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A Doença, o Sofrimento e a Morte Entram Num Bar
O que faz de Ricardo Araújo Pereira o maior humorista português? Já não é preciso esperar mais para saber (e aprender) o que RAP tem a dizer sobre escrita de humor. Podíamos fazer uma piada sobre a importância deste livro, mas o melhor é mesmo lê-lo. «Aquilo a que chamamos humor, ou sentido de humor, é, na verdade, um modo especial de olhar para as coisas e de pensar sobre elas. É raro, não por se tratar de um dom oferecido apenas a alguns eleitos, mas porque aquele modo de olhar e de raciocinar é muito diferente (às vezes, o oposto) do convencional. Este livro procura identificar e discutir algumas características dessa maneira de ver e pensar.»
112 pages, Paperback
First published December 2, 2016
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About the author
Ricardo Araújo Pereira
32 books604 followersFilho de um piloto da TAP, Artur Álvaro Neves de Almeida Pereira, e de uma assistente de bordo, Emília Rita de Araújo, foi aluno de colégios de freiras vicentinas, franciscanos e jesuítas até se licenciar em Comunicação Social e Cultural, na Universidade Católica Portuguesa. Seguiu-se o trabalho como jornalista, na redacção do Jornal de Letras, Artes e Ideias.
De seguida tornou-se argumentista da agência de criadores Produções Fictícias, tendo sido co-autor de vários programas de sucesso do humor português, entre eles Herman 98 e Herman 99 (RTP, 1998 - 1999), Herman SIC (2000 - 2005), O Programa da Maria (SIC, 2001), Hermandifusão Portuguesa (RDP, 1999 - 2001), as crónicas Felizes para Sempre, no semanário Expresso e As Crónicas de José Estebes, no Diário de Notícias, entre outros.
Por volta de 2003, depois das primeiras aparições na televisão, designadamente no programa de humor stand-up comedy, Levanta-te e ri, na SIC, e criando, já ao lado de Zé Diogo Quintela, Tiago Dores e Miguel Góis, várias rubricas no programa de Nuno Markl, O Perfeito Anormal, na SIC Radical, dá arranque ao projecto Gato Fedorento, cujo colectivo se tornou uma referência do humor português contemporâneo.
A equipa assinou várias séries do programa Gato Fedorento, na SIC Radical (Série Fonseca, Série Meireles e Série Barbosa), e depois na RTP1 (Série Lopes da Silva). Também na RTP1 apresentou Diz Que é Uma Espécie de Magazine em 2007, para de seguida voltar à SIC, com Zé Carlos, em 2008, e Gato Fedorento: esmiúça os sufrágios, em 2009. Na internet os humoristas mantêm o blogue homónimo, onde Ricardo Araújo Pereira assina as suas entradas com as iniciais RAP. Teve ainda várias aparições no programa de humor da SIC, Levanta-te e Ri, onde mostrou por várias vezes os seus dotes no stand-up.
Actualmente escreve todas as semanas no jornal A Bola e na revista Visão. Na TSF integra o painel do debate Governo Sombra, com Pedro Mexia e João Miguel Tavares.
As personagens de Ricardo Araújo Pereira, que encontram eco na actualidade política, desportiva ou social, destacam-se pelos tiques que «saltam» para a rua (como acontecia com as criações de Herman José) e são absorvidos em regime multi-geracional, alimentando campanhas publicitárias de sucesso.
É co-autor do livro O Futebol é Isto Mesmo (ou então é outra coisa completamente diferente) e do disco O disco do Benfiquista, naturalmente. Compilou as suas melhores crónicas da revista Visão nos livros Boca do Inferno e Novas Crónicas da Boca do Inferno. Com Pedro Mexia realizou uma adaptação da peça de teatro Como Fazer Coisas com Palavras, do filósofo inglês John Austin, que também interpretou, no Teatro São Luiz em 2008.
É casado com a produtora de rádio Maria José Areias, com quem tem duas filhas, Rita e Maria Inês. Vive na Margem Sul, Quinta do Conde, e gosta de afirmar que é o sócio nº 17 411, do Sport Lisboa e Benfica, clube de que é adepto fervoroso. Foi militante do Partido Comunista Português, partido que veio mais tarde a abandonar. Continua, porém a afirmar-se como "Marxista não Leninista".
De seguida tornou-se argumentista da agência de criadores Produções Fictícias, tendo sido co-autor de vários programas de sucesso do humor português, entre eles Herman 98 e Herman 99 (RTP, 1998 - 1999), Herman SIC (2000 - 2005), O Programa da Maria (SIC, 2001), Hermandifusão Portuguesa (RDP, 1999 - 2001), as crónicas Felizes para Sempre, no semanário Expresso e As Crónicas de José Estebes, no Diário de Notícias, entre outros.
Por volta de 2003, depois das primeiras aparições na televisão, designadamente no programa de humor stand-up comedy, Levanta-te e ri, na SIC, e criando, já ao lado de Zé Diogo Quintela, Tiago Dores e Miguel Góis, várias rubricas no programa de Nuno Markl, O Perfeito Anormal, na SIC Radical, dá arranque ao projecto Gato Fedorento, cujo colectivo se tornou uma referência do humor português contemporâneo.
A equipa assinou várias séries do programa Gato Fedorento, na SIC Radical (Série Fonseca, Série Meireles e Série Barbosa), e depois na RTP1 (Série Lopes da Silva). Também na RTP1 apresentou Diz Que é Uma Espécie de Magazine em 2007, para de seguida voltar à SIC, com Zé Carlos, em 2008, e Gato Fedorento: esmiúça os sufrágios, em 2009. Na internet os humoristas mantêm o blogue homónimo, onde Ricardo Araújo Pereira assina as suas entradas com as iniciais RAP. Teve ainda várias aparições no programa de humor da SIC, Levanta-te e Ri, onde mostrou por várias vezes os seus dotes no stand-up.
Actualmente escreve todas as semanas no jornal A Bola e na revista Visão. Na TSF integra o painel do debate Governo Sombra, com Pedro Mexia e João Miguel Tavares.
As personagens de Ricardo Araújo Pereira, que encontram eco na actualidade política, desportiva ou social, destacam-se pelos tiques que «saltam» para a rua (como acontecia com as criações de Herman José) e são absorvidos em regime multi-geracional, alimentando campanhas publicitárias de sucesso.
É co-autor do livro O Futebol é Isto Mesmo (ou então é outra coisa completamente diferente) e do disco O disco do Benfiquista, naturalmente. Compilou as suas melhores crónicas da revista Visão nos livros Boca do Inferno e Novas Crónicas da Boca do Inferno. Com Pedro Mexia realizou uma adaptação da peça de teatro Como Fazer Coisas com Palavras, do filósofo inglês John Austin, que também interpretou, no Teatro São Luiz em 2008.
É casado com a produtora de rádio Maria José Areias, com quem tem duas filhas, Rita e Maria Inês. Vive na Margem Sul, Quinta do Conde, e gosta de afirmar que é o sócio nº 17 411, do Sport Lisboa e Benfica, clube de que é adepto fervoroso. Foi militante do Partido Comunista Português, partido que veio mais tarde a abandonar. Continua, porém a afirmar-se como "Marxista não Leninista".
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July 18, 2020
3.5*
Como já várias pessoas disseram, acaba demasiado depressa. É que, além do livro ser pequeno, a paginação recorreu a alguns truques para o fazer parecer maior do que realmente é - duas guardas em papel vermelho no início e no final, margem inferior enorme e algumas formatações que "comem" imenso espaço, como uma folha inteira para o título de cada capítulo e, sobretudo, os diálogos das várias citações que o autor faz, em que uma página é por vezes ocupada com meia dúzia de frases apenas.
Porque isto na verdade é "apenas" um ensaio, onde mais de metade do texto são citações ou descrições de cenas de livros, filmes e séries de televisão que exemplificam as várias formas de tornar algo engraçado. Claro que é preciso ter conhecimentos, capacidade de análise e de síntese para produzir este resultado...
RAP escreve bem e tem uma cultura geral muito acima da média, mas soou-me um bocado presunçoso, principalmente no início - com as 6 (seis!) citações à laia de epígrafe, em que Shakespeare, Beckett, Sartre, Chesterton e George Foreman são citados nas línguas originais (ao contrário do que acontece, naturalmente, nos vários capítulos) - e no final - com um Índice Remissivo de 6 (seis!) páginas, que só posso compreender como (mais) uma tentativa de humor...
Recomendado, de qualquer forma, a quem tenha interesse no tema mas também a quem goste de literatura (há por aí alguém?...), pois as referências são muitas, sobretudo de clássicos.
Como já várias pessoas disseram, acaba demasiado depressa. É que, além do livro ser pequeno, a paginação recorreu a alguns truques para o fazer parecer maior do que realmente é - duas guardas em papel vermelho no início e no final, margem inferior enorme e algumas formatações que "comem" imenso espaço, como uma folha inteira para o título de cada capítulo e, sobretudo, os diálogos das várias citações que o autor faz, em que uma página é por vezes ocupada com meia dúzia de frases apenas.
Porque isto na verdade é "apenas" um ensaio, onde mais de metade do texto são citações ou descrições de cenas de livros, filmes e séries de televisão que exemplificam as várias formas de tornar algo engraçado. Claro que é preciso ter conhecimentos, capacidade de análise e de síntese para produzir este resultado...
RAP escreve bem e tem uma cultura geral muito acima da média, mas soou-me um bocado presunçoso, principalmente no início - com as 6 (seis!) citações à laia de epígrafe, em que Shakespeare, Beckett, Sartre, Chesterton e George Foreman são citados nas línguas originais (ao contrário do que acontece, naturalmente, nos vários capítulos) - e no final - com um Índice Remissivo de 6 (seis!) páginas, que só posso compreender como (mais) uma tentativa de humor...
Recomendado, de qualquer forma, a quem tenha interesse no tema mas também a quem goste de literatura (há por aí alguém?...), pois as referências são muitas, sobretudo de clássicos.
February 7, 2017
Sempre gostei muito – e continuo a gostar – de Ricardo Araújo Pereira. Desde que apareceu no quarteto Gato Fedorento que tenho vindo a acompanhar a sua carreira, reconhecendo-lhe uma graça inata e uma capacidade singular de dizer as piadas certas na altura certa, a que junta uma inteligência notável, certamente sustentada pela sua vastíssima cultura literária (um aparte: imperdível a edição do Biblioteca de Bolso em que é o convidado). Sei que já tem vários livros de crónicas publicados, mas curiosamente nunca li nenhum. Com A doença, o sofrimento e a morte entram num bar a promessa era a de um registo diferente, e a minha curiosidade subiu a pique.
Na verdade esta “espécie de manual de escrita humorística“, como o autor lhe chama, é um ensaio teórico sobre as bases do humor, que surpreendem o leitor incauto em relação à imprevisibilidade e à qualidade por vezes pouco inata do mesmo. Estamos habituados a considerar que este é uma característica que nasce com alguém, mas normalmente ignoramos que pode ser trabalhado e que tem bases teóricas. Julgo que a chamada de atenção para esse facto é o principal mérito deste pequeno livro.
Ricardo Araújo Pereira classifica o humor como uma “estratégia para reagir ao sofrimento“, permitindo a quem o usa “assistir à vida a partir de um refúgio, observar as suas próprias desgraças como se elas acontecessem a uma representação de si mesmas, enquanto permanecem num plano de realidade diferente“. Pega no conceito de humor e desmonta-o, classifica-o e revela-lhe os truques, sustentado por variadíssimos exemplos que passam pelos clássicos literários e vão até séries televisivas, como Seinfeld.
Num texto que, quanto a mim, peca apenas por terminar demasiado depressa, Ricardo Araújo Pereira consegue pôr o seu leitor a pensar no humor e em todas as suas ramificações sob uma nova perspetiva, num registo diferente daquele a que estamos habituados: um humorista a falar de humor num texto não humorístico.
Na verdade esta “espécie de manual de escrita humorística“, como o autor lhe chama, é um ensaio teórico sobre as bases do humor, que surpreendem o leitor incauto em relação à imprevisibilidade e à qualidade por vezes pouco inata do mesmo. Estamos habituados a considerar que este é uma característica que nasce com alguém, mas normalmente ignoramos que pode ser trabalhado e que tem bases teóricas. Julgo que a chamada de atenção para esse facto é o principal mérito deste pequeno livro.
Ricardo Araújo Pereira classifica o humor como uma “estratégia para reagir ao sofrimento“, permitindo a quem o usa “assistir à vida a partir de um refúgio, observar as suas próprias desgraças como se elas acontecessem a uma representação de si mesmas, enquanto permanecem num plano de realidade diferente“. Pega no conceito de humor e desmonta-o, classifica-o e revela-lhe os truques, sustentado por variadíssimos exemplos que passam pelos clássicos literários e vão até séries televisivas, como Seinfeld.
Num texto que, quanto a mim, peca apenas por terminar demasiado depressa, Ricardo Araújo Pereira consegue pôr o seu leitor a pensar no humor e em todas as suas ramificações sob uma nova perspetiva, num registo diferente daquele a que estamos habituados: um humorista a falar de humor num texto não humorístico.
Não conheço melhor definição do trabalho de humorista. Fazer com que as pessoas se riam desta ideia: por mais que façam, vão morrer. Fornecer-lhes uma espécie de anestesia para esse pensamento. É um ofício belo, nobre, indispensável e inútil: sim, o riso tem o poder de esconjurar o medo, mas só durante algum tempo, talvez apenas durante o tempo que dura a gargalhada. Às vezes, nem tanto.
February 5, 2017
O humor é algo que pensamos ser simples, inato e natural, porque provoca em nós (pelo menos quando bem feito) uma reação que é exatamente assim: o riso. Mas a verdade é que há muito que se lhe diga em relação à escrita humorística, quando vista de um ponto de vista racional e pragmático, como algo que não só se tem de nascença, qual dom, mas que também se aprende e se treina. É sobre isto o livro de Ricardo Araújo Pereira.
Que se desengane quem compra este livro para se divertir. A escrita do RAP está lá, mas isto é essencialmente a reflexão de alguém extremamente culto e com experiência sobre essa arte que é fazer as pessoas rir. Confesso que o primeiro capitulo foi um choque, porque parecia estar a ler uma tese cheia de referências bibliográficas: e embora elas continuem ao longo do livro, lêem-se bem e enriquecem-no imenso, nunca chegando a tornar-se chatas.
Há algumas coisas que, a meu ver, não ficaram muito claras e bem explicadas (caso do capítulo "mudar uma coisa de um sítio para o outro"), mas no fundo isto não passa de um manual sobre fazer humor, cheio de exemplos e muitas reflexões interessantes. É inegável a cultura e a inteligência do RAP, que transpiram a cada parágrafo deste livro.
Termino dizendo que uma forma de resumo desta obra é a entrevista do Alta Definição que Ricardo Araújo Pereira deu há alguns meses - muito do que está aqui escrito está lá dito, de forma se calhar menos exaustiva mas obviamente mais engraçada.
Em suma, gostei muito e aconselho a todos aqueles que queiram aprender um pouco mais sobre a escrita humorística, vista pelos olhos daquele que é, para mim, um dos melhores de Portugal.
Que se desengane quem compra este livro para se divertir. A escrita do RAP está lá, mas isto é essencialmente a reflexão de alguém extremamente culto e com experiência sobre essa arte que é fazer as pessoas rir. Confesso que o primeiro capitulo foi um choque, porque parecia estar a ler uma tese cheia de referências bibliográficas: e embora elas continuem ao longo do livro, lêem-se bem e enriquecem-no imenso, nunca chegando a tornar-se chatas.
Há algumas coisas que, a meu ver, não ficaram muito claras e bem explicadas (caso do capítulo "mudar uma coisa de um sítio para o outro"), mas no fundo isto não passa de um manual sobre fazer humor, cheio de exemplos e muitas reflexões interessantes. É inegável a cultura e a inteligência do RAP, que transpiram a cada parágrafo deste livro.
Termino dizendo que uma forma de resumo desta obra é a entrevista do Alta Definição que Ricardo Araújo Pereira deu há alguns meses - muito do que está aqui escrito está lá dito, de forma se calhar menos exaustiva mas obviamente mais engraçada.
Em suma, gostei muito e aconselho a todos aqueles que queiram aprender um pouco mais sobre a escrita humorística, vista pelos olhos daquele que é, para mim, um dos melhores de Portugal.
January 10, 2017
Este pequeno livro vem dar seguimento àquilo com que o Ricardo já nos habituou: risos, cultura alargada e perspectiva incomum.
Positivos: leitura fácil, descontraída e constantemente baseada em exemplos.
Negativos: Para quem, como eu, costuma acompanhar o seu trabalho, deverá encontrar algumas passagens já antes repetidas pelo autor em entrevistas e palestras em que participa, o que rouba aquele factor "surpresa" à história.
No geral, o livro dura tempo de menos e fica a saber a pouco.
Mais que recomendado!
Positivos: leitura fácil, descontraída e constantemente baseada em exemplos.
Negativos: Para quem, como eu, costuma acompanhar o seu trabalho, deverá encontrar algumas passagens já antes repetidas pelo autor em entrevistas e palestras em que participa, o que rouba aquele factor "surpresa" à história.
No geral, o livro dura tempo de menos e fica a saber a pouco.
Mais que recomendado!
June 18, 2017
Ricardo Araújo Pereira é um grande humorista. Mas com este livro entendi que ele é um escritor notável. Sabia que ele era um orador inteligente contudo ainda não tinha tido oportunidade de ler um livro dele.
Encontrei este pequeno "manual" a venda em várias livrarias e no supermercado Continente. Consegui lê-lo em três dias no Continente.... E medida em que li referencias a livros de autores que admiro (Shakespeare e Dickens) ria com prazer. São raros os livros que me fazem dar um riso sincero.
Para além de excertos de grandes obras. também podemos encontrar algumas cenas de filmes e séries. Assim como imagens bastante cómicas. Não esperava que este género de livros me conquistasse... De agora em diante experimentarei ler de todo um pouco... Talvez até terror!
Encontrei este pequeno "manual" a venda em várias livrarias e no supermercado Continente. Consegui lê-lo em três dias no Continente.... E medida em que li referencias a livros de autores que admiro (Shakespeare e Dickens) ria com prazer. São raros os livros que me fazem dar um riso sincero.
Para além de excertos de grandes obras. também podemos encontrar algumas cenas de filmes e séries. Assim como imagens bastante cómicas. Não esperava que este género de livros me conquistasse... De agora em diante experimentarei ler de todo um pouco... Talvez até terror!
March 23, 2017
"Eis a minha hipótese: o homem é o único que ri porque também é o único que tem consciência da sua própria extinção. Os animais desconhecem que vão morrer, e Deus sabe que é eterno."
Não é um livro de humor, é um livro sobre o humor.
Não é um livro de humor, é um livro sobre o humor.
July 26, 2017
Ricardo Araújo Pereira é um dos meus humoristas favoritos, considero-o muito inteligente e com uma capacidade fenomenal para comunicar. Neste livro isso confirma-se, mais uma vez. Ele disserta um pouco sobre o humor, de uma forma muito simples, mas brilhante, pegando em muitas referências literárias, filosóficas e televisas. Porém, não é um texto humorístico, aproxima-se mais de uma tese sobre o humor. Não é o tipo de livro que costumo ler. Apesar de gostar muito de não ficção, fujo sempre dos livros ditos teóricos, mas gostei bastante da leitura deste. O humor é algo que aprecio muito e já tinha ouvido o Ricardo a falar sobre ele, mas não deixou de ser bastante interessante aprender mais sobre o tema. As referências que o autor/humorista faz são muito pertinentes, apesar de não ser um livro com humor, essas referências fizeram-me rir imenso. A minha preferida, e que não conhecia, é a de Fernando Pessoa, outra pessoa que admiro muito. Só tenho pena que o livro tão curto, são 118 páginas, mas com uma diagramação normal seriam 70.
December 4, 2016
Uma bela aula sobre os aspectos mais simples e divertidos do humor. E é, quase acidentalmente, uma antologia de tudo o que Ricardo Araújo Pereira disse sobre o tema, em milhares de entrevistas ao longo da última década.
November 7, 2018
Tendo ido com as expectativas altas para este livro e ao ter acabado a achar que o autor podia ter dado mais fico-me pelas 3,49(9) estrelas, mas não o suficiente para arredondar para os 4.
No livro são exploradas as características do riso, confrontando-as com a natureza humana, juntamente com o que é o humor, sendo apresentadas e estudadas diferentes ferramentas humorísticas.
Senti que o autor abre o apetite do leitor para temas interessantes recheados de boas citações, mas sem chegar a saciar o apetite do leitor que quer um pouco mais. É possível que seja esse mesmo o objectivo do autor e acredito que este tem potencial para aprofundar os temas que introduz, mas que não o pretendeu.
É um livro pequeno, com as suas 110 páginas, que acabam por ser muito menos devido à forma como foi editado.
Além de todos os pontos menos positivos, acho que foi uma boa escolha como livro de leitura fácil para descansar um pouco daqueles outros mais exigentes que tenho lido.
No livro são exploradas as características do riso, confrontando-as com a natureza humana, juntamente com o que é o humor, sendo apresentadas e estudadas diferentes ferramentas humorísticas.
Senti que o autor abre o apetite do leitor para temas interessantes recheados de boas citações, mas sem chegar a saciar o apetite do leitor que quer um pouco mais. É possível que seja esse mesmo o objectivo do autor e acredito que este tem potencial para aprofundar os temas que introduz, mas que não o pretendeu.
É um livro pequeno, com as suas 110 páginas, que acabam por ser muito menos devido à forma como foi editado.
Além de todos os pontos menos positivos, acho que foi uma boa escolha como livro de leitura fácil para descansar um pouco daqueles outros mais exigentes que tenho lido.
July 11, 2022
Ricardo Araújo Pereira é um humorista português mais conhecido no Brasil pelas suas crônicas semanais na “Folha de S. Paulo”.
Há um divertidíssimo vídeo, facilmente encontrável no Youtube, em que ele bate um papo com o Gregório Duvivier a respeito dos vários jeitos de se falar a língua portuguesa nos dois lados do Atlântico.
Aqui, ele faz uma reflexão a respeito do humor. O que é isso, afinal de contas? O texto é leve, mesmo que ele faça referências aos clássicos – a começar por Platão, Aristóteles –, aos modernos e a uma enorme variedade de exemplos de humoristas de várias épocas e origens.
Começa ele com as três teorias do humor. A primeira é que o “...riso é a manifestação de um sentimento de superioridade sobre os outros (...) São ridículos todos os que julgam ser mais ricos, mais belos e mais virtuosos do que são (...) Aristóteles acredita, como Platão, que o riso é essencialmente motivado pelo escárnio e resulta da constatação da nossa superioridade sobre os outros (...) Em Ética a Nicómano, o fílósofo acrescenta uma ideia que reforça a associação do riso à agressividade. Diz ele: uma piada é um tipo de ofensa, e uma vez que a lei proíbe certos insultos, talvez devesse proibir também certas piadas”.
A segunda teoria diz “o riso é originado pela percepção de uma incongruência (...) rimos quando percebemos um desfasamento entre aquilo que esperamos que as coisas sejam e aquilo que elas são realmente (...) O riso é a expressão do festejo da derrota do que é pensado pela razão perante o que é captado pelos sentidos (...) uma teoria vê o riso como apoteose, a outra entende o riso como ruína”
A terceira teoria é a de que o humor é uma “válvula de pressão: é um modo de aliviar tensões e inibições”.
Ele oferece vários exemplos de situações que se fazem humoristas. Cada capítulo é dedicado a uma forma de se fazer humor.
Por fim, ele oferece a sua própria teoria do humor. Se tem um pouco de cada das anteriores, mas é, sobretudo, uma válvula de escape contra o medo da morte: “o riso tem o poder de esconjurar o medo, mas só durante algum tempo, talvez apenas durante o tempo que dura a gargalhada. Às vezes, nem tanto”.
Enfim, um livro leve, agradável e que se lê em um par de horas.
Há um divertidíssimo vídeo, facilmente encontrável no Youtube, em que ele bate um papo com o Gregório Duvivier a respeito dos vários jeitos de se falar a língua portuguesa nos dois lados do Atlântico.
Aqui, ele faz uma reflexão a respeito do humor. O que é isso, afinal de contas? O texto é leve, mesmo que ele faça referências aos clássicos – a começar por Platão, Aristóteles –, aos modernos e a uma enorme variedade de exemplos de humoristas de várias épocas e origens.
Começa ele com as três teorias do humor. A primeira é que o “...riso é a manifestação de um sentimento de superioridade sobre os outros (...) São ridículos todos os que julgam ser mais ricos, mais belos e mais virtuosos do que são (...) Aristóteles acredita, como Platão, que o riso é essencialmente motivado pelo escárnio e resulta da constatação da nossa superioridade sobre os outros (...) Em Ética a Nicómano, o fílósofo acrescenta uma ideia que reforça a associação do riso à agressividade. Diz ele: uma piada é um tipo de ofensa, e uma vez que a lei proíbe certos insultos, talvez devesse proibir também certas piadas”.
A segunda teoria diz “o riso é originado pela percepção de uma incongruência (...) rimos quando percebemos um desfasamento entre aquilo que esperamos que as coisas sejam e aquilo que elas são realmente (...) O riso é a expressão do festejo da derrota do que é pensado pela razão perante o que é captado pelos sentidos (...) uma teoria vê o riso como apoteose, a outra entende o riso como ruína”
A terceira teoria é a de que o humor é uma “válvula de pressão: é um modo de aliviar tensões e inibições”.
Ele oferece vários exemplos de situações que se fazem humoristas. Cada capítulo é dedicado a uma forma de se fazer humor.
Por fim, ele oferece a sua própria teoria do humor. Se tem um pouco de cada das anteriores, mas é, sobretudo, uma válvula de escape contra o medo da morte: “o riso tem o poder de esconjurar o medo, mas só durante algum tempo, talvez apenas durante o tempo que dura a gargalhada. Às vezes, nem tanto”.
Enfim, um livro leve, agradável e que se lê em um par de horas.
April 21, 2017
Um livro que faz jus ao título. É realmente uma espécie de manual humorístico!
R.A.P. consegue fazer um manual sobre o humor e fazer-nos rir com a teoria e todos os exemplos que dá de comédia - tanto literária, cinematográfica e na teatralização com cartoons à mistura. Teorias dos grandes filósofos gregos também estão fortemente presentes neste pequeno livro sobre o humor e tudo aquilo que este envolve - a doença, o sofrimento e a morte que entram num bar e troçam consigo e com os outros.
Pequeno mas mais vale falar pouco e bem do que encher um livro com redundâncias.
R.A.P. consegue fazer um manual sobre o humor e fazer-nos rir com a teoria e todos os exemplos que dá de comédia - tanto literária, cinematográfica e na teatralização com cartoons à mistura. Teorias dos grandes filósofos gregos também estão fortemente presentes neste pequeno livro sobre o humor e tudo aquilo que este envolve - a doença, o sofrimento e a morte que entram num bar e troçam consigo e com os outros.
Pequeno mas mais vale falar pouco e bem do que encher um livro com redundâncias.
February 20, 2019
Li-o por curiosidade. Gosto muito mais de o ouvir e ver do que ler o RAP.
Penso que o livro podia ser melhor conseguido. Letra grande, muito espaço nas páginas para encher.
Penso que o livro podia ser melhor conseguido. Letra grande, muito espaço nas páginas para encher.
November 19, 2019
Este é o segundo livro de Ricardo Araújo Pereira que leio. O primeiro que li - Estar Vivo Aleija foi uma completa surpresa e, depois dessa boa experiência, fiquei com vontade de ler mais livros do autor e humorista português.
Já tinha tido ocasião de mencionar que admiro muito o RAP, principalmente desde que vi a sua entrevista no programa Alta Definição. O Ricardo tem um humor muito inteligente, gosta imenso de ler e, decorrente disso mesmo, tem uma cultura literária (e não só) infinita. A sua escrita tem sido uma surpresa. As suas ideias são expostas de forma clara e é muito fácil seguir a sua linha de pensamento. A escrita é fluída e agradável e rapidamente damos por nós a devorar as páginas do livro. É uma escrita divertida com passagens de outras obras que nos ajudam a ter uma idea clara daquilo que o autor pretende transmitir.
Este livro em particular pretende ser "uma espécie de manual de escrita humorística" e creio que, apesar do livro ter sido demasiado curto - queria mais - conseguiu cumprir com o que se propôs. O livro está dividido em várias secções que versam sobre vários aspectos da escrita humorística e os exemplos são o que aqui não faltam - são os exemplos que nos ajudam a reflectir sobre o papel do riso e do humor na nossa existência e são os exemplos que nos revelam um pouco mais do que é isto da escrita humorística, como é pensada, trabalhada e posta em prática. Gostei muito deste livro e espero conseguir vir a ler mais livros do Ricardo porque, até agora, a experiência tem sido uma surpresa!
Já tinha tido ocasião de mencionar que admiro muito o RAP, principalmente desde que vi a sua entrevista no programa Alta Definição. O Ricardo tem um humor muito inteligente, gosta imenso de ler e, decorrente disso mesmo, tem uma cultura literária (e não só) infinita. A sua escrita tem sido uma surpresa. As suas ideias são expostas de forma clara e é muito fácil seguir a sua linha de pensamento. A escrita é fluída e agradável e rapidamente damos por nós a devorar as páginas do livro. É uma escrita divertida com passagens de outras obras que nos ajudam a ter uma idea clara daquilo que o autor pretende transmitir.
Este livro em particular pretende ser "uma espécie de manual de escrita humorística" e creio que, apesar do livro ter sido demasiado curto - queria mais - conseguiu cumprir com o que se propôs. O livro está dividido em várias secções que versam sobre vários aspectos da escrita humorística e os exemplos são o que aqui não faltam - são os exemplos que nos ajudam a reflectir sobre o papel do riso e do humor na nossa existência e são os exemplos que nos revelam um pouco mais do que é isto da escrita humorística, como é pensada, trabalhada e posta em prática. Gostei muito deste livro e espero conseguir vir a ler mais livros do Ricardo porque, até agora, a experiência tem sido uma surpresa!
February 17, 2025
"Não conheço melhor definição do trabalho da humorista. Fazer com que as pessoas se riam desta ideia: por mais que façam, vão morrer. Fornecer-lhes uma espécie de anestesia para esse pensamento. É um ofício belo, nobre, indispensável e inútil: sim, o riso tem o poder de esconjurar o medo, mas só durante algum tempo, talvez apenas durante o tempo que dura a gargalhada. As vezes, nem tanto."
July 2, 2019
Escolhi este livro por causa do seu título que parece a primeira frase duma piada. O assunto tem a ver com como escrever textos humorísticos. O autor, tem uma teoria de que existem certos elementos - ou seja certas técnicas - comuns aos grandes escritores de cada época. Estes são os seguinte:
*Opor uma coisa a uma outra para ver o contraste entre elas.
*Imitar alguma coisa, como vemos no caso da sátira em que políticos são escarnecidos dia-a-dia na televisão.
*Virar uma coisa de pernas para o ar (gosto muito desta frase!) para subverter as expectativas do leitor.
*Aumentar uma coisa para ver quanto pesa, quanta graça, uma ideia pode suportar
*Mudar uma coisa para outro sítio para surpreender o leitor com trocadilhos e jogos verbais.
*Repetir uma coisa para fazer uma palavra quotidiana mais absurda por causa da repetição.
Daí a diante vou procurar estes elementos enquanto leio qualquer livro
Finalmente, O Sr Pereira (que, convém assinalar, é um humorista português muito bem conhecido) dá as suas opiniões sobre do sentido de humor e o propósito do riso na vida dum ser humano. A sua conclusão é que uma gargalhada ajuda-nos a esquecer-nos do espectro da morte. Mas não podemos evitar a morte e por isso, afinal, o riso é inútil e o alivio não dura muito. "...talvez apenas durante o tempo que dura a gargalhada. Às vezes nem tanto."
*Opor uma coisa a uma outra para ver o contraste entre elas.
*Imitar alguma coisa, como vemos no caso da sátira em que políticos são escarnecidos dia-a-dia na televisão.
*Virar uma coisa de pernas para o ar (gosto muito desta frase!) para subverter as expectativas do leitor.
*Aumentar uma coisa para ver quanto pesa, quanta graça, uma ideia pode suportar
*Mudar uma coisa para outro sítio para surpreender o leitor com trocadilhos e jogos verbais.
*Repetir uma coisa para fazer uma palavra quotidiana mais absurda por causa da repetição.
Daí a diante vou procurar estes elementos enquanto leio qualquer livro
Finalmente, O Sr Pereira (que, convém assinalar, é um humorista português muito bem conhecido) dá as suas opiniões sobre do sentido de humor e o propósito do riso na vida dum ser humano. A sua conclusão é que uma gargalhada ajuda-nos a esquecer-nos do espectro da morte. Mas não podemos evitar a morte e por isso, afinal, o riso é inútil e o alivio não dura muito. "...talvez apenas durante o tempo que dura a gargalhada. Às vezes nem tanto."
December 31, 2020
Ricardo Araújo Pereira é o meu humorista preferido, adoro tudo o que ele já fez, acho-o um ser absolutamente genial e, por isso, estava com algumas expectativas para este livro - que, como o próprio diz, é uma espécie de manual de escrita humorística.
Como qualquer entrevista do RAP, este livro também é cheio de referências - o homem tem uma memória de elefante - a personalidades do humor, a livros e autores gregos, ou clássicos ou mesmo contemporâneos. Ricardo Araújo Pereira é uma fonte de sabedoria e qualquer coisa escrita por ele vale sempre a pena ser lida.
A única coisa que tenho a apontar são os capítulos demasiado curtos, penso que poderiam ter sido melhor desenvolvidos. Desta forma, o livro seria um pouco maior porque a verdade é que quanto mais lemos do RAP, mais queremos ler
Por último, uma ressalva para o título (um dos melhores de sempre) e para a capa, que é linda (como, aliás, qualquer capa da Tinta da China o é)!
Como qualquer entrevista do RAP, este livro também é cheio de referências - o homem tem uma memória de elefante - a personalidades do humor, a livros e autores gregos, ou clássicos ou mesmo contemporâneos. Ricardo Araújo Pereira é uma fonte de sabedoria e qualquer coisa escrita por ele vale sempre a pena ser lida.
A única coisa que tenho a apontar são os capítulos demasiado curtos, penso que poderiam ter sido melhor desenvolvidos. Desta forma, o livro seria um pouco maior porque a verdade é que quanto mais lemos do RAP, mais queremos ler
Por último, uma ressalva para o título (um dos melhores de sempre) e para a capa, que é linda (como, aliás, qualquer capa da Tinta da China o é)!
January 6, 2017
Dividido por este livro. Por um lado, é um ensaio cuidado, pensado, trabalhado e outros sinónimos sobre a arte/técnica/processo de fazer humor, ou de criar humor a partir da nossa existência. O RAP mostra sem floreados o conhecimento absurdo que tem no domínio da comédia (que acaba por se reflectir na sua própria capacidade humorística) e consegue divertir ao mesmo tempo que sistematiza conceitos que acabamos por ter já presentes mas não racionalizados sobre o que nos faz rir.
Por outro lado, pode parecer pouco: para quem já lê ou ouve RAP em outras incursões humorísticas ou jornalísticas, o livro pode saber a papel reciclado. Muito daquilo que RAP apresenta agora por escrito são derivados ou extensões de temas que ele acaba por já ter abordado noutras ocasiões. Não deixa de ser uma óptima compilação que ajuda, afinal, a entender porque é que um cavalo a entrar num bar tem piada.
Por outro lado, pode parecer pouco: para quem já lê ou ouve RAP em outras incursões humorísticas ou jornalísticas, o livro pode saber a papel reciclado. Muito daquilo que RAP apresenta agora por escrito são derivados ou extensões de temas que ele acaba por já ter abordado noutras ocasiões. Não deixa de ser uma óptima compilação que ajuda, afinal, a entender porque é que um cavalo a entrar num bar tem piada.
February 5, 2017
Ao longo do livro, apercebo-me de que isto podia ser o conteúdo uma cadeira de um qualquer curso de letras. Com referências que vão da antiguidade clássica a produtos televisivos desta era de "peak TV" (Portlandia!), RAP expõe quais as bases e ferramentas do humor. Apesar do conteúdo ser bastante teórico, o livro é bastante acessível. Dá jeito se souberem ler.
(Leria mais sobre isto. Mas, para este, está bom assim.)
(Leria mais sobre isto. Mas, para este, está bom assim.)
December 31, 2016
A melhor forma de concluir um ano: reflectindo sobre o humor e o riso.
March 30, 2017
Gosto bastante do Ricardo Araújo Pereira como humorista e, desde que ouvi a sua entrevista num jornal da noite a promover o seu mais recente livro, fiquei com curiosidade de o ler.
É uma obra relativamente pequena, que se lê rapidamente. Não é um livro humorístico, mas sim uma reflexão sobre o próprio humor, que revela uma profunda pesquisa e inclui imensos exemplos. Para quem acompanha minimamente o trabalho do autor, julgo que se reconhece muito das suas ideias e da sua maneira de ser, como aliás seria de esperar. Nota-se principalmente uma grande cultura e uma certa modéstia, ou talvez excessiva autocrítica, que o caracteriza.
Aprendi bastante, talvez também porque o humor é um tema sobre o qual nunca me interessei particularmente e por isso nunca tinha lido nada antes, e fez-me considerar alguns pontos de vista que nunca tinha considerado. Só por isso já valeu a pena.
Essencialmente, penso que é um livro interessante, que cumpre com muita competência o objectivo a que se propôs.
É uma obra relativamente pequena, que se lê rapidamente. Não é um livro humorístico, mas sim uma reflexão sobre o próprio humor, que revela uma profunda pesquisa e inclui imensos exemplos. Para quem acompanha minimamente o trabalho do autor, julgo que se reconhece muito das suas ideias e da sua maneira de ser, como aliás seria de esperar. Nota-se principalmente uma grande cultura e uma certa modéstia, ou talvez excessiva autocrítica, que o caracteriza.
Aprendi bastante, talvez também porque o humor é um tema sobre o qual nunca me interessei particularmente e por isso nunca tinha lido nada antes, e fez-me considerar alguns pontos de vista que nunca tinha considerado. Só por isso já valeu a pena.
Essencialmente, penso que é um livro interessante, que cumpre com muita competência o objectivo a que se propôs.
June 21, 2020
Most websites, including the editor website, will tell you that "A Doença, o Sofrimento e a Morte Entram Num Bar" is a humour book. Let me tell you a secret: this is not a humour book, this is a book about humour.
And I tell you this right away since I was lead wrongly. I thought this was the kind of book that would make me laugh. I did release one or two laughs (we are talking about the humour king Ricardo Araújo Pereira) but that wasn't exactly the purpose of the book.
This book is, and it says so on the cover (so I was a fool on not believing it), "a kind of humorous writing manual". It describes different "ways" or different "parts" of making humour, like turning things upside down or making things seem bigger. Half of this book is cultural references like Hamlet, Monty Python or Seinfeld. This may seem like something bad, but I think it's what supports the whole study on humour that the book is.
Although the book wasn't what I was expecting it was quite a good read and a very fast one (it's incredibly tiny). If you want to know a little bit more about humour, I would definitely recommend this to you!
And I tell you this right away since I was lead wrongly. I thought this was the kind of book that would make me laugh. I did release one or two laughs (we are talking about the humour king Ricardo Araújo Pereira) but that wasn't exactly the purpose of the book.
This book is, and it says so on the cover (so I was a fool on not believing it), "a kind of humorous writing manual". It describes different "ways" or different "parts" of making humour, like turning things upside down or making things seem bigger. Half of this book is cultural references like Hamlet, Monty Python or Seinfeld. This may seem like something bad, but I think it's what supports the whole study on humour that the book is.
Although the book wasn't what I was expecting it was quite a good read and a very fast one (it's incredibly tiny). If you want to know a little bit more about humour, I would definitely recommend this to you!
April 24, 2023
Ler um expoente máximo do humor dissertar acerca do mesmo é simplesmente fantástico.
A forma como vai a vários pontos sobre riso e a comédia, sobre as várias facetas do humor, sempre com a sua inteligência e capacidade humorística bem afinada, é engraçada e muito didática, mostrando que o humor é aquilo que nós quisermos, desde que faça rir. Brilhante.
"O riso subverte o medo. Corrói-o, domina-o, torna-o mais pequeno."
A forma como vai a vários pontos sobre riso e a comédia, sobre as várias facetas do humor, sempre com a sua inteligência e capacidade humorística bem afinada, é engraçada e muito didática, mostrando que o humor é aquilo que nós quisermos, desde que faça rir. Brilhante.
"O riso subverte o medo. Corrói-o, domina-o, torna-o mais pequeno."
June 18, 2018
É um óptimo manual sucinto de escrita humorística, mas "fica pela rama". Dá alguns exemplos úteis, mas peca por ser tão curto e não aprofundar as ideias. Gostaria, sim, de ler uma versão mais completa deste mesmo livro.
March 13, 2017
Obra clara e simples de ler. O autor levanos numa viagem na forma de como os comicosolham para a vida, detalhando o seu metodo com muito exemplo para sustentar oseu raciocinio.
Devo confesar que nao estava a espera de um livro tao bem estruturado simples e agradavel de ler. Tem basatante contentudo sem no entanto ser aborrecido. Parabens ao autor :)
Devo confesar que nao estava a espera de um livro tao bem estruturado simples e agradavel de ler. Tem basatante contentudo sem no entanto ser aborrecido. Parabens ao autor :)
February 5, 2017
http://gira-livros.blogs.sapo.pt/opin...
Este é um livro de leitura obrigatória para quem se interessa pelo humor em geral e pela escrita humorística em particular. Não nos ensina a escrever de forma humorística, nem nos faz rir, algo que geralmente esperamos de Ricardo Araújo Pereira. O sentido de humor que lhe é (ou assim parece ser) inato está lá, sente-se por vezes, mas não foi para isso que este livro foi escrito.
É uma espécie de enciclopédia/tese sobre o humor, sobre as várias formas de o fazer, com imensos exemplos clássicos e contemporâneos, não só presentes em livros como também em séries televisivas, por exemplo. Peca por ser demasiado curto, apesar de conter o essencial, parece-nos que fica muito por dizer. Não sei se Ricardo Araújo Pereira quis ser o mais objectivo e menos aborrecido possível, mas deveria saber que a maioria de nós não se importaria nada de ler duzentas ou trezentas páginas sobre o que tem para partilhar connosco acerca deste tema.
Este é um livro de leitura obrigatória para quem se interessa pelo humor em geral e pela escrita humorística em particular. Não nos ensina a escrever de forma humorística, nem nos faz rir, algo que geralmente esperamos de Ricardo Araújo Pereira. O sentido de humor que lhe é (ou assim parece ser) inato está lá, sente-se por vezes, mas não foi para isso que este livro foi escrito.
É uma espécie de enciclopédia/tese sobre o humor, sobre as várias formas de o fazer, com imensos exemplos clássicos e contemporâneos, não só presentes em livros como também em séries televisivas, por exemplo. Peca por ser demasiado curto, apesar de conter o essencial, parece-nos que fica muito por dizer. Não sei se Ricardo Araújo Pereira quis ser o mais objectivo e menos aborrecido possível, mas deveria saber que a maioria de nós não se importaria nada de ler duzentas ou trezentas páginas sobre o que tem para partilhar connosco acerca deste tema.
May 22, 2017
Um talento como o Ricardo não merece menos do que 5 estrelas. Quanto a esta sua obra, trata-se, penso eu, de um livro que parece que foi escrito para si próprio. Um aglomerado de teorias e técnicas da escrita de humor, explicadas num tom leve, despretensioso e fácil de entender. Como já tinha lido numa review, este livro poderia ser, sem problema nenhum, uma introdução a uma cadeira de guionismo ou de escrita de comédia. Em suma, um livro bem-disposto, fácil de ler, óptimo para quando de está sem saber a que obra se dedicar a seguir.
Want to read
December 9, 2016
February 20, 2019
Para reírse con la vida.
Read
July 9, 2023Bom ensaio sobre o riso e a escrita de humor, no entanto peca por ser curto. Lia o triplo das páginas sem qualquer problema.
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