Ricardo L. Neves's Blog: Ricardo L. Neves, page 46
January 1, 2014
E assim começa #1
December 31, 2013
2013
Às vezes gostaria de ter mais tempo para vir aqui. Bom, talvez “tempo” não seja a palavra mais adequada. A verdade é que tempo é coisa que não me falta, o que eu não tenho é vontade. Gosto de falar sobre o que leio e o que escrevo, mas nem sempre me apetece falar sobre isso aqui. O meu editor insiste que manter um blog activo, estimular a relação com os leitores, é essencial para não ser esquecido. Não discordo dele por completo, porém acredito que mais importante do que vir aqui todos os dias (ou todas as semanas) e dizer “Olá” a vocês é o tempo que dediquei durante este último ano a diversos projectos que serão trazidos a públicos durante o ano de 2014.
Entre esses projectos destaco um livro de contos cujo título será “O Sítio onde Morremos e outras histórias” e a republicação do meu segundo romance, “Crime Proscrito” – seguindo uma sugestão do meu editor irei reescrever e republicar os meus primeiros romances, incluindo “Época Sombria”. Tenho um novo romance iniciado, cujo título provisório é “Reversão”, mas não sei se estará pronto durante o próximo ano. Vamos ver.
Bom ano para todos!
April 27, 2013
Divulgação #8: CLEAN, de Alex Hughes
CLEAN, de Alex Hugues, é o livro que abre a série Mindspace Investigations. CLEAN conta a história de um telepata que ajuda a polícia a resolver homicídio. A premissa soa-me bastante interessante.
Eis a sinopse: «I used to work for the Telepath’s Guild before they kicked me out for a drug habit that wasn’t entirely my fault. Now I work for the cops, helping Homicide Detective Isabella Cherabino put killers behind bars.
My ability to get inside the twisted minds of suspects makes me the best interrogator in the department. But the normals keep me on a short leash. When the Tech Wars ripped the world apart, the Guild stepped up to save it. But they had to get scary to do it—real scary.
Now the cops don’t trust the telepaths, the Guild doesn’t trust me, a serial killer is stalking the city—and I’m aching for a fix. But I need to solve this case. Fast. I’ve just had a vision of the future: I’m the next to die.»
Podem ler dois contos de Alex Hughes aqui e aqui.
April 24, 2013
Divulgação #7: PULP FICTION PORTUGUESA, antologia organizada de Luís Filipe Silva
Nos meus anos de juventude, muito livro da chamada pulp fiction passou-me pelas mãos (julgo que boa parte da minha vontade de entrar no mundo da escrita veio desses tempos); desde então o género caiu um pouco no esquecimento. Foi por isso com grande prazer que encontrei esta antologia da PULP FICTION PORTUGUESA organizada pelo autor, tradutor, compilador, editor, e por aí fora, Luís Filipe Silva.
Luís Filipe Silva é um nome bem conhecido pelos apreciadores de ficção portuguesa, publicado em Portugal, no Brasil e por esse mundo fora. A sua lista de trabalhos é extensa e inclui romances, contos e ensaios. O grande destaque, pela importância que teve (e ainda tem) no panorama da ficção científica portuguesa, vai para a obra TERRARIUM, um romance escrito a meias com João Barreiros. Actualmente, Luís Filipe Silva é coordenador do blogue Trëma, e, em parceria com Rogério Ribeiro, um dos dinamizadores das oficinas de escrita criativa promovidas por esse projecto.
PULP FICTION PORTUGUESA não é uma compilação de histórias de autores reconhecidos nesse género, mas antes um tributo feito por autores dos dias de hoje a um mundo de aventuras que o tempo não apagará da memória. Inclui contos de Sónia Louro, A. M. P. Rodriguez, Ana Sofia Casaca, João Henriques e outros. Podem ler um excerto aqui.
Para mais trabalhos de Luís Filipe Silva, sugiro que visitem o blogue GalxMente, dedicado ao romance homónimo, e Caderno de Contos, onde estão publicados vários contos, alguns deles inéditos, e outros artigos.
Se quiserem saber mais sobre esta antologia, podem também ler uma entrevista a Luís Filipe publicada no Diário Digital, este artigo publicado no suplemento P3, do jornal Público e esta notícia publicada no site da RTP.
April 21, 2013
Divulgação #6: POR VÓS LHE MANDAREI EMBAIXADORES, de Jorge Candeias
POR VÓS LHE MANDAREI EMBAIXADORES, de Jorge Candeias, é um livro que não existe em papel, apenas num blogue criado com o único propósito de contar esta história. O romance, composto por 28 capítulos, data de 2008.
Candeias mantém uma actividade intensa como autor, editor e tradutor (entre as várias obras que traduziu destacam-se AS CRÓNICAS DE GELO E FOGO e DUNA). Já li alguns contos seus e gostei, por isso estou com boas perspectivas em relação a este trabalho.
Jorge Candeias mantém o blogue A LÂMPADA MÁGICA, onde divulga as suas leituras e as suas opiniões. É também responsável pelo e-zine INFINITAMENTE IMPROVÁVEL.
April 18, 2013
Divulgação #5: THE NAME OF THE WIND, de Patrick Rothfuss
Continuando na onda da fantasia (recordo o livro que divulguei há dias: THE SUMMER TREE, de Guy Gavriel Kay), o livro que hoje trago ao prelo é THE NAME OF THE WIND, de Patrick Rothfuss. Tomei contacto com este autor há alguns meses ao encontrar numa livraria o segundo volume desta saga protagonizada pelo misterioso KVOTHE. Como tinha tempo, folheei as primeiras páginas do THE WISE MAN’S FEAR e até achei interessante. No entanto, acabei por não o comprar dado que gostaria de ler a história do princípio.
THE NAME OF THE WIND conta-nos a história de Kvothe, mágico, ladrão, músico e assassino. (Adoro esta combinação.) Eis a sinopse: «My name is Kvothe, pronounced nearly the same as “quothe.” Names are important as they tell you a great deal about a person. I’ve had more names than anyone has a right to. The Adem call me Maedre. Which, depending on how it’s spoken, can mean The Flame, The Thunder, or The Broken Tree.
“The Flame” is obvious if you’ve ever seen me. I have red hair, bright. If I had been born a couple of hundred years ago I would probably have been burned as a demon. I keep it short but it’s unruly. When left to its own devices, it sticks up and makes me look as if I have been set afire.
“The Thunder” I attribute to a strong baritone and a great deal of stage training at an early age.
I’ve never thought of “The Broken Tree” as very significant. Although in retrospect, I suppose it could be considered at least partially prophetic. My first mentor called me E’lir because I was clever and I knew it. My first real lover called me Dulator because she liked the sound of it. I have been called Shadicar, Lightfinger, and Six-String. I have been called Kvothe the Bloodless, Kvothe the Arcane, and Kvothe Kingkiller. I have earned those names. Bought and paid for them.
But I was brought up as Kvothe. My father once told me it meant “to know.”
I have, of course, been called many other things. Most of them uncouth, although very few were unearned.
I have stolen princesses back from sleeping barrow kings. I burned down the town of Trebon. I have spent the night with Felurian and left with both my sanity and my life. I was expelled from the University at a younger age than most people are allowed in. I tread paths by moonlight that others fear to speak of during day. I have talked to Gods, loved women, and written songs that make the minstrels weep.
You may have heard of me.»
Podem ler um excerto do capítulo 8 aqui e um pequeno artigo (muito engraçado) sobre pontuação aqui.
April 15, 2013
Conto no smashwords
A publicação já data de ontem, mas só agora tenho oportunidade de anunciá-la aqui. O meu primeiro conto publicado no Smashwords está disponível para quem quiser fazer o download. O custo é zero, por isso não há desculpas.
Divulgação #4: YSABEL, de Guy Gavriel Kay
Nunca li nada do escritor de fantasia canadiano Guy Gavriel Kay, mas sugeriram-me este livro e decidi arriscar. Kay começou a sua carreira como assistente de Christopher Tolkien, ainda enquanto aluno de Filosofia, na revisão do THE SILMARILLION. Antes de lançar o seu primeiro romance em 1984, THE SUMMER TREE (primeiro volume da trilogia THE FIONAVAR TAPESTRY), teve tempo de concluir o curso de Direito.
Regra geral, os seus romances decorrem em locais fictícios bastante semelhantes a locais históricos já desaparecidos, como é o caso de Constantinopla. A verosimilhança é tanta que muitos consideram estes romances como representantes do género fantasia histórica, um rótulo que o autor já disse não apreciar muito.
YSABEL foge um pouco a esse espectro, no sentido em que não decorre num tempo já extinto, mas em plena urbe. É certo que há maga e fantasia à mistura, mas a escolha deste tipo de local para a acção torna a história mais… possível? Bom, talvez não exactamente, mas não seria de longe o mais estranho que eu vi. E acreditem: eu já vi muita coisa estranha.
Vencedor do World Fantasy Award de 2008, na categoria de melhor romance, eis a sinopse de YSABEL: «In today’s world, the Saint-Sauveur Cathedral of Aix-en-Provence is an ancient structure. Complex and full of secrets, it is a perfect monument for a celebrated photographer to shoot, and for his teenaged son, Ned Marriner, to wander through while his father works.
But the roads of Provence were once walked by Celtic tribes and Roman legions and have seen centuries of warfare. The past is very much alive in Provence, and on one holy, haunted night of the year, when the borders between the living and the dead are down and fires are lit upon the hills, Ned finds himself drawn into a very old story playing itself out in the modern world—a story in which dangerous, mythic figures of long ago erupt into the present, claiming and altering lives. »
Interessados? Leiam um excerto aqui.
April 12, 2013
Divulgação #3: BLIND FAITH, de Ben Elton
Ben Elton é um daqueles malditos britânicos que é bom em tudo aquilo em que põe as mãos. Conheci-o pela primeira vez através das séries BLACKADDER (que criou em conjunto com Richard Curtis) e THE THIN BLUE LINE e desde então a sua obra não tem parado de me surpreender. Os seus romances misturam na perfeição comédia, drama e assertividade. Já li vários, dos quais destaco POPCORN e DEAD FAMOUS.
BLIND FAITH mantém o humor presente nos restantes romances do autor e é uma história distópica sobre uma sociedade em que o acto privado é considerado um crime. Pelo que já pude ler, o livro parece levantar algumas questões interessantes sobre religião, fanatismo político-religioso, ignorância versus conhecimento e sociedade.
Eis a sinopse: «As Trafford Sewell struggles to work through the usual crowds of commuters, he is confronted by the intimidating figure of his priest, full of accusatory questions. Why has Trafford not been streaming his every moment of sexual intimacy onto the community website like everybody else? Does he think he’s different or special in some way? Does he have something to hide? Imagine a world where everyone knows everything about everybody. Where what a person “feels” and “truly believes” is protected under the law, while what is rational, even provable, is condemned as heresy. A world where to question ignorance and intolerance is to commit a crime against Faith. Ben Elton’s dark, savagely comic novel imagines a postapocalyptic society where religious intolerance combines with a confessional sex-obsessed, self-centric culture to create a world where nakedness is modesty, ignorance is wisdom, and privacy is a dangerous perversion. A chilling vision of what’s to come, or something rather close to what we call reality?»
Ben Elton é também um excelente comediante. Podem assistir a um excerto do seu desempenho através deste vídeo da série MAN FROM UNTIE, criada pelo próprio (o título é uma sátira à série THE MAN FROM U.N.C.L.E., co-protagonizada por e - o “Ducky” de NCIS):
(Um Stephen Colbert com voz de John Oliver)
April 9, 2013
Divulgação #2: SLEEPYHEAD, de Mark Billingham
Ao navegar pelo site do escritor George Pelecanos (sobre o qual escrevi o seguinte post), vi uma referência ao escritor britânico Mark Billingham. Curioso, resolvi adquirir o livro SLEEPYHEAD, que, além de ser o primeiro romance publicado pelo autor, inaugura a série protagonizada pelo DI Tom Thorne. A série conta com onze volumes até à data e todos têm sido bem recebidos pelo público e pela crítica.
Na sinopse de SLEEPYHEAD podemos ler: «Alison Willetts is unlucky to be alive. She has survived a stroke, deliberately induced by a skilful manipulation of pressure points on the head and neck. She can see, hear and feel; she is aware of everything going on around her, but she is completely unable to move or communicate. It’s called Locked-In Syndrome. In leaving Alison Willetts alive, the police believe the killer’s made his first mistake.
Then D.I. Tom Thorne discovers the horrifying truth; it isn’t Alison who is the mistake, it’s the three women already dead. ‘An appropriate margin of error’ is how their killer dismisses them, and Thorne knows they are unlikely to be the last. For the killer is smart, and he’s getting his kicks out of toying with Thorne as much as he is pursuing his sick fantasy . . .
Thorne knows immediately he’s not going to catch the killer with procedure. But with little more than gut instinct and circumstantial evidence to damn his chief suspect, anaesthetist Jeremy Bishop, his pursuit of him is soon bordering on the unprofessional. Especially considering his involvement with Anne Coburn, Alison’s doctor and Jeremy’s close friend.
Thorne must find a man whose agenda is terrifyingly unique, and Alison, the one person who holds the key to the killer’s identity, is unable to tell anybody. . .»
Podem ler o primeiro capítulo aqui.
SLEEPYHEAD e o seu sucessor SCAREDY CAT foram adaptados para televisão pela Sky1. A série, intitulada THORNE, contou com seis episódios (três para cada romance) e contou com no papel de Tom Thorne. Morrissey foi também um dos criadores da série, juntamente com Billingham.
Mark Billingham escreve também contos, artigos de não-ficção (sobretudo relacionados com escrita, criminologia), mas onde ele começou mesmo foi no stand-up comedy.


