
Enigmas y despedidas

3.81 avg rating — 16 ratings — published 1999
Rate this book
Clear rating
Antología: 1968-2003

by
4.22 avg rating — 9 ratings — published 2003 — 2 editions
Rate this book
Clear rating
Los viajes sin fin (Margina...

3.78 avg rating — 9 ratings — published 2002
Rate this book
Clear rating
Antes que llegue la noche

3.50 avg rating — 6 ratings — published 1986 — 3 editions
Rate this book
Clear rating
Galería de Fantasmas

3.20 avg rating — 5 ratings
Rate this book
Clear rating
Poemas

by
really liked it 4.00 avg rating — 3 ratings
Rate this book
Clear rating
Sin rumbo cierto

4.50 avg rating — 2 ratings — published 2002 — 3 editions
Rate this book
Clear rating
Los mitos y las mascaras

it was amazing 5.00 avg rating — 1 rating2 editions
Rate this book
Clear rating
Juan Luis Panero: Poesía y ...

by
liked it 3.00 avg rating — 1 rating
Rate this book
Clear rating
More books by Juan Luis Panero…
Quotes by Juan Luis Panero  (?)
Quotes are added by the Goodreads community and are not verified by Goodreads. (Learn more)

“Lo que buscamos al leer es la revelación de ese hondo misterio que se oculta en nosotros mismos.”
Juan Luis Panero

“Como se fosse um poema de amor
(Lisboa, 1969)

Esta cidade tem hoje o seu rosto
e as gaivotas viam na orla dos teus olhos,
sob as nuvens cinzentas de tua fronte.
Ramos verdes de Abril agitam-se em teus lábios
e entre os teus dedos, brancas, surgem, surgem cúpulas e torres.
Um castelo de sombras ergue-se em teu peito
e um avião passa lento, percorrendo o teu cabelo.
História do teu corpo com ruas e com rostos,
recantos de cansaço, paredes coloridas,
luz que vem e pára, atónita, a teus pés,
como um cão adormecido cujo nome ignoramos.
Esta cidade terá o teu rosto para sempre
e em sua cálida extensão conhecida,
pele a pela, até aos ossos, pedra a pedra mos anos,
o amor terá distância e viverá sua morte.
Subitamente não há passado em tua língua
e em tua língua desmorona-se o presente
e tua língua arde e sua saliva queima
enquanto o rio enorme desagua
levando sob suas águas nossas vozes.
Esta cidade terá ontem nome para sempre,
escrevi como se fosse verdade,
como se as minhas palavras fossem de pedra ou aço,
como se nada tivesse jamais de desmenti-las.
Numa noite qualquer, numa morna manhã
de uma primavera chuvoso e de tormentas,
com cinismo e cansaço, mas também um momento
com aquela ilusão que tiveram outrora
e um calor vencido que alimenta ainda sua pele,
frente ao esquecimento dois seres abraçaram a vida.
Com tristeza mais suave, oh que melancolia,
junto ao húmido parque suas duas sombras tremeram
“esta cidade terá ontem nome para sempre”
e ouviram-se distantes anunciar seu adeus.”
Juan Luis Panero, Poesía completa, 1968-1996