Cristovam Buarque
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Por que falhamos – o Brasil de 1992 a 2018
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Reaja!
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published
2011
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Os Deuses Subterrâneos
4 editions
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published
1994
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The End of Economics?: Ethics and the Disorder of Progress
6 editions
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published
1993
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A cortina de ouro: Os sustos do final do século e um sonho para o próximo
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O tesouro na rua
2 editions
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published
1995
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Astrícia
2 editions
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published
2008
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O que é Apartação
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published
1993
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a segunda abolição
2 editions
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published
1999
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Os Tigres Assustados
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“Como brasileiro eu simplesmente
falaria contra a internacionalização da Amazônia.
A Amazônia é brasileira!
Como humanista,
sentindo o risco da degradação ambiental
que sofre a Amazônia,
posso imaginar a sua internacionalização.
Assim tudo o mais
importante para a Humanidade.
Se a Amazônia deve ser internacionalizada,
internacionalizemos também
as reservas de petróleo do mundo inteiro.
O petróleo é tão importante
para o bem-estar da humanidade
quanto a Amazônia para o nosso futuro.
Contudo, os donos das reservas
sentem-se no direito de aumentar
ou diminuir a extração de petróleo
e subir ou não seu preço.
Tal qual,
o capital financeiro dos países ricos
deveria ser internacionalizado.
Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos,
ela não pode ser queimada pela vontade de um dono,
ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave
quanto o desemprego provocado
pelas decisões arbitrárias
dos especuladores globais.
Não podemos deixar
que as Reservas financeiras
sirvam para queimar países inteiros
na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia,
eu gostaria de ver a internacionalização
de todos os grandes museus do mundo:
O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é
guardião das mais belas peças
produzidas pelo gênio humano.
Tal qual
o patrimônio natural amazônico,
não se pode deixar
que esse patrimônio histórico cultural,
seja manipulado e destruído
pelo gosto de um proprietário
ou de um país.
O Retrato do Dr Gachet de Van Gogh
Era de propriedade de Ryoei Saito.
O milionario Japones pediu
para ser cremado com a pintura.
Antes, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
As Nações Unidas
estão realizando o Fórum do Milênio.
Mas alguns estadistas
tiveram dificuldades em comparecer
por constrangimentos na fronteira dos EUA:
Nova York,
como sede das Nações Unidas,
deve ser internacionalizada.
Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade.
Assim como Paris,
Veneza,
Roma,
Londres,
Rio de Janeiro,
Brasília,
Recife.
Cada cidade, com sua beleza específica,
sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia,
pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros,
Internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA.
(Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas,
provocando uma destruição milhares de vezes maior
do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil).
Candidatos à presidência dos EUA
têm defendido a ideia de internacionalizar
as reservas florestais do mundo em troca da dívida.
Comecemos usando essa dívida
para garantir que
cada criança do Mundo
tenha a possibilidade de comer e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças!
Não importando o país onde nasceram,
tratemo-as como patrimônio
que merece cuidados do mundo inteiro.
Ainda mais do que merece a Amazônia.
Quando os dirigentes
tratarem as crianças pobres do mundo
como um Patrimônio da Humanidade,
eles não deixarão que elas trabalhem
quando deveriam estudar,
que morram quando deveriam viver.
Como humanista,
aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro,
lutarei para que a Amazônia seja nossa.
Só nossa!”
―
falaria contra a internacionalização da Amazônia.
A Amazônia é brasileira!
Como humanista,
sentindo o risco da degradação ambiental
que sofre a Amazônia,
posso imaginar a sua internacionalização.
Assim tudo o mais
importante para a Humanidade.
Se a Amazônia deve ser internacionalizada,
internacionalizemos também
as reservas de petróleo do mundo inteiro.
O petróleo é tão importante
para o bem-estar da humanidade
quanto a Amazônia para o nosso futuro.
Contudo, os donos das reservas
sentem-se no direito de aumentar
ou diminuir a extração de petróleo
e subir ou não seu preço.
Tal qual,
o capital financeiro dos países ricos
deveria ser internacionalizado.
Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos,
ela não pode ser queimada pela vontade de um dono,
ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave
quanto o desemprego provocado
pelas decisões arbitrárias
dos especuladores globais.
Não podemos deixar
que as Reservas financeiras
sirvam para queimar países inteiros
na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia,
eu gostaria de ver a internacionalização
de todos os grandes museus do mundo:
O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é
guardião das mais belas peças
produzidas pelo gênio humano.
Tal qual
o patrimônio natural amazônico,
não se pode deixar
que esse patrimônio histórico cultural,
seja manipulado e destruído
pelo gosto de um proprietário
ou de um país.
O Retrato do Dr Gachet de Van Gogh
Era de propriedade de Ryoei Saito.
O milionario Japones pediu
para ser cremado com a pintura.
Antes, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
As Nações Unidas
estão realizando o Fórum do Milênio.
Mas alguns estadistas
tiveram dificuldades em comparecer
por constrangimentos na fronteira dos EUA:
Nova York,
como sede das Nações Unidas,
deve ser internacionalizada.
Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade.
Assim como Paris,
Veneza,
Roma,
Londres,
Rio de Janeiro,
Brasília,
Recife.
Cada cidade, com sua beleza específica,
sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia,
pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros,
Internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA.
(Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas,
provocando uma destruição milhares de vezes maior
do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil).
Candidatos à presidência dos EUA
têm defendido a ideia de internacionalizar
as reservas florestais do mundo em troca da dívida.
Comecemos usando essa dívida
para garantir que
cada criança do Mundo
tenha a possibilidade de comer e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças!
Não importando o país onde nasceram,
tratemo-as como patrimônio
que merece cuidados do mundo inteiro.
Ainda mais do que merece a Amazônia.
Quando os dirigentes
tratarem as crianças pobres do mundo
como um Patrimônio da Humanidade,
eles não deixarão que elas trabalhem
quando deveriam estudar,
que morram quando deveriam viver.
Como humanista,
aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro,
lutarei para que a Amazônia seja nossa.
Só nossa!”
―
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