André Nóbrega's Blog, page 26
April 22, 2012
The Hunger Games by Suzanne Collins

Well, proudly might be precisely the wrong word to use here, but there you have it, The Hunger Games is a bold and downright wounding depiction of what human society is. The fiction just makes it possible to have some kind of fun while taking it all in. I read up to the 8th chapter of Suzanne Collins' book before I went to the film première and then read the rest as fast as I could. I'll start by stating that the film is worth on its own as a dystopian future based story. The characters are believable and you can't help relating with some and hating others with every cell in your body. Anyone who has heard about it will already know that Jennifer Lawrence was awesome playing Katniss, so I'll just add that the rest of the cast was at least as good. Of note are Stanley Tucci and Elizabeth Banks who, with the help of an amazing production, went above and beyond to become the horrible representatives of the dumb consumer TV-educated population.

If this is a good starting point and defines a typical dystopian young adult book, the skill of the author and the things she inserts into the plot and the descriptions of the events around this teenager makes this a good read for anyone far beyond early adulthood. This world is truly believable, the politics, the social interactions, the personal expectations, the feelings, everything seems real and this sensation grows towards the end of the story, in the third book.


From The Hunger Games to Mockingjay, Suzanne Collins reminds us that the world is a board, that politics are chess, that pawns are sacrificed, people are really knocked over in plays for power but that in the end, victory is possible and some fights might be needed to transform society into a better place for us.
Published on April 22, 2012 17:21
March 12, 2012
Black Swan (2010) by Darren Aronofsky

Black Swan is indeed about this young girl who struggles and gets the part of swan queen on the Swan Lake ballet and then practices and transforms herself into the perfect white and black swan up until the première, when it ends. That is just the skeleton for a couple of hours where one is literally flown through the mindscape of a mentally unstable, eager but naive girl as she gets to know the black swan in her. From the very beginning one understands that Nina is an obsessed perfectionist and dances extremely well. As the story progresses that obsession turns out to be so much more, taking her - and the viewer - into the dark climax that finishes the piece and the film.
Darren Aronofsky did an awesome job with Black Swan, but I must emphasise Natalie Portman's and Mila Kunis' parts. I was left dumbfound at their amazing acting, I don't believe it could have been done any better and they deserve recognition above and beyond all the awards they won or were nominated for.
I recommend watching Black Swan to anyone who likes cinema and specially for those who like films exploring obsession, sacrifice and anguish beyond what is regularly expected.
_________________________________________________________________________
Finalmente consegui ver o Black Swan - Cisne Negro - e fiquei esmagado por tudo o que senti e pensei. Há quem diga que é um filme sobre uma bailarina louca e se isso é de facto verdade, não deixa de ser uma observação por demais limitada.
O Cisne Negro é um filme sobre uma rapariga que se esforça ao máximo, consegue obter o papel principal do Lago dos Cisnes e depois treina e investe toda a sua energia de forma a transformar-se no perfeito cisne branco/preto para a estreia. Isto é também simplesmente uma estrutura que é usada para nos levar numa viagem através da mente de uma rapariga instável, ávida mas ingénua, enquanto ela conhece o seu lado lunar e encarna o cisne negro. Desde o princípio do filme percebe-se que Nina, a personagem principal, é uma perfecionista obcecada e uma bailarina exímia, mas a história progride para algo mais do que uma performance, levando-nos a um clímax tenebroso com o qual acaba não só a peça, como também o filme.
O realizador foi fenomenal, e aqui gostava de comentar o excelente uso de efeitos especiais, com moderação, nos momentos certos e com a intensidade e envolvência que permitiram que fossem um complemento e não o foco do filme ou um obstáculo à sua visualização. Mas aquilo que quero acima de tudo enfatizar é o quanto me apaixonei pela actuação de Natalie Portman e Mila Kunis. Ainda estou estupefacto, não me parece haver melhores actrizes para os estes papéis nem é possível melhor performance que a delas.
Recomendaria o Black Swan a qualquer pessoa que goste de cinema, mas em especial, claro, aos que gostam de histórias em que se explora a mente humana, a obsessão, o sacrifício, a sanidade, a angústia.
Published on March 12, 2012 15:45
February 25, 2012
Bad Science by Ben Goldacre

I admit he sounds a bit deranged, as he often does in the book, although there he has more space to explain, provide reference and overall be less hurried which is much more rewarding to the reader.
Bad Science - the book - includes comments on people who consistently advertise conclusions based on bad science and on some of the most reported cases of the same bad science in the media. But what I consider the true achievement of the book and the reason why I recommend it is the way the author takes from these examples and explains the scientific method applied to health issues, its benefits and its flaws and how they are exploited to take advantage of the general public and sometimes ignored by the so called science reporters. After this, the reader will be armed with enough knowledge to appraise claims of scientific proof and decide for themselves whether they are total bullshit, just not enough to believe or something to be trusted, at least enough to consult someone who has more information about them. Of note are chapters such as "Homeopathy", "The Placebo Effect", "How the Media Promote the Public Misunderstanding of Science", "Why Clever People Believe Stupid Things", "Bad Stats" and "Health Scares". To further celebrate Ben Goldacre's achievement I'll just add, as an example, that he isn't limited to telling you how the placebo effect influences the results of studies or fakes the consequences of apparently awesome treatments. That's what you can get by reading the first result of a google search on the placebo effect. He goes from there to predict how the knowledge of what generates such effect might be used in the medical practice, for example in the way health care is organized, how treatments are explained, how health care personnel talks to patients.
His real purpose seems not only to be the disillusionment of the people who are cheated by those who take advantage of bad science but also the utilization of the knowledge gained to improve our quality of life. All in all a very informative and interesting read which deals with concepts that all people in contemporary society should master while discrediting astonishing health scares and false propaganda.
For more information on Ben Goldacre's activities or opinions check his website at http://www.badscience.net or his Bad Science column in the Guardian.
____________________________________________________________________________
Encomendei Bad Science após me ter sido recomendado em Amazon.co.uk. Antes deste livro não conhecia Ben Goldacre mas decidi arriscar porque a descrição no site e as críticas de outros leituras me deixaram curioso. O livro existe traduzido para língua portuguesa na colecção A Máquina do Mundo da Editorial Bizâncio com o título Ciência da Treta. Esta opinião é, no entanto, baseada na versão original pelo que não posso comentar a qualidade da tradução. O autor propõe-se a clarificar muita da conversa da treta pseudo-científica que constitui grande parte da informação sobre saúde que os media e a indústria farmacêutica (e não só) transmitem hoje em dia. O facto de ser um médico recém-formado implica que já estou familiarizado com isto, mas ainda assim pode ser muito interessante ler sobre estes temas, em especial quando escritos com a intenção de esclarecer, explicar estatística básica e desdramatizar algumas das notícias sobre saúde que enchem os meios de comunicação social hoje em dia. Li o livro durante as minha férias, pelo que, ao contrário do habitual, tinha a concentração necessária para fazer uma leitura atenta e crítica e tenho que admitir que o autor atingiu os seus objectivos. O vídeo acima é uma boa forma de se perceber a preocupação de Ben Goldacre com estes temas e e conhecer o discurso que acaba por ser aprofundado e mais bem fundamentado no livro. O autor parece algo exasperado, mais no vídeo que no livro onde se permite um tom mais explicativo e inclui referências para o que discute o que se torna mais gratificante para quem lê.
Bad Science contém comentários do autor sobre algumas personalidades que estão constantemente a anúnciar conclusões deturpadas sobre estudos científicos, alguns deles desde o princípio mal planeados ou com a intenção de produzir resultados falsos e também sobre alguns dos escândalos sobre saúde e outros casos de má comunicação científica ou pseudo-científica. Mas aquito que considero o real feito deste livro e que me faz recomenda-lo é a forma como o autor parte destes casos e explica o método científico aplicado às ciências da saúde, os benefícios e os limites da sua utilização, a forma como estes são dobrados ou ignorados pelos meios de comunicação social de forma a poderem aproveitar-se do público. Depois de Bad Science o leitor estará "armado" com conhecimento suficiente para analisar as alegações de prova científica, tão comuns em anúncios nos dias que correm, e decidir por si se não tem informação suficiente, se a que tem lhe permite perceber que não passa de exagero ou mentira ou se deve procurar alguém com conhecimento que o possa aconselhar. São de referir capítulos sobre a homeopatia, o efeito placebo, How the Media Promote the Public Misunderstanding of Science (Como a comunicação social promove a má compreensão ou interpretação da ciência), Why Clever People Believe Stupid Things (Porquê que pessoas inteligentes acreditam em coisas estúpidas), Bad Stats (estatísticas mal utilizadas) e Health Scares (sustos sobre saúde). Para louvar ainda mais este livro resta-me falar um pouco, a título de exemplo, do que Ben Goldacre diz sobre o efeito placebo. Não se limita a mostrar que influencia o resultado dos estudos ou que pode ser usado intencionalmente para criar supostos resultados positivos em relação a determinados tratamentos, para saber isso basta uma simples pesquisa no Google. O autor procede daí para prever ou propor melhoramentos das práticas em saúde a partir do que se conhece do efeito placebo, nomeadamente na organização dos serviços de saúde, na forma como se propõem e explicam tratamentos e em geral na maneira como os profissionais falam com os pacientes.
O real propósito deste livro parece ser não só desenganar aqueles que são constantemente iludidos por quem se aproveita desta dita ciência da treta mas também usar este conhecimento como for possível para melhorar sempre a nossa qualidade de vida. Torna-se assim numa leitura informativa e interessante que lida com conceitos que deviam ser dominados por toda a gente hoje em dia.
Para mais informações sobre o autor pode sempre visitar-se o seu website em http://www.badscience.net e ele continua a publicar as suas opiniões na crónica do mesmo nome no jornal britânico the Guardian.
Published on February 25, 2012 08:52
January 22, 2012
All kinds of mind, knowledge and perception
The world seems to be going towards a reality where people have to be and/or become precisely what the society expects of them if they have any hope of living beyond basic needs. Living in western society is becoming more and more expensive and the states are no longer spending money on anything beyond what they consider fundamental for most people (except when the decision makers benefit themselves, but that's a whole other discussion). The thing is, in a world where only the regular people, the ones considered normal, the ones who need nothing special to thrive can really thrive, humanity as a whole won't. People with different kinds of perception, knowledge, minds will not only be put aside, they will also stop contributing to progress. The two following TED talks illustrate this very well. Daniel Tammet and Temple Grandin are two people I am glad the world allowed to grow and belong, not only for their own sake but for what they give us all. Daniel Tammet's talk will awe just about anyone while showing how a synaesthetic mind works. Temple Grandin's goes more to the point on what I've been talking about. This lady even has a film done about her, Temple Grandin, which I haven't yet seen but am now quite interested in. The world should pay attention if it expects to survive itself.
O mundo parece estar tornar-se uma realidade onde as pessoas têm que ser ou passar a ser precisamente aquilo de que a sociedade precisa se quer ter esperança de viver acima do limiar de sobrevivência. Viver na sociedade ocidental é cada vez mais caro e os estados já não gastam dinheiro em nada que não considerem fundamental para a maioria (ou então para beneficiar os próprios governantes). O problema é que num mundo em que só mesmo aqueles considerados normais, que não precisam de condições especiais para prosperar, conseguem prosperar, a humanidade como um todo não prospera. Pessoas com diferentes modos de percepção, conhecimento, com mentes atipicas, serão não só postas de lado, como não mais contribuirão para o progresso mundial. As duas TED talks acima ilustram tudo isto muito bem. Daniel Tammet e Temple Grandin são duas pessoas que felizmente o mundo deixou crescer e fazer parte dele, o que me agrada não só por eles mas pelo que nos dão a todos. O Daniel Tammet deixa qualquer um de queixo caído ao mostrar como funciona uma mente sinestésica. A Temple Grandin fala acerca do que eu tenho estado aqui a comentar. Esta senhora fez de tal forma a diferença que há um filme sobre ela, Temple Grandin, que ainda não tive oportunidade de ver com a devida atenção. O mundo devia atentar nestas pessoas se espera sobreviver.
O mundo parece estar tornar-se uma realidade onde as pessoas têm que ser ou passar a ser precisamente aquilo de que a sociedade precisa se quer ter esperança de viver acima do limiar de sobrevivência. Viver na sociedade ocidental é cada vez mais caro e os estados já não gastam dinheiro em nada que não considerem fundamental para a maioria (ou então para beneficiar os próprios governantes). O problema é que num mundo em que só mesmo aqueles considerados normais, que não precisam de condições especiais para prosperar, conseguem prosperar, a humanidade como um todo não prospera. Pessoas com diferentes modos de percepção, conhecimento, com mentes atipicas, serão não só postas de lado, como não mais contribuirão para o progresso mundial. As duas TED talks acima ilustram tudo isto muito bem. Daniel Tammet e Temple Grandin são duas pessoas que felizmente o mundo deixou crescer e fazer parte dele, o que me agrada não só por eles mas pelo que nos dão a todos. O Daniel Tammet deixa qualquer um de queixo caído ao mostrar como funciona uma mente sinestésica. A Temple Grandin fala acerca do que eu tenho estado aqui a comentar. Esta senhora fez de tal forma a diferença que há um filme sobre ela, Temple Grandin, que ainda não tive oportunidade de ver com a devida atenção. O mundo devia atentar nestas pessoas se espera sobreviver.
Published on January 22, 2012 07:12
December 19, 2011
Set Fire to the Rain by Adele
It's amazing when a live performance of a music you've already heard dozens of times can still give you goose bumps. Adele not only sings but interprets the lyrics in a deep emotional yet very believable way. I dare to say she feels it as few singers today seem to. Here is her performance of Set Fire to the Rain at The Royal Albert Hall, an awesome song for a December night. (Unfortunately, as this one is shared through Vevo, one must go to YouTube to watch)
Let it burn...
Let it burn...
Published on December 19, 2011 16:26
November 14, 2011
Prescrição obrigatória por DCI
Na sequência do Prós e Contras de hoje, em que os bastonários da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Farmacêuticos foram convidados a discutir a questão da prescrição obrigatória por Denominação Comum Internacional (DCI) e as condições em que está a ser legislada actualmente, não resisti a dar a minha opinião sobre o assunto.
Antes de mais, eu sou a favor da prescrição por DCI e da atribuição de liberdade de escolha e responsabilidade ao utente, desde que haja conhecimento, condições de segurança e confiança que o permitam.Infelizmente continua-se constantemente a tentar dizer que, como os genéricos em geral são óptimos, não se pode usar argumentos baseados em casos esporádicos para contrariar a prescrição por DCI. Discordo em absoluto. A troca cega por qualquer genérico para cada princípio activo deve ser permitida apenas se estivermos certos de que cada produto, cada genérico de cada princípio activo é seguro e equivalente ao original e também entre si! Dado que notoriamente não se tem feito isso, devido quiçá à existência de quantidades ridiculamente grandes de genéricos e à falta de controlo do infarmed na sua introdução no mercado, isto não pode acontecer. Ou o infarmed passa a funcionar, ou se passa a fazer concurso público para cada princípio activo limitando-se o número de medicamentos disponíveis para venda e aumentando-se o controlo e a confiança nos mesmos.Dizer que a prescrição por DCI dá liberdade ao doente é ignorar que a liberdade implica informação. Já hoje se vê a confusão dos utentes com consequências como por exemplo a duplicação de tomas. Mesmo em relação ao preço, como é que se assegura que o utente pode escolher o mais barato? Como é que ele sabe? Quem é que consegue saber, para cada medicamento e a cada momento, quais os genéricos disponíveis e quais os mais baratos? Basta a pessoa que o atende dizer que há deste ou daquele e que não há do outro e acabou-se a liberdade do utente.Passar o poder do médico para a pessoa que atende na farmácia não elimina a corrupção, só muda os intervenientes. Vejo semanalmente vários casos de trocas por medicamentos mais caros nas farmácias, mesmo com a cruz que em tempos teoricamente a proibía. Alegar que "é preciso confiar no farmacêutico" dá vontade de responder "é preciso confiar no médico" e com isso justificar manter o poder de prescrição tal como estava. Pura treta. Vale sempre a pena lembrar que as farmácias são estabelecimentos comerciais, com o natural objectivo de ter lucro, e que este advém do dinheiro que os utentes pagam pelos medicamentos, pelo que há um notório conflito entre o interesse do utente e o do dono da farmácia.Assim sendo, dizer que se está a por a escolha na mão dos utentes é mais que demagogia, é pura mentira.Por fim, e em tom de aviso aos que tenham tido a paciência de ler isto, lembro que estando o estado a comparticipar os medicamentos cada vez mais em quantias absolutas e não em percentagem, quem vai pagar a diferença nas trocas por medicamentos mais caros será directamente cada utente comprador. Daí a falta de preocupação dos governantes com este problema, não lhes afecta os números.
Mais, e como disse hoje o bastonário da Ordem dos Médicos, se a ideia fosse passar para o mais barato sem outras considerações, bastaria uma lei que o obrigasse. Não faria sentido passar essa escolha para o farmacêutico ou quem quer que seja. O utente informaria apenas se preferiria comprar o medicamento prescrito, igual ao que tomava antes ou mudar, nesse caso obrigatoriamente para o mais barato. Até parece simples.
Antes de mais, eu sou a favor da prescrição por DCI e da atribuição de liberdade de escolha e responsabilidade ao utente, desde que haja conhecimento, condições de segurança e confiança que o permitam.Infelizmente continua-se constantemente a tentar dizer que, como os genéricos em geral são óptimos, não se pode usar argumentos baseados em casos esporádicos para contrariar a prescrição por DCI. Discordo em absoluto. A troca cega por qualquer genérico para cada princípio activo deve ser permitida apenas se estivermos certos de que cada produto, cada genérico de cada princípio activo é seguro e equivalente ao original e também entre si! Dado que notoriamente não se tem feito isso, devido quiçá à existência de quantidades ridiculamente grandes de genéricos e à falta de controlo do infarmed na sua introdução no mercado, isto não pode acontecer. Ou o infarmed passa a funcionar, ou se passa a fazer concurso público para cada princípio activo limitando-se o número de medicamentos disponíveis para venda e aumentando-se o controlo e a confiança nos mesmos.Dizer que a prescrição por DCI dá liberdade ao doente é ignorar que a liberdade implica informação. Já hoje se vê a confusão dos utentes com consequências como por exemplo a duplicação de tomas. Mesmo em relação ao preço, como é que se assegura que o utente pode escolher o mais barato? Como é que ele sabe? Quem é que consegue saber, para cada medicamento e a cada momento, quais os genéricos disponíveis e quais os mais baratos? Basta a pessoa que o atende dizer que há deste ou daquele e que não há do outro e acabou-se a liberdade do utente.Passar o poder do médico para a pessoa que atende na farmácia não elimina a corrupção, só muda os intervenientes. Vejo semanalmente vários casos de trocas por medicamentos mais caros nas farmácias, mesmo com a cruz que em tempos teoricamente a proibía. Alegar que "é preciso confiar no farmacêutico" dá vontade de responder "é preciso confiar no médico" e com isso justificar manter o poder de prescrição tal como estava. Pura treta. Vale sempre a pena lembrar que as farmácias são estabelecimentos comerciais, com o natural objectivo de ter lucro, e que este advém do dinheiro que os utentes pagam pelos medicamentos, pelo que há um notório conflito entre o interesse do utente e o do dono da farmácia.Assim sendo, dizer que se está a por a escolha na mão dos utentes é mais que demagogia, é pura mentira.Por fim, e em tom de aviso aos que tenham tido a paciência de ler isto, lembro que estando o estado a comparticipar os medicamentos cada vez mais em quantias absolutas e não em percentagem, quem vai pagar a diferença nas trocas por medicamentos mais caros será directamente cada utente comprador. Daí a falta de preocupação dos governantes com este problema, não lhes afecta os números.
Mais, e como disse hoje o bastonário da Ordem dos Médicos, se a ideia fosse passar para o mais barato sem outras considerações, bastaria uma lei que o obrigasse. Não faria sentido passar essa escolha para o farmacêutico ou quem quer que seja. O utente informaria apenas se preferiria comprar o medicamento prescrito, igual ao que tomava antes ou mudar, nesse caso obrigatoriamente para o mais barato. Até parece simples.
Published on November 14, 2011 17:35
September 28, 2011
Paradise by Coldplay
I am a confessed fan of Coldplay. This one was actually the first music preview of their next album that gave me hope I might like it a lot and almost instantly convinced me to get it when it's released:
Paradise
(Berryman / Buckland / Champion / Martin)
When she was just a girl
She expected the world
But it flew away from her reach so
She ran away in her sleep
and dreamed of
Para-para-paradise, Para-para-paradise, Para-para-paradise
Every time she closed her eyes
When she was just a girl
She expected the world
But it flew away from her reach
and the bullets catch in her teeth
Life goes on, it gets so heavy
The wheel breaks the butterfly
Every tear a waterfall
In the night the stormy night she’ll close her eyes
In the night the stormy night away she'd fly
and dreams of
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh
She’d dream of
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh-oh
lalalalalalalalalalala
And so lying underneath those stormy skies
She’d say, "oh, ohohohoh I know the sun must set to rise"
This could be
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh
This could be
Para-para-paradise
Para-para-paradise
This could be
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh-oh
Paradise
(Berryman / Buckland / Champion / Martin)
When she was just a girl
She expected the world
But it flew away from her reach so
She ran away in her sleep
and dreamed of
Para-para-paradise, Para-para-paradise, Para-para-paradise
Every time she closed her eyes
When she was just a girl
She expected the world
But it flew away from her reach
and the bullets catch in her teeth
Life goes on, it gets so heavy
The wheel breaks the butterfly
Every tear a waterfall
In the night the stormy night she’ll close her eyes
In the night the stormy night away she'd fly
and dreams of
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh
She’d dream of
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh-oh
lalalalalalalalalalala
And so lying underneath those stormy skies
She’d say, "oh, ohohohoh I know the sun must set to rise"
This could be
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh
This could be
Para-para-paradise
Para-para-paradise
This could be
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh-oh
Published on September 28, 2011 13:18
September 24, 2011
"every passing minute"
"...every passing minute is another chance to turn it all around" (David, Vanilla Sky)
Yet, knowingly, we keep on wasting a bunch of them on a whole lot of stuff which comprise what we call everyday life, and with that wasting the chance, if we ever had one, of finding ourselves a real one, happiness, fulfilment, of finding whatever there is when you "turn it all around".
Yet, knowingly, we keep on wasting a bunch of them on a whole lot of stuff which comprise what we call everyday life, and with that wasting the chance, if we ever had one, of finding ourselves a real one, happiness, fulfilment, of finding whatever there is when you "turn it all around".
Published on September 24, 2011 09:12