Marcelo Costa's Blog, page 2

Haiku: Ego

Haiku:
No caos dispo-me,
do ego, silêncio,
vejo o eu.

Reflexão:
Em momentos de caos, onde a dor é soberana,
após gritos de discórdia, o silêncio instala-se.
Com ele, o eu ganha vida.
Desprovido de tudo,
resta apenas a força nascida da vulnerabilidade.

Magia

A definição de magia muda consoante o olhar de quem a observa. Certa vez, perguntaram-me o que era, para mim, a magia. Respondi que há muitas formas e feitios desse mistério, mas existe uma que transcende tudo e está ao alcance de todos. Para a reconhecer, porém, é preciso estar disposto a usá-la.

Não distingue estatuto, cor ou etnia; não mede quem tens ao teu lado ou quanto tens no bolso. Pouco importa se conduzes um Porsche ou uma bicicleta elétrica, se caminhas por estradas de terra batida ou por avenidas de asfalto polido. Essa magia ignora títulos, profissões ou posses; vê apenas o coração disposto a senti-la.

Essa magia chama-se: felicidade.

E posso garantir: quem tiver a coragem de a perseguir nunca mais verá a vida da mesma forma. Bem-vindos a 2025!

Ah, e quase me esquecia: não tenham medo de tocar o coração das outras pessoas. Essa é a magia que transforma tudo.

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2024

Não foi, de todo, o meu melhor ano. Também não foi o pior. Mas foi um ano que me ensinou a importância de estar bem com a solitude. Na escrita, encontrei uma boa companhia: a minha.

E acreditem, quando aprendemos a apreciar a nossa própria companhia, tornamo-nos incríveis para aqueles que estão verdadeiramente perto de nós.

Foi um ano de perceber quem fica, quem acredita e celebra, de coração, os nossos marcos, por mais pequenos que sejam. E, ao mesmo tempo, um ano que revelou como há quem se aproxime nos momentos difíceis, quase como se a nossa vulnerabilidade alimentasse as suas almas vazias.

Não sei quem inventou a ideia de dividir o tempo por meses, embalando-o como se fosse um produto para consumo, mas conseguiu algo curioso.

Vivemos meses difíceis, caímos, mas, quando se aproxima a passagem de ano, algo desperta. Aquela força interior que sussurra: “Agora é que é. Este ano vai ser do caraças.”

E talvez vá. Ou talvez não. Talvez o próximo seja. Quem sabe?

Seja como for, podemos aproveitar essa força, essa motivação extra, antes que desmorone, e, na parte que nos toca, fazer com que seja, sim, do caraças!

Um bom ano 2025 a todos os que por aqui passam.