Nuno Markl's Blog, page 2

November 22, 2010

It's Raining Again.

Não se pode dizer que eu seja um tipo de Azar. Com A maísculo. Tenho uma família que amo, tenho a profissão que sempre sonhei ter e vivo dela, não tenho razão de queixa da minha vida - é razoavelmente abençoada. Agora, tenho é azar. Com A pequeno, como os chihuahuas. Que é um cão minúsculo mas implicativo - e esse tipo de azar implicativo, isso tenho com fartura. E, de certa forma, ainda bem - é este tipo de coisa que acaba transformada em material de comédia embora, enquanto está a ser vivido, seja incrivelmente maçador. Mas é admirável, a qualidade da pequena chatice em que me meto. É admirável, porque é como que uma delicada filigrana de merda - situações que parecem cuidadosa, delicada e detalhadamente criadas para me chatear, completas com cereja no topo.


 


Veja-se o que sucedeu hoje. De manhã, um clássico: não encontro a chave de casa em lado nenhum. Apertado de tempo, não vejo outra alternativa senão usar a chave da Ana para abrir o único portão que temos - que é automático e lento, o que deve ser emocionante em caso de incêndio - e depois atirar a chave sobre o muro para que a Ana possa ficar com ela e sair de casa.


 


Vou à minha vida.


 


No caminho, decido enviar uma SMS à Ana dizendo-lhe que não se inquiete por não ver a chave dentro de casa. Explico que não encontrei a minha e que usei a dela para sair, tendo atirado a dita para o quintal.


 


A mensagem dá erro. E outro erro. E outro. E outro.


 


Tento fazer uma chamada e sou brindado com a doce voz gravada de uma senhora que me diz que até regularizar a minha situação de pagamento em falta, estou impedido de fazer chamadas ou enviar SMS. "Belo", penso eu, imaginando a Ana, atrasadíssima para sair de casa, procurando a chave por todos os lugares óbvios excepto onde ela está - caída algures na relva, perto do portão.


 


Felizmente, está ali o Nuno Santos, motorista da Rádio Comercial e o homem que todas as manhãs me leva à rádio - não num esquema de mordomia, calma; é que ele mora ao pé de mim e vai para a rádio à mesma hora, por isso é uma feliz coincidência. Uso o telemóvel dele para ligar para a Ana e resolvo esse primeiro obstáculo do meu dia.


 


No fim de um longo dia de trabalho - que incluiu uma gravação especialmente tardia do ShoWMarkl e em que tive de estar nu com um balde na cabeça - regresso a casa, aproveitando uma agradável boleia do meu bom amigo Pedro Ribeiro, que mora na minha zona e foi convidado do programa. Na recta final da viagem liga-me o Bruno Nogueira, que tem um iPad novinho em folha e está a explorar as suas potencialidades com a alegria de uma criança com um brinquedo novo.


 


Mal imagino eu que Nogueira será o meu anjo da guarda numa situação notável de acumulação de fezes.


 


À porta de casa, digo a Bruno: "Dá-me só um instante para abrir o portão."


 


Recordo-me: não trouxe chave.


 


Digo a Bruno: "Dá-me só um instante para tocar à campainha."


 


Recordo-me: a campainha está avariada há semanas, tocando só quando lhe apetece. Evidentemente que, nesta situação, seria bom demais se tocasse.


 


Começa a chover.


 


Digo a Bruno: "Deixa-me só ligar à Ana para que ela me abra a porta e já falamos."


 


Recordo-me: estou impedido de fazer chamadas e enviar SMS até regularizar a situação.


 


Chove de forma consistente. Não há uma única zona na minha rua onde me possa abrigar.


 


Digo a Bruno: "Bruno, faz-me um favor: liga à Ana para que ela me abra a porta."


 


O Bruno desliga.


 


Recordo-me: a minha conta e a da Ana são em pacote e ela também não pode fazer chamadas devido à conta por pagar. Pode recebê-las mas...


 


Recordo-me: ela disse-me que ia sair de casa para ir à Optimus regularizar a situação.


 


Recordo-me: ela disse-me também que hoje estava sem telemóvel; não o usou por não poder fazer chamadas.


 


O Bruno liga-me de volta: "A Ana não me atende o telefone."


 


Chove com mais força.



Digo a Bruno: "Vou abrigar-me debaixo de uma ponte que há ali à frente e pensar o que fazer."


 


Tão perto de casa e no entanto, tão longe.


 


Diz o Bruno, rindo alarvemente: "Então e se saltasses o muro?"


 


Para aceder ao meu muro - defendido por uma valente e alta chapa de ferro - preciso de escalar o portão da vizinha. Se alguém me vê, de blusão preto com capuz a escalar um portão alheio, temos sarilho.


 


Opto por albergar-me sob a finíssima ponte de peões. Chove-me em cima na mesma.


 


Recordo-me: a ama do Pedro está em casa.


 


Digo a Bruno: "Vou dar-te o número de telefone da Mariana, a nossa ama búlgara." Friso: "O sotaque dela é porque é búlgara."


 


Não sei por que raio preciso de dar esta dica ao Bruno. Ele diz que vai ligar-lhe de outro telefone e eu ouço a conversa.


 


"Está? Mariana? Olhe, daqui fala um amigo do Markl. Ele não consegue entrar e está aí fora, à porta. Nu."


 


Tinha de acrescentar uma gracinha, raça do gafanhoto. Ser amigo de humoristas é uma coisa muito cansativa.


 


Chove-me em cima.


 


A chamada termina, o Bruno volta a falar-me, no tom confortável de quem está no aconchego do lar a brincar com o seu iPad enquanto lá fora chove e outras pessoas estão há cerca de 20 minutos impedidas de entrar na sua própria casa: "Markl, ela respondeu 'tá bem, tá bem', mas não percebi se não era um 'tá bem, tá bem' sarcástico, de quem acha que está a ser gozada e não vai fazer nada."


 


Digo a Bruno: "Disseste 'Markl' e ela não me conhece por esse nome. Devias ter dito 'Nuno'. Ela não sabe quem é o 'Markl'. Ela julga que foi uma chamada de engano."


 


E, de facto, o portão mantém-se fechado. E a chuva continua a cair-me em cima.


 


E eu encharcado, no meio da rua. Na mão, apenas uma caixa com a 1ª temporada de Glee, que me foi oferecida hoje e que é o tipo de objecto que pode valer que alguém, num carro que passe, grite "MARICONÇO!".


 


Por fim, a porta abre-se. Nogueira salvara-me. A Mariana não percebeu bem o que se passava mas, destemida, resolveu arriscar e abrir o portão, correndo o risco de encontrar um Markl nu, fosse lá o que isso fosse. Vejo-a à porta, com o meu filho ao colo e penso, aliviado: "Estou em casa."


 


Explico a Bruno o que se passa, quase de lágrimas nos olhos.


 


Noto uma ligeiríssima frustração na voz de Bruno - penso que, por ele, isto podia ter continuado noite fora.


 


 










 


 

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Published on November 22, 2010 21:27

November 21, 2010

Natal na Loja Chinesa da Rebelva

Eu e milady Galvão tivemos hoje tempo para levar a cabo um dos nossos passatempos favoritos: explorar lojas chinesas. Descobrimos uma, aqui pela nossa zona, onde pudemos colmatar uma terrível falha do Natal do ano passado: não tivemos uma estrela decente no nosso pinheiro. Hoje foi só entrar nessa verdadeira Lapónia de plásticos que é uma loja chinesa e, por 3 euros e meio, depressa adquirimos um espécime vermelho cintilante de altíssimo gabarito, o tipo de coisa que, no Natal, ornamenta uma árvore e que, no resto do ano, pode perfeitamente fazer parte da indumentária de um transformista, caso eu veja necessidade em abraçar essa profissão num 2011 de crise.


 



 


Arrumada a questão da estrela da árvore de Natal, entregámo-nos ao doce prazer de explorar os fascinantes corredores de mais um destes templos onde Budas se cruzam com Badedas. E descobrimos aquela que nos pareceu, unanimemente, a invenção do século - provavelmente, do milénio. Ou talvez a maior invenção desde a roda:


 



 


Melhor invenção de sempre, melhor caixa de sempre, melhor fotografia de sempre - meu Deus, há tanto para amar no produto Cobertor Mágico (as únicas palavras da caixa que fazem, mais ou menos, sentido) que nem sei por onde começar.


 



 


Ah, o talentoso e valente tradutor do Google!... Mas com estas palavras ainda percebemos a ideia desta obra-prima que pode ser apelidada de Mantinha de Fim-de-Semana Chuvoso 2.0. O pior é quando procuramos, na caixa, uma descrição mais desenvolvida do objecto, para ficarmos realmente convencidos de que é o que precisamos em temporada natalícia, quando, aos domingos à tarde, sentimos necessidade de nos enrolarmos em algo quente para assistir a um filme envolvendo animais.


 



 


Sem dúvida que a minha passagem favorita, de tão queriducha, é "mantem-no morno da cabeça ao dedo do pé". Aquele singular, em "dedo do pé", mata-me. E mata-me também a fofura familiar das fotos laterais da caixa: este produto chega para transformar as famílias portuguesas em clãs de Chewbaccas. No que toca aos casais, perde-se a comunhão romântica da manta única para dois, mas ganha-se toda uma nova espécie de sex appeal.


 



 


O texto parece o tipo de coisa que um psicopata iletrado escreveria numa folha de papel usando letras recortadas de várias publicações e que depois seria analisada pela polícia como código para explicar onde está o próximo cadáver.


 


A loja em questão não quer que falte nada ao consumidor - e havia um Cobertor Mágico para demonstração, fora da caixa, ali ao pé.


 



 


E é isto o amor, para quem não saiba, amigos: olhar para a nossa mulher com os braços enfiados num Cobertor Mágico e não só continuar a achá-la sexy, como também suficientemente repleta de glamour para dar por mim a lamentar que não tenhamos descoberto isto há um ano, aquando da Hollywoodesca estreia do filme A Bela e o Paparazzo: o brilharete que ela ia fazer com este Cobertor Mágico! E eu, olhando para ela, sorriria e pensaria para comigo, embevecido: "Esta wife com Fleece totaliza comfort e beleza."

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Published on November 21, 2010 23:43

November 18, 2010

Caderneta de Cromos: a caminho do aniversário.

Parece que ainda foi ontem. Mas a verdade é que a Caderneta de Cromos está a caminho do primeiro aniversário - e andamos a magicar umas comemorações com a sua laracha para dia 23 de Novembro. Para os fãs da Caderneta que foram ao Coliseu de Lisboa, tenho uma mini-prenda antecipada - um singelo making of da rábula de abertura da Caderneta de Cromos ao Vivo. A todos os que vão ver o espectáculo no Porto, no próximo dia 27, aconselho que vejam isto só depois do show.


 


 










 


 


Uma coisa é certa: o ano um da rubrica é festejado com o lançamento de um pedaço bastante retro de merchandising a que chamámos A Minha Agenda da Caderneta de Cromos, em sentida homenagem à lendária A Minha Agenda RTP, que toda a gente, em determinada altura da sua infância, achou essencial possuir. Como eu nunca tive tal coisa, criei uma! Criei-a com a Patrícia Furtado e a editora Objectiva - uma útil agenda que, sim, é mesmo a sério, apesar de estar artilhada de pequenos pedaços do universo da Caderneta de Cromos, ornamentando as suas intemporais páginas. Intemporais, porque esta agenda pode ser usada em qualquer ano - não apenas 2011. Se vos apetecer usá-la só em 2012 ou, se não acreditarem na profecia inca do fim do mundo e se arriscarem guardá-la para 2037, ela continuará válida. Eis a capa:


 



 


E para quem tem curiosidade para saber como é ela por dentro, aqui está um pedaço de uma das suas páginas, com o tipo de dica e informação preciosa e útil que se espera de uma agenda de prestígio:


 



 


A agenda é mais um rico trabalho gráfico da Patrícia Furtado e, para além da sua natureza de agenda pura e dura, é uma espécie de expansão do universo do livro da Caderneta de Cromos. Ou, para ser pretensioso, uma, vá, companion piece. Chiça. O preço é catita - 8 euros e meio. A data de lançamento é o dia do 1º aniversário da rubrica - 23 de Novembro. Ou seja, terça-feira que vem.


 


Alguns dias mais tarde, outra peça fundamental do universo da Caderneta é lançada. É, provavelmente, a peça de merchandising mais egoísta da História: mesmo que ninguém compre, já ninguém me tira a honra gigantesca de ter co-concebido (isto parece gaguez, mas não é) um jogo com a mais mítica empresa portuguesa de brinquedos e jogos - a mui adorada Majora. De novo com as ilustrações da Patrícia, criámos uma espécie de reinvenção do clássico Jogo da Glória a que chamámos... bom, Jogo da Glória da Caderneta de Cromos. Tem o espírito do jogo clássico, mas a Majora deu-nos toda a liberdade para reescrever e tornar mais delirantes, competitivas e até físicas, as regras desse sucesso perene da empresa. O resultado é mesmo uma fusão inédita entre o espírito tradicional de um jogo de tabuleiro e o espírito, hum, coiso, da rubrica da Rádio Comercial.


 


Aqui, o momento em que eu e a Vanda Miranda apalpámos, emocionados, pela primeira vez, a caixa do jogo, na reunião que tivemos na terça-feira com o Pedro Oliveira, da Majora, para ultimar os detalhes. A maior emoção foi ver o clássico logotipo da Majora na tampa de um jogo baseado numa rubrica minha!


 



 


(Esclarecendo todas as dúvidas que esta foto suscitou entre os seguidores da Caderneta no Facebook: esta foto foi tirada na sala de reuniões das Produções Fictícias e o cartaz lá atrás é de uma peça de teatro chamada Conspiração (e não apenas Piração), escrita pelo Nuno Artur Silva.)


 


Tal como aconteceu com o livro da Caderneta de Cromos, a FNAC associou-se à Objectiva e à Majora para fazer pré-vendas destes dois novos artefactos do planeta Caderneta. Mais tarde eles estarão disponíveis em todo o lado, mas neste momento já há uma página da loja online da FNAC onde está reunido todo o universo cromo e onde pode ser feita a pré-encomenda da agenda e do jogo. Está tudo aqui.


 


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Published on November 18, 2010 22:32

November 17, 2010

15 de Novembro.


 


Arrepia uma pessoa, quando começa o nosso pequeno "vídeo de aquecimento", ao som de uma épica variação que o David Fonseca fez do seu já clássico tema da Caderneta de Cromos, e todo um Coliseu grita, compassadamente, "CRÓMÓ!". A partir daí, estava criado um clima de química tão tranquilizador para mim, o Pedro Ribeiro, a Vanda Miranda e o Vasco Palmeirim, que os nervos transformaram-se em feliz adrenalina e a gente esqueceu-se da imponência do momento: ali estávamos nós no Coliseu de Lisboa, assinando algumas das rábulas mais bizarras que já passaram por aquele palco - e já passaram certamente coisas bastante bizarras por aquele palco!


 


A dada altura, já estávamos viciados na coisa e já me parecia uma pena termos de acabar o espectáculo ao fim de duas horas. É difícil esconder as surpresas do público que no dia 27 nos recebe no Coliseu do Porto (elas estão espalhadas por essa internet fora), mas agora é tempo de criar algum material novo. Ideias não faltam, contactos já começaram a ser feitos, algumas rábulas da sessão de Lisboa irão por caminhos diferentes (para combater os spoilers que por aí andam) e, em suma, estamos ansiosos por fazer nova festarola.


 


Nunca é demais agradecer a toda a gente que esteve no Coliseu dos Recreios na passada segunda-feira e à vasta equipa que comigo fez a primeira encarnação ao vivo da Caderneta de Cromos.


 


O Coliseu do Porto não assusta tanto: há uns anos foi lá que eu, a Maria de Vasconcelos e o Pedro Ribeiro fizemos o espectáculo de fecho do Homem Que Mordeu o Cão ao Vivo e foi dos melhores momentos das nossas carreiras. É esse ambiente que agora estamos à espera de reencontrar no dia 27. A gente vê-se aí em cima.


 


Entretanto, há um álbum de memórias da Caderneta de Cromos ao Vivo aqui. Atenção, espectadores do Porto: contém spoilers.

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Published on November 17, 2010 10:05

November 13, 2010

A "table reading" da Caderneta de Cromos ao Vivo

Por volta das 16h de hoje estávamos a simular, à volta de uma mesa, num gabinete recôndito no edifício da Rádio Comercial, a Caderneta de Cromos ao Vivo. Foi divertido - só faltaram lá vocês, que compraram bilhete e que vão ser parte indispensável na festa. E foi útil para ver o que funciona e não funciona, o que ainda pode ser alterado (apesar de estarmos a tão pouco do raça do espectáculo!) e também para termos as inevitáveis desilusões provocadas pelo habitual pequeno poder - sim, houve editoras que, infelizmente, não nos autorizaram que usássemos no espectáculo porções de músicas e videoclips dos 80s (e eram apenas segundos, nem sequer era na íntegra!) que iriam enriquecer algumas piadas. Obrigadinho por isso. Não esquecerei tamanha amabilidade!


 


Enfim, o show funcionará na mesma sem o material que nos foi vedado e tem tantos momentos que pretendem surpreender-vos que só vos posso mostrar vinte segundos das horas que lá passámos hoje:


 


 










 

Sim, o Vasco vai tocar guitarra. A guitarra parece ter o tamanho normal nas mãos do nosso pequenino colega, porque é, na verdade, uma guitarra microscópica. Precisei de uma lente especial para filmar este vídeo, mas penso que se vê tudo bastante bem.


 

Enquanto todos vós descansais que nem uns nababos, há muito boa gente a trabalhar no duro durante o fim-de-semana para que 2ª feira as coisas estejam todas em ordem. A minha homenagem para a equipa da Media Capital Entertainment; para a da Neon Media, responsável pelos vídeos que vamos apresentar; para a Patrícia Furtado, que ainda está a retocar bonecadas; e para o David Fonseca, que prepara uma revisão do tema musical Crómó.


 

E uma vez mais, para todos os que forem, na 2ª feira, ao Coliseu - tragam Peta Zetas. Um pacote por cabeça. Vendem-se em bombas de gasolina, tascas, mercearias e um ou outro supermercado. Tentámos tudo por tudo para contactar o distribuidor nacional das Peta Zetas, de modo a sermos nós a fornecer as Peta Zetas aos espectadores, mas não obtivemos resposta, o que é pena e obriga a este plano B: tragam Peta Zetas, que estamos com uma ideia com a sua laracha. Até lá!


 

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Published on November 13, 2010 18:58

November 10, 2010

O momento do quase e o apelo às Peta Zetas.


 


Poucos dias até ao show de Lisboa e todos os envolvidos andam numa roda viva para assegurar que nenhum dos 145739 pormenores de que é feita a Caderneta de Cromos ao Vivo falha. Eu tramei a vida a uma quantidade insana de pessoas, com isto. A Patrícia Furtado, ilustradora do livro da Caderneta de Cromos e criadora de todo o look da rubrica, até doente teve de trabalhar. O David Fonseca, também recém-engripado e ainda na ressaca das rodagens do seu novo videoclip, está a trabalhar na banda sonora da coisa. E penso que a equipa da Media Capital Entertainment não deve, actualmente, dormir ou ver as suas famílias. Tudo em prol da causa croma.


 


É que há tanto acontecimento, tanto material vídeo, tanta loucura a acontecer em palco, tanto adereço demente, que é fácil que se dê o efeito dominó e uma peça mal posta derrube todas as outras. Não há-de ser nada. Estamos a trabalhar com uma equipa de produção experiente e para quem parece haver poucos impossíveis (pouco do meu texto original teve de ser alterado, o que é o paraíso), conseguimos dois convidados especiais de sonho - ainda é surreal, para mim que cresci nos anos 80, que aquelas duas pessoas tenham aceite o desafio e que eu ande em telefonemas e trocas de SMS com elas à conta disto - e, basicamente, tudo pode acontecer. A maravilha deste espectáculo é o gozo que dá pegar na "mitologia" da rubrica radiofónica, em algumas histórias conhecidas de todos os que nos ouvem há quase um ano e conhecem o livro, e transformá-las em algo novo e surpreendente. Para mim estava fora de questão que a Caderneta de Cromos ao Vivo fosse uma mera leitura de textos de rádio conhecidos. Vamos revisitar momentos familiares e dar-lhes uma dimensão visual e, em alguns casos, quase épica (como no momento em que a minha integridade física é posta à prova em pleno palco).


 


O material vídeo está a ficar um mimo. Vontade não me falta de revelar algo sobre ele, mas quanto menos souberem, melhor. Mas digamos que em tantos anos de existência, nunca o Coliseu dos Recreios presenciou momentos tão bizarros como os que serão apresentados em alguns dos vídeos que fazem parte do espectáculo.


 


Dito isto, está na altura do...


 


GRANDE APELO À PETA ZETA!


 


Eu sei que vocês, que já pagaram bilhete, não quererão gastar nem mais um tostão no nosso show. Mas acreditem que isto vai valer a pena. O que peço é que cada pessoa que vai ao Coliseu na próxima 2ª feira à noite, faça o possível por levar consigo uma embalagem de Peta Zetas. Não são assim tão difíceis de encontrar - há inúmeras bombas de gasolina / tascas / pastelarias que vendem a famosa iguaria explosiva - e um pacote do lendário produto é coisa barata. Tentem trazer. E depois logo verão o que vamos fazer. Obrigado por isto - e por irem ver o show na 2ª feira.


 


Quem chegou tarde e já não encontrou bilhetes, não desespere. Há sérias hipóteses de levarmos a Caderneta de Cromos ao Vivo a outras paragens, depois dos espectáculos de dia 15 e 27. E consta que a coisa vai ser gravada para posterior transmissão / edição DVD. De alguma forma isto há-de vos chegar à vista, ao vivo ou não!

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Published on November 10, 2010 22:00

October 28, 2010

A Caderneta expande-se!


 


O texto do espectáculo Caderneta de Cromos ao Vivo, que levamos ao Coliseu de Lisboa no dia 15 de Novembro e ao do Porto no dia 27, é das coisas mais épicas e desmesuradamente ambiciosas que já fiz - o que é ampliado pelo facto de estarmos a trabalhar batendo todos os recordes de rapidez (mas era as datas que havia disponíveis!). A todos os fãs da rubrica que compraram bilhetes, agradeço a confiança no nosso trabalho - suponho que, na altura em que soltaram o dinheirinho, a interrogação "mas como é que é que aqueles tipos vão transformar uma rubrica de 10 minutos num espectáculo de Coliseu?" vos tenha assaltado a mente, e assaltou bem.


 


A ideia é que, sem perder nada do que vos faz gostar da rubrica na Rádio Comercial, o espectáculo possa apresentar alguns greatest hits da rubrica como ninguém os viu (ou imaginou que os viria a ver) antes. A produção é da Media Capital Entertainment, que tem larga experiência no showbiz para tornar realidade muitas das minhas ideias mais dementes e, pelo meu lado, trouxe as colaborações de duas pessoas imprescindíveis: o Jorge Vaz Gomes, realizador dos sketches do meu programa no Canal Q, ShoWMarkl, que vai realizar tudo quanto é conteúdo vídeo do espectáculo (e vai haver muita coisa gira para ver no ecrã que contracena connosco) e a Patrícia Furtado, que vocês conhecem como a autora das ilustrações do livro da Caderneta de Cromos, a responsável pelo design e pelos detalhados desenhos dos 100 cromos do livro, será a responsável pela cenografia, animações e todo o look do espectáculo - a verdade é que queremos que quem alinhe connosco naquelas duas noites se sinta totalmente mergulhada não só no ambiente da rubrica da Comercial, mas também no do livro. O resto pretende dar poucos minutos de descanso ao espectador (no bom sentido, calma), e tentar atirar-lhe o maior número de surpresas - e quando digo "atirar", em alguns casos é literal. Mas ninguém se vai aleijar, não se preocupem. Estamos a trabalhar para que isto seja uma diversão do cacete para vocês e para nós. E isso inclui que, a dada altura, haja um momento em que, tudo correndo bem, irei pôr em risco a minha integridade física em palco. Gulp.


 


Os bilhetes estão a voar, mas ainda há alguns - confiram aqui.


 


A Caderneta de Cromos ao Vivo e o livro da Caderneta de Cromos (que está a ser um sucesso pelo qual vos agradeço) são as primeiras expansões da rubrica para fora do seu formato de origem, mas até ao fim do ano vai haver mais - e ontem, no evento onde eu e a Patrícia Furtado estivemos, no Casino da Figueira da Foz, anunciámos em primeira mão as duas próximas encarnações da Caderneta, que muito gozo deram a criar...


 


A MINHA AGENDA DA CADERNETA DE CROMOS


Numa homenagem sentida à lendária A Minha Agenda - e porque nunca tive nenhuma - irá em breve surgir nos escaparates a genuína agenda da Caderneta de Cromos, com as ilustrações da Patrícia, toneladas de efemérides que vão do relevante ao parvo e, pasme-se, aquilo funciona mesmo como agenda! É uma ousadia, numa era em que temos tendência para enfiar todos os nossos compromissos no telemóvel, criar uma agenda old school, inspirada nas agendas das nossas infâncias, mas achámos que seria divertido juntar ao universo da Caderneta de Cromos a nossa própria A Minha Agenda. Agora já sabem que, para o Natal, de presente, la la la la...


 


E há ainda uma coisa muitíssimo apetitosa que nos uniu, com grande orgulho, a uma das empresas mais importantes da nossa infância - a Majora! Nada mais nada menos do que...


 


 



 


O JOGO DA GLÓRIA DA CADERNETA DE CROMOS


Foi um gozo criar isto com a Majora e irá, em breve, estar nas lojas da especialidade, numa caixinha toda pipi e pronto para unir a família em torno de um tabuleiro que cruza o clássico Jogo da Glória da nossa infância, com o universo da Caderneta de Cromos. Sem querer revelar muito para não estragar as surpresas: sim, a Majora deu-nos carta branca para alterarmos as regras e tornarmos a experiência mais alucinante, e os peões de jogo, em vez de serem as banais marcas coloridas dos anos ontem, são as figuras da equipa da manhã - bonecos muito divertidos da minha pessoa, do Pedro Ribeiro, da Vanda Miranda e do Vasco Palmeirim, desenhados pela Patrícia, aos quais ela juntou (porque, se bem se lembram, todo o jogo da Majora é para seis jogadores) mais duas personagens, a Samantha Fox e a Kim Wilde! O tabuleiro está um mimo e a ideia do jogo é conseguirmos atravessar as 90 casas, escapando de diversas humilhações, e sermos os primeiros a chegar à casa central - a Idade Adulta. Pelo meio, juntámos provas impensáveis. Em breve saberão mais. Parece-me que é a primeira vez na História da Humanidade que um programa de rádio tem o seu próprio jogo de tabuleiro oficial! (E vai ser uma galhofa jogá-lo, podemos assegurá-lo.)


 


Não se preocupem os profetas do apocalipse. Haver merchandising não significa vender a alma ao Diabo. Significa que cada objecto está a ser trabalhado com o mesmo cuidado que qualquer edição diária da rubrica e que não vai haver cuecas, peúgas ou roupa de cama da Caderneta. Só as coisas que nos permitam ser tão criativos como a rubrica ou o livro. Os fãs merecem ser tratados com dignidade e criatividade!

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Published on October 28, 2010 22:18

October 7, 2010

Agora já não se pode voltar atrás, com a breca!


 


Pois não. Decidimos abraçar o desafio que nos foi proposto de transformar a Caderneta de Cromos numa celebração ao vivo e, naquilo que é tão arriscado que chega a ser mais ou menos equivalente a praticar desportos radicais sem capacete e, em particular, bungee-jumping com cordéis em vez de elásticos, vamos montar um show em tempo recorde e tentar proporcionar às pessoas que já compraram bilhete uma noite que transforme a história de amor que há entre a rubrica da Rádio Comercial e os ouvintes em algo mais do que um simples romance platónico. Ou seja, nos dias 15 de Novembro no Coliseu de Lisboa e 27 de Novembro no Coliseu do Porto vamos, por fim, fazer o amor. Isto é uma metáfora estranha, mas parece-me bastante eficaz.



Dizem-me que já muita gente comprou bilhete. Portanto, oficialmente, a coisa deixou de estar no domínio do "vamos lá ver o que se faz" para passar para o domínio do "temos de fazer uma g'anda coisa". É o que está a ser magicado: queremos que a Caderneta de Cromos ao Vivo seja o mais próximo que se consegue, hoje em dia, de transformar míticas salas clássicas de espectáculos do país em máquinas do tempo. E vai ser interactivo de formas nunca antes tentadas. Sim, não vamos querer que o público fique só recostado passivamente - vocês vão ser parte do show, mas não se preocupem, não somos os Fura Dels Baus. Acontece que a Caderneta de Cromos sempre foi, desde a 1ª hora, uma rubrica feita em ping-pong entre este lado e esse lado. Por isso, digamos que a coisa vai ser envolvente.


 


No palco, estarão este que se assina, o Pedro Ribeiro, a Vanda Miranda e o Vasco Palmeirim. E estamos a fazer os devidos contactos para ter algumas das mais inesperadas special guest stars da História. Parece-me, visto daqui, que vai ser divertido para vocês e para nós. Embora, para nós, seja também o terror. Mas partir uma perna, diz que é pior.

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Published on October 07, 2010 23:22

October 1, 2010

Apresentando... cromos!


 


No princípio, era a edição limitada. E a edição limitada esticou-se um bocadinho. E depois a ideia era os cromos desaparecerem, e serem acessíveis apenas por download no site oficial da Objectiva. E vão ser, em breve!


 


Mas... muita gente queria os cromos, com as empampanantes e muito retro ilustrações da Patrícia Furtado. Em todo o esplendor do típico papel de cromo. E a FNAC decidiu, com a nossa aprovação, investir na impressão maciça de colecções inteiras de 100 cromos para aceder aos inúmeros pedidos de pessoas que perderam a pré-venda e que queriam os seus cromos. E eles aí estão - já não são de graça, mas não são caros: 5€ é quanto se paga pelo kit, que inclui os 100 cromos e um tubo de cola Cisne. Os cromos vendem-se independentes do livro: quem quiser o livro sem cromos, não tem de arcar com a despesa extra. E quem comprou o livro noutra loja, pode agora, na FNAC, comprar só os cromos.


 


Entretanto, a Patrícia continua a produzir peças exclusivas para certas lojas. Depois do saco de pano do El Corte Inglès e do iô-iô da Livraria Bulhosa, vejam o marcador de livros catita que ela criou como oferta para quem adquire o livro nas lojas Auchan (Pão de Açúcar e Jumbo).


 



 


A próxima semana trará aquela que é, possivelmente, a mais bombástica notícia relativa à Caderneta de Cromos desde o lançamento do livro. E não tem a ver com o livro. É toda uma outra surpresa que, espero, deixará a comunidade cadernetófila bastante alegre. E que nos deixa a nós, que fazemos a rubrica todas as manhãs na Rádio Comercial, num misto de pânico, histeria e felicidade.


 


Entretanto, recordo que quem quiser ir às festas que assinalam o lançamento do livro, tem aqui todas as informações!

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Published on October 01, 2010 21:09

September 29, 2010

As festas da Caderneta! E um teaser importante, no fim.

Na semana passada aconteceu a noite longa da FNAC Colombo, para assinalar a noite em que o livro da Caderneta de Cromos saiu para a rua; mas quem não pôde estar nesse evento, pode ir agora às duas festas de lançamento que estamos a preparar para Lisboa e Porto. Aconselho-vos, por isso, que, caso estejam interessados em juntar-se a mim, ao Pedro Ribeiro, à Vanda Miranda, ao Vasco Palmeirim, e à Patrícia Furtado, a ilustradora que criou os magníficos cromos da Caderneta, preparem-se para agir. Eis as instruções!...


 



 


Dia 12 de Outubro, 3ª feira, 21h30, no Urban Beach, do Grupo K, em Lisboa:


 


O evento apresenta o livro com as participações da equipa do Programa da Manhã da Comercial, da Patrícia Furtado e do venerável criador do tema musical da Caderneta de Cromos, o superstar David Fonseca, que fará um DJ set com vinis trazidos directamente dos 80s e que incluem 12 polegadas e tudo.


 


Os convites para este arraial luxuriante podem ser pedidos na Rádio Comercial (Rua Sampaio e Pina, 24-26, em Lisboa, perto do liceu Maria Amália) ou recolhidos numa das principais livrarias, a partir de 2ª feira.


 


Haverá um consumo de 6 euros por pessoa, com direito a uma bebida.


 


Para nos armarmos em diferentes, os convites são válidos não para duas, mas para três pessoas.



A confirmação é obrigatória até ao dia 11 de Outubro, através do email correio@objectiva.pt ou através do telefone 214 246 903.


 


 


Dia 19 de Outubro, 3ª feira, 21h30, no Twins da Foz, no Porto:


 


A equipa matinal da Comercial e a Patrícia Furtado juntam-se para apresentar o livro da Caderneta de Cromos na bela Invicta.


 


Os convites podem ser pedidos na Rádio Comercial, nos estúdios de Lisboa ou do Porto, ou recolhidos numa das principais livrarias, a partir de 2ª feira.


 


São também válidos para três pessoas.


 


Haverá um consumo obrigatório com direito a uma bebida.


 


Pede-se confirmação obrigatória até ao dia 18 de Outubro, através do email correio@objectiva.pt ou através do telefone 214 246 903.


 


 


Quem não fica a jeito de ir em Lisboa ou ao Porto nestas datas, não desespere - vai haver mais eventos, entre apresentações e autógrafos, noutras zonas do país e eu irei aqui anunciando.


 


E AGORA, UM TEASER IMPORTANTE!


 


Para as pessoas que se lamentam de ter comprado o livro da Caderneta de Cromos depois da pré-venda ou noutras lojas onde não havia cromos de oferta, lanço a questão: e se, de repente, os cromos que foram gratuitos para os sortudos que fizeram a pré-encomenda do livro, nas lojas FNAC, deixassem de ser gratuitos (vá, nem tudo podem ser boas notícias; mas o preço não é antipático) e pudessem passar a ser comprados, os 100, de uma vez, num pack completamente independente do livro? Hem? Hem?


 


Os cromos coloridos ilustrados pela Patrícia Furtado tiveram tanto impacto junto do público e há tanta gente a pedir que eles regressem, que nos pareceu cruel (e mal empregado para o tremendo trabalho que a Patrícia teve) não encontrar uma solução para fazer chegar cromos finamente impressos a todas as pessoas que os querem. Dentro de dias, vai haver novidades sobre isto. Aguardem!


 


(Quem não quiser comprar cromos, prepare-se para fazer o download e a impressão dos mesmos dentro de alguns dias, aqui, onde começarão a sair em carteirinhas virtuais.)

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Published on September 29, 2010 23:15

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Nuno Markl
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