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Μια μητέρα εγκαταλείπει το παιδί της σε ένα σιντριβάνι. Του υπόσχεται ότι θα επιστρέψει σε λίγα λεπτά και του δίνει να κρατά ένα βιβλίο. Η μητέρα δεν θα επιστρέψει ποτέ, έχει αποφασίσει να μετοικήσει στη Γαλλία, όπως τόσοι και τόσοι Πορτογάλοι. Το παιδί μεγαλώνει σε μια αγροτική οικογένεια και, όταν γίνεται άντρας, ερωτεύεται μια όμορφη κοπέλα. Κάποια στιγμή χωρίζουν. Οι δυο τους θα μεταναστεύσουν επίσης στη Γαλλία. Συνδετικός κρίκος το βιβλίο, που θα καταφέρει να κρατήσει ενωμένους τους δύο εραστές...

Με μια αφήγηση που μοιράζεται σε μια σειρά αξέχαστων χαρακτήρων, δοσμένων με μαεστρία, το Βιβλίο εξιστορεί με μυθιστορηματικό τρόπο την πορτογαλική μετανάστευση στη Γαλλία τη δεκαετία του ’60. Ανάμεσα στο πορτογαλικό χωριό της ενδοχώρας και στο Παρίσι, ανάμεσα στον λαϊκό πολιτισμό και στις αναφορές στην παγκόσμια λογοτεχνία, ανάμεσα στον Μάη του ’68 και στην Επανάσταση των Γαριφάλων αναδύονται τα στοιχεία ενός παρελθόντος που οδήγησε χιλιάδες Πορτογάλους στην αναζήτηση δικαιότερων συνθηκών διαβίωσης.

Ένα συγκλονιστικό μυθιστόρημα που διερευνά πώς το όνειρο για μια καλύτερη ζωή προσκρούει στη σκληρή πραγματικότητα που βιώνουν οι μετανάστες.

296 pages, Paperback

First published September 24, 2010

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1549 people want to read

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José Luís Peixoto

98 books2,159 followers

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117 (5%)
1 star
26 (1%)
Displaying 1 - 30 of 176 reviews
Profile Image for Fátima Linhares.
932 reviews338 followers
June 29, 2023
Não sei dizer o que este livro tem de tão extraordinário, só que fiquei com uma sensação boa depois de terminar a leitura.
Profile Image for João Carlos.
670 reviews316 followers
June 22, 2017

José Luís Peixoto (n. 1974)


José Luís Peixoto (n. 1974) escreve em 2010 um romance “genuinamente” português.
Memórias de uma pessoa, que se chama Livro, e que relata a vivência de homens, mulheres e crianças, que empurrados por inúmeros factores sociais – condições de vida, dificuldades económicas e guerra colonial – decidem emigrar para França, arredores de Paris, mantendo relações de amizade e de partilha, num microcosmo declaradamente português.
As personagens são inesquecíveis, o Ilídio e o pedreiro Josué, que não consegue “ter pensamentos longos”; o Padre e a amiga; a Lubélia, com o caixão debaixo da cama, e a sua sobrinha Adelaide, atacada inesperadamente pela brotoeja; o Galopim, que "era simples" e “que foi às sortes, mas ficou mal”, o Constantino, como revolucionário comunista, o Cosme,…
José Luís Peixoto através de uma escrita original vai construindo estas personagens, descrevendo minuciosamente pequenos detalhes, alternando situações hilariantes e situações dramáticas, que são delimitadas pela ruralidade de uma aldeia do interior de Portugal e pela cosmopolita Paris, unindo e ampliando os encontros e os desencontros amorosos e revelando as tragédias inesperadas de um dia a dia de esperança e desencanto.
“Livro” é um livro dominado pelo experimentalismo da escrita, por uma originalidade e criatividade linguística ilimitada; mas por vezes, com excessivas referências literárias que nos dispersam e nos desconcentram.
Este é um romance verdadeiramente português…
Profile Image for Silvéria.
498 reviews241 followers
August 19, 2018
Já tinha lido - ou tentando ler - José Luís Peixoto há vários anos. Concluo agora que não tinha maturidade suficiente na altura...
Este Livro não é propriamente um livro sobre livros, como o título sugere. Nem me parece que consigam descobrir verdadeiramente ao que o título se refere!!!
O JLP é um ótimo contador de histórias. Pode parecer estranho que diga isto de um escritor como elogio...mas a verdade é que muitos escritores não sabem contar histórias!!
Talvez por ser um tão bom contador de histórias dê 4 estrelas a este livro. não fiquei apaixonada pela história, mas reconheço-lhe o mérito. Bom retrato da ida de muitos portugueses para França, embora seja uma história para além disso...
Profile Image for diario_de_um_leitor_pjv .
780 reviews139 followers
April 13, 2024
#50livrosparaabril
16/50

“Livro”
José Luís Peixoto

A vaga de emigração portuguesa para os países europeus nos anos 60 e 70 é uma das marcas do tempo final do Estado Novo e da transição democrática. “Livro”, romance de José Luís Peixoto, explora – num primeiro plano – alguns acontecimentos da história de Portugal nos últimos 50 anos do século XX, com destaque para a vaga migratória para França, processo esse que os próprios pais do autor viveram. Peixoto coloca, assim, no centro deste seu romance, os que emigraram e a história das suas famílias.
Esta obra é, pois, um retrato de um Portugal em mudança e transformação. Um retrato de histórias individuais, dos seus desejos e vontades, dos conflitos, dos desencontros. É igualmente uma obra sobre Abril, sobre alguns dias antes, mas também alguns dias depois, sobre o sonho da conquista de liberdade política, social e individual.
E contando essa história e esse tempo histórico, José Luís Peixoto compõe uma narrativa tensa e reflexiva sobre o poder dos livros e da literatura, num retrato complexo e contraditório, que vai sendo apresentado ao longo do livro e que, quem sabe, culmina algures com esta frase: "Este livro podia acabar aqui. Ficávamos assim, no vácuo desta revelação. The end. Ou talvez nem seja sequer uma revelação, talvez seja apenas um sinal da minha incapacidade de interpretar detalhes"

Sobre este livro, Miguel Real, crítico literário, refere num provocatório texto: “Livro estatui-se, tanto estilisticamente quanto ao nível do conteúdo, como um romance resumo da história do romance português, de Eça de Queirós a Francisco José Viegas. Parafraseando Pessoa, Livro é uma espécie de novelo narrativo com a ponta virada para fora, puxada a qual se desenrola a nossos olhos a história portuguesa dos últimos 70 anos (Salazar e a Pide; os párocos de aldeia, coniventes com o poder político; a miséria dos campos; os ricos - a família de Dona Milú - e os pobres - a vila inteira, sem esgotos, sem ruas alcatroadas, sem água canalizada; a história da emigração; o 25 de abril e a adesão à Europa; a riqueza de pato-bravo dos emigrantes; as casas de fachada forrada de azulejos de casa de banho...).”
PJV

#livro #literatura #leitor #leitores #leitura #literaturaportuguesa #migrações


Profile Image for Tita.
2,201 reviews233 followers
August 2, 2016
A sinopse dá-nos a entender que estamos perante uma história sobre a emigração portuguesa para França, no entanto Livro é mais do esse tema, e que está dividido em duas partes que se complementam.
Na primeira parte conhecemos uma aldeia do interior e um conjunto de personagens, cada um com as suas características, mas também uma história de amor protagonizada por Ilídio e Adelaide. Esta é uma parte marcada pelas dificuldades de vida, com um tom mais triste. E José Luís Peixoto consegue-nos tocar com as suas palavras cheias de emoção.
E foi esta primeira parte, a minha preferida de todo o Livro.
A segunda parte é um pouco mais estranha e apesar de também ter gostado, não me prendeu tanto. E esta segunda parte é sobre Livro e encontramos um estilo um pouco mais leve do que a primeira parte e até com um toque de mais estranheza. Mas afinal, o que é, ou quem é, Livro? Deixo para vocês descobrirem.
Livro não é uma leitura fácil. A escrita, apesar de fluída, não é fácil de ler, quer pelas emoções das palavras, mas também por não ser uma história totalmente linear.
Vou querer reler Livro! E, sem dúvida, que vou querer muitos mais livros de José Luís Peixoto!
Profile Image for Zozetta.
154 reviews43 followers
May 4, 2016
Το πρώτο βιβλίο του Πεϊσότο που διάβασα είναι το Νεκροταφείο Πιάνων που με γοήτευσε και ήταν το έναυσμα για να αναζητήσω και άλλα έργα του. Με αυτό το βιβλίο νομίζω πως ωρίμασε και ανέβασε τον πήχυ πολύ ψηλά. Είμαι σίγουρη πως έχουμε πολλά να περιμένουμε στο μέλλον από αυτόν τον συγγραφέα. 'Εξοχο!
Profile Image for Maria Lavrador.
510 reviews33 followers
December 15, 2014
Foi a minha estreia nos livros deste autor e adorava poder dizer que tinha gostado desde livro, mas confesso que nem por isso... No meu do livro houve uma parte que achei interessante, com a chegada dos personagens principais a outro pais, a sua adaptação, o seguir da vida apesar das adversidades. Mas a escrita não me seduziu, mas ao fim e ao cabo, não podemos gostar todos das mesmas coisas
Profile Image for Ana Cruz.
49 reviews16 followers
August 19, 2020
Este livro é sobre algo muito concreto. Apesar disso, é sempre difícil responder à questão: é sobre o quê?
Não é sobre emigração. Não é sobre livros. É sobre o tempo que não anda para trás e mesmo assim consegue ser infinito. É sobre aquele desgosto melancólico típico português. Esse sentimento, no final, comoveu-me, quase me enganou, quase disfarçou a quase desilusão que foi a sua leitura. Salva da desilusão apenas a ausência de expectativas tangíveis. Contudo, no fundo, sim, não sei, esperava algo mais.
José Luís Peixoto é sem duvida um grande autor. Com um estilo meio impressionista conduz o leitor através de uma narrativa bastante imersiva.
No entanto, escolheu contar uma história de amor. Um romance ao estilo romântico, ou perto disso, que faz lembrar algumas das leituras da escola. Homem e mulher derrotados pelo destino, tanto amor como tragédia. "Quem és tu, Romeiro?" Uma crónica de costumes escondida pela linhagem genealógica de uma família protagonista. "Ainda o apanhamos!" Não apanhamos, estamos longe, o comentário é demasiado breve.
Pode não comentar muito, não numa sátira óbvia, não num discurso irónico mal disfarçado e inteligente, mas sempre retrata, com uma precisão que não sei julgar, um período chave para os portugueses, uma realidade tão presente na nossa História. Escolhendo dois cenários, a vila (alentejana?) e Paris, Franca, José Luís Peixoto conta uma história de amor neste cenário, que poderia ser mais promissor, não fosse reservado a cenário. Porventura, muito mais que uma escolha criativa, poderá tratar-se de uma escolha pessoal.
A primeira parte do livro arrasta-se desta forma até chegar à segunda parte, uma emocionante viragem narrativa à Saramago. De repente, o contraste entre a contemporaneidade do fim do romance e as obras românticas de que me fui lembrando, foi o suficiente para sentir o entusiasmo que levou tão rapidamente ao seu desfecho, questionavelmente comovente. Nunca antes me deparei com nada tão meta. Serviu para despertar aquele gozo que é reservado para momentos de revelação e deu que pensar no significado para além do que vem escrito.
As personagens vergam-se completamente a um desejo carnal explorado em inúmeras passagens eróticas ou explicitamente sexuais, que para mim apenas foram maçadoras, parecendo até despropositadas (percebo o contraste entre o amor puro e o amor "sujo"? mas no final de contas nem essa justaposição leva a lado nenhum), mas, para além disso e da profunda melancolia que chega a comover num instante, são incapazes de mostrar uma existência mais complexa e humana,
O que é mais belo no romance é a rede que liga os habitantes da vila. Apesar de não serem personagens complexas, são personagens genuínas, têm traços distintivos o suficiente para detectarmos a sua presença ou a sua falta.
A segunda parte do livro é criativa. A primeira parte expositiva, aparenta apenas preparar o leitor para o "efeito de lagriminha", não de tristeza, mas daquela emoção forte despoletada artificialmente por engenhos cuidadosamente implementados.
Por um lado, assenta bem ao fim do livro esse sentimento, tanto a emoção que se assemelha à que se sente ao ouvir cantar o fado, como a ideia de que fui enganada, de que estou falsamente comovida. Pois, é assim Portugal e é assim a nossa vida, tal como o autor mostra no livro. O testemunho é passado de geração em geração e pouco se pode fazer em relação ao que é a nossa verdadeira casa: um sentimentalismo de que todos padecemos, a frustração entre o que imaginamos e o que é realmente. O tempo passa, a realidade muda e são remotos os lugares inafetados pelo avançar das engrenagens do mundo. Ainda existem, envelhecendo, como todos nós.
A mensagem (Peixoto vem antes de Pessoa), li-a assim.
Recomendo apenas a quem já saiba que gosta do autor. Estou convencida que terá obras melhores. Tem, está provado, inúmeras outras.
Profile Image for Clarinda.
204 reviews
May 2, 2012
Foi com enormes expetativas que parti para a leitura de mais um livro de José Luís Peixoto.
Não estava à espera de uma escrita fácil, porque a escrita deste autor não o é, assim como não são todas as escritas com cariz poético. Peixoto escreve sentimentos, emoções sem fim, alegria, tristeza raiva, amor, escolhas,… de uma forma poética muito própria e incomum. Para um autor tão novo é de louvar os seus conhecimentos e a forma de os transmitir. Transporta-nos para dentro dos livros, faz-nos viver/reviver momentos, mexe com todos os sentimentos possíveis e inquieta-nos.
Livro, está dividido em duas partes distintas, adorei a primeira e gostei da segunda. É um livro de personagens e não de personagem, todas elas são importantes no desenrolar da trama. Um livro que me surpreendeu pela originalidade, pela ousadia, é um livro dentro de um livro, diferente, com uma história simples, mas carregada de sentimentos, com técnicas que prendem o leitor de forma enérgica e interessante. Livro fala-nos de um livro, Livro é uma personagem, Livro é um livro que me seduziu!
Livro, só veio consolidar ainda mais a posição deste autor no panorama literário português. Tenho muito orgulho dos escritores que temos e um carinho muito especial por este porque cresceu aqui perto, no meu distrito.
Leiam, quem já conhece ficará encantado e quem resolver experimentar, não se irá arrepender!
Profile Image for Carla.
17 reviews
July 20, 2018
4.5/5
Gostei muito deste “Livro”. Gostei muitíssimo da escrita de José Luís Peixoto. Adorei a forma como dá novos significados a palavras que, no mundo do comum dos mortais, têm apenas o significado que têm. Adorei as personagens simples, mas simultaneamente complexas, inocentes e sérias, cinzentas mas com arco-íris no peito.
Levou-me a um Portugal que já tinha esquecido. Não porque tenha vivido esse tempo, mas porque o autor retrata maravilhosamente o “portuguesismo” que ainda hoje é, apesar de mascarado pela sofisticação e pela maior abertura para o mundo.
Em suma, irei em busca dos restantes livros dele, sem duvida :)
Profile Image for Carolina.
166 reviews40 followers
October 24, 2010
Like always, something to be grateful for. I could go on and on about this book - but the truth is, you'll be much more enlightened if you read it yourself. Like I often tell people who ask me what this book is about, it isn't really about what it is about, it's how it's said and how it touches or changes the reader.
Profile Image for Rosa Ramôa.
1,570 reviews85 followers
August 19, 2014
Fabuloso sentido de humor...
Fabulosa escrita...
Fabulosa maneira de contar histórias...
Fabulosas páginas...
Fabuloso José Luís Peixoto*
Fabuloso!!!





Profile Image for Cátia Santos.
240 reviews37 followers
November 23, 2014
A minha estreia com José Luis Peixoto... para continuar a seguir! :)
Profile Image for Jose Santos.
Author 3 books167 followers
October 30, 2024
Uma história muito portuguesa com personagens deliciosas que foca as partidas clandestinas de portugueses para o estrangeiro.
Amores, desencontros e muitas pequenas histórias cruzadas compõem este livro.
A última parte da obra saiu um pouco dos carris e baralhou a narrativa. Não gostei tanto.
Mas é uma boa leitura que aconselho a todos.
Profile Image for Paula.
24 reviews
June 10, 2011
Não gosto de ler livros após a sua promoção... não quero ser influenciada pela crítica.
Foi em branco que mergulhei no LIVRO.
Hoje fechei o LIVRO. Com a certeza de que não está fechado. Deixou-me tantas interrogações, tantas cicatrizes. Feriu-me, atacou-me, tranquilizou-me.
A leitura foi sôfrega, inquietante.
Acompanho os livros de José Luís Peixoto desde o MORRESTE-ME, ano em que o meu pai me morreu.
Passada uma década, o LIVRO levou-me à minha infância, às minhas escolhas, meteu-se na minha vida, entranhou-se em mim. Conheço os lugares, as pessoas, os sentimentos, o parto difícil de um filho, a "vírgula a caminho do útero" (JLP)... Depois veio o FIM - nem ponto final, nem reticências. A interrogação: como pode alguém ser tão jovem, tão genial e ter vivências tão reais e concretas, que cheiram a suor e são ásperas como as mãos calejadas?
Parabéns, José Luís Peixoto!

Profile Image for Shelbymortimer.
3 reviews
August 24, 2016
You, portuguese people, are really fortunate to have the opportunity to read such an amazing writer first hand, as soon as his books are published and in the language that they are written. I wish I could understand your language to read all Peixoto's books.
Profile Image for Ricardo Lourenço.
Author 5 books34 followers
October 18, 2010
“(...) sinto, à partida, que um romance, por natureza, não deve ambicionar ser o óbvio que se espera dele. Sinto que este romance é a muitos títulos bastante ambicioso, mas também os anteriores, à sua medida, o eram. Essa ambição é que faz mover o mundo, é que fez os portugueses fazerem aquela viagem, é que faz com que se vá para além do que é expectável.”

JLP em entrevista para a revista Ler

No seu mais recente romance, cujo título é simultaneamente o nome do narrador personagem, José Luís desprende-se do registo surreal de Nenhum Olhar e Uma Casa na Escuridão. O romance divide-se em duas partes, apresentando a primeira uma perspectiva realista, que se foca no tema da emigração portuguesa, enquanto que a segunda é de natureza experimental, bastante diferente em termos de tom e estrutura, transformando a percepção que o leitor tem do livro.

“O Ilídio continuava a rir-se. Então, houve um momento em que ficaram parados. O sorriso de um crescia e puxava o sorriso do outro, que também crescia. Era como se fosse o sol, um sol, que crescesse e essa luz os iluminasse de novo com os seus próprios nomes, com Ilídio e com Josué, e assim voltassem a ser o melhor de tudo o que tinham sido quando estavam juntos, criança e homem, rapaz e homem, homem e homem. Apagava-se a despedida, a falta dissolvia-se.”

Livro evidencia uma maior destreza narrativa por parte do autor, que alterna entre a ruralidade portuguesa e o ambiente urbano de Paris, contraste estabelecido não só em termos da diferença de costumes, mas também a nível de linguagem, ora nos brindando com expressões populares, ora introduzindo alguns dos estrangeirismos originados pela mistura de culturas, aspecto que considera ser uma marca importante da história de um povo.
Apesar da referida predominância do realismo, Peixoto recorre pontualmente ao fantástico, como na inclusão de uma mulher-lobo na viagem dos emigrantes, uma simbólica representação do aproveitamento de que são alvo por parte dos passadores.

“Ao fixar o reflexo dos meus olhos no espelho, já me pareceu muitas vezes que está outra pessoa dentro deles. Observa-me, julga-me, mas não tem voz para se exprimir. Será talvez eu com outra idade, criança ou velho: inocente, magoado por me ver a destruir todos os seus sonhos; ou amargo, a culpar-me pela construção lenta dos seus ressentimentos. Seria melhor se tivesse palavras para dizer-me, mas não. Só aquele olhar lhe pertence. É lá que estou prisioneiro.”

A segunda parte marca uma mudança drástica relativamente à primeira, dado que José Luís procura fazer com que o romance fale de forma directa com o leitor, assim como atingir, dentro do possível, uma condensação de várias tradições literárias. Mas, se esses objectivos são atingidos, a extensão desta secção experimental acaba por desviar a atenção das principais ideias que povoam a parte que a antecede. Tal não é, no entanto, suficiente para manchar a excelência atingida nas primeiras 204 páginas.

Diz Miguel Real no Jornal de Letras que, “com Livro, se inicia a maturidade literária de um grande escritor”. Eu diria que se denota uma maior confiança e ponderação, mas também me parece que com este romance se desvanece, em grande parte, a magia que envolvia os seus primeiros trabalhos. Um José Luís Peixoto diferente, é certo, mas que sem dúvida vale a pena conhecer.

“Prefiro ignorar aquilo que toda a gente está a ler. Para o bem e para o mal, tenho tempo. Acalento a imagem de leitor solitário, único leitor de páginas que as multidões já esqueceram. Concedo-me o direito de fruir as minhas ilusões, se for por consciência, não é por ingenuidade.”
Profile Image for Héctor Genta.
401 reviews87 followers
May 30, 2020
Ciò che è veramente stato non è necessariamente ciò che è accaduto. È qualcosa di molto più importante, è la verità. Sì, lo so già, ma che cos'è la verità? Si, lo so già, non lo so.

Un'opera diversa rispetto alla precedente produzione letteraria di Peixoto e che nasce da un bisogno dell'autore che qui utilizza la letteratura come strumento per fare i conti con la sua storia personale e con quella di una generazione di portoghesi, emigrata in buona parte in Francia nel periodo compreso tra gli anni '50 e la Rivoluzione dei Garofani.
Peixoto ci racconta la storia di Ilídio e anche quella degli altri personaggi sempre in bilico tra realtà e fantasia, perché ognuna delle figure di questo libro porta con sé una storia che merita di essere ascoltata: da quella di Galopim a quella di Lubelía, da quella di Cosme a quella di Adelaide…
La trama in realtà è piuttosto esile: c'è un ragazzino abbandonato dalla madre con un libro in mano che si innamora di una coetanea che viene però mandata dalla zia in Francia. Il ragazzo parte per Parigi alla ricerca dell'amata e quando la trova scopre che le cose sono cambiate (e mi fermo qui per non rovinare il piacere della lettura).
È proprio il libro che Ilídio stringe tra le braccia all'inizio del racconto il fulcro della storia, non tanto per quello che contiene (non sappiamo di cosa parli) quanto per ciò che rappresenta: il libro è il ricordo della madre ma anche l'oggetto che allontanerà il protagonista da Adelaide, il libro ha un ruolo così importante che Libro sarà il nome che Adelaide darà al figlio.
Libro è un romanzo sulla ricerca delle radici individuali e nazionali, sul perdersi e sul ritrovarsi, sviluppato seguendo il consueto doppio binario poetico e realistico che caratterizza la prosa di Peixoto e che qui sembra smorzare in parte il carico lirico rispetto alle opere precedenti.
Un'opera ambiziosa e importante che, incomprensibilmente, si perde con qualche passaggio a vuoto (la donna-lupo) e soprattutto per una trentina di pagine verso la fine quando rincorre un post-moderno e un meta-letterario fuori luogo, ma è un peccato che a Peixoto si perdona volentieri.
Profile Image for Ana Rute Primo.
275 reviews46 followers
April 5, 2021
A minha estreia com José Luís Peixoto, um livro que estava na estante há cerca de dez anos. E ainda bem que não o li antes, acho que não tinha maturidade suficiente para o apreciar.

A escrita flui num género de prosa poética descrevendo tão bem a forma e o estilo de vida daquela vila no interior de Portugal, mas também da vida em França, dos Portugueses que se viram obrigados a emigrar em busca de melhores condições de vida.

A modo como o autor se expressa agarrou-me imenso, fez-me sentir tanto a leitura mesmo que nada me fosse familiar, no sentido em que não vivi naquele tempo, aquela história não foi a minha nem de ninguém que conheça, vivi na cidade a maior parte da minha vida; mas a escrita do autor é tão terna e aconchegante, e ao mesmo tempo dura e forte, que é impossível não se estabelecer empatia pelas personagens, tão humildes, que parecem reais.

Logo pelo início tão dramático e desolador percebi que ia gostar do livro. Cada personagem vive o seu drama pessoal e o autor faz uso da linguagem escrita caracteristicamente emotiva que nos puxa para dentro de cada um deles. Várias vezes estive de coração apertado, com a respiração em suspenso, a acompanhar as experiências de vida das personagens. Umas são boas pessoas, ajudam sem querer nada em troca, dão valor à amizade e ao companheirismo; outras são pessoas com mau fundo, capazes de prejudicar o outro gratuitamente.

O livro está dividido em duas partes e é um pouco difícil falar da segunda sem revelar demasiado da primeira.

Assim, posso talvez dizer que a narrativa se torna mais pessoal e introspetiva, narrada na primeira pessoa, desenvolve-se entre analepses e prolepses, com muitas notas de rodapé, faz referência a imensos escritores, por vezes tão aleatoriamente, que não consegui estabelecer correlação com a narrativa, enquanto se vai dirigindo diretamente ao leitor.

Achei estar segunda parte mais atabalhoada e menos interessante do que a primeira, mas é ela que nos dá a conhecer o desfecho das personagens principais.

Foi uma boa leitura, quero, sem dúvida, conhecer melhor o autor.

boasleituras.pt ❤️
Profile Image for Natacha Martins.
308 reviews34 followers
January 7, 2011
O Livro de José Luís Peixoto está dividido em duas partes, claramente distintas uma da outra. Na primeira parte o autor narra a história de amor de Ilídio e Adelaide, numa aldeia do interior de Portugal. Um amor feito de olhares, de sentimentos não falados, de silêncios e de desencontros gerados pela miséria, pela vergonha, pela ignorância e pela inveja. Quando Adelaide é forçada a partir para França, Ilídio parte atrás dela. Adelaide e Ilídio servem de pretexto para que conheçamos as condições duras da viagem mas, também a solidariedade dos espanhóis que ajudavam os portugueses até à fronteira francesa. É através deste dois, que partiram por razões completamente diferentes das dos seus companheiros de viagem, que José Luís Peixoto nos vai dando conta das condições difíceis que esperavam os portugueses em França com a descriminação e o trabalho duro.
Esta primeira parte do livro é angustiante, é triste, miserável como a vida de quase todos os que nele aparecem. José Luís Peixoto consegue, com as palavras e pela forma como as utiliza, transmitir emoções fortes, consegue chocar-nos, deixar-nos confusos e muitas vezes enojados, apanha-nos desprevenidos e somos confrontados com situações que nos deixam sem defesas e sem reacção, engolimos em seco. Ao mesmo tempo o Livro consegue fazer-nos sorrir, porque nem tudo na vida são desgraças, porque existem situações caricatas, estranhas, quase cómicas e porque as personagens são na sua essência puras, inocentes e a esperança acaba por ser um sentimento que vagueia pelas páginas do livro. De alguma forma, temos a certeza de que tudo acabará bem. :)
A segunda parte do livro é mais leve, o estilo de escrita muda completamente e o cenário é mais luminoso e risonho. Não será coincidência que a primeira parte acabe pouco dias depois do 25 de Abril. :) Aqui José Luís Peixoto, como diz a sinopse, ultrapassa as fronteiras da literatura e interage com o leitor, provocando-o. Esta parte termina a história, não sem alguma estranheza pela personagem que nela nos é apresentada... Quase irreal, quase uma personagem ela própria. :)
Profile Image for ΠανωςΚ.
369 reviews70 followers
December 26, 2016
Στο παρατσάκ δεν το παράτησα μετά τις πρώτες 120 σελίδες. Εγινε στη συνέχεια καλύτερο αλλά και τα τρία αστεράκια πολλά μού φαίνοντα τώρα. Πρόκειται για μια πάρα πολύ ενδιαφέρουσα ιστορία γραμμένη (κατ' εμέ) με απωθητικό τρόπο. Θα μπορούσα να κάνω μια ολόκληρη συλλογή από μικρές πομπώδεις λυρικοκάτι φράσεις του βιβλίου, που μ' εξόργισαν, αλλά δεν έχει ιδιαίτερη σημασία, γιατί εντέλει σε αυτό που συμφωνώ 100% με τον συγγραφέα είν' αυτό που γράφει στη σελίδα 232: «η κριτική είναι ένας κώλος με δύο μάγουλα».
Profile Image for carpe librorum :).
757 reviews55 followers
Read
April 5, 2015
Quando o comecei a ler nos CTT, não fazia ideia do que me esperava, nem sequer a contra-capa me deu grandes pistas. De qualquer modo, dei-lhe um bom avanço enquanto esperava. Alguns anos depois, encontrei-o na prateleira da biblioteca e resolvi trazê-lo para terminar o que comecei. Talvez se o título estivesse no plural fizesse mais sentido, porque há ali uma separação em duas partes, parecem dois livros diferentes, embora estejam relacionados. A primeira parte, li tranquilamente, a apreciar a subtileza da escrita. A segunda foi um corte com tudo aquilo, what the fuck?!, primeiro achei divertido, depois parvo, depois, ok, está a experimentar. Foi como se estivesse a ouvir Yann Thiersen e de repente, Stomp. Houve alturas que encontrei a beleza, outras em que me ri com o umbigo. Mas gostei da intimidade.
Profile Image for Babi.
126 reviews24 followers
June 15, 2018
Foi o primeiro livro que li do autor e fiquei rendida.
Adorei as personagens, a escrita do autor, o ambiente e o pedido de namoro do Ilídio. A segunda parte do livro, apesar de original, foi mais estranha e ainda estou a pensar naquilo que li.
Quero ler mais obras do autor.
Profile Image for Nasia.
446 reviews107 followers
April 20, 2021
Είναι ένα παράξενο βιβλίο, σε σημεία αρκετά μεταμοντέρνο, μιας και δεν περιμέναμε κάτι άλλο από τον τίτλο και το εξώφυλλο, duh...Βιβλίο γεμάτο βιβλιοφιλικές αναφορές, με το δεύτερο μέρος να είναι σαφώς πιο του γούστου μου αλλά και πάλι, τελικά με κέρδισε; Μάλλον όχι. Ο συγγραφέας έχει μια παράξενη ικανότητα να γράφει σαν να ανήκουν τα γεγονότα που εξιστορεί στον προηγούμενο αιώνα, ενώ διαδραματίζονται λίγα χρόνια νωρίτερα...
Κεντρικές θεματικές του βιβλίου η μετανάστευση Πορτογάλων στην Γαλλία, ο αγώνας για την επιβίωση, οι ανεπλήρωτοι έρωτες, αλλά όχι με τον κλισέ τρόπο.

Δεν ξέρω, θα το αφήσω να δράσει μέσα μου για να κατασταλάξω σε γνώμη.
Profile Image for Anna.
1,112 reviews
February 15, 2024
Wioska gdzieś w Portugalii, a w tej wiosce różne postaci i charaktery. Ilídio, Cosmé, Galopim, Adelaide. Najpierw dzieci, potem nastolatkowie, a wreszcie dorośli. Wszystkich łączy pewne poczucie osamotnienia. Ilídio mieszka u murarza – gdy miał sześć lat mama oddała go na wychowanie, Galopim zajmuje się upośledzonym bratem, Adelaide natomiast zamieszkała u ciotki, która wzięła bratanicę na wychowanie, odciążając obficie obdarzoną potomstwem siostrę.

Ciąg dalszy: https://przeczytalamksiazke.blogspot....
Profile Image for Ale Sandoval Tress.
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September 6, 2021
Un libro duro, con imágenes preciosas para describir estados de ánimo, situaciones, con el tema de la vida rural, la pobreza que propicia la migración, también para escapar de la dictadura. La primera parte la dedica a la amistad, el amor mal correspondido, la melancolía del exiliado, la falta de oportunidades en los pueblos, el abuso, etc. En la segunda parte
nosotros lectores somos testigos de lo que el personaje Libro nos cuenta y nos vuelve su cómplice. Precioso ejercicio metaliterario.

https://bibliobulimica.wordpress.com/...
Profile Image for Κατερίνα Μαλακατέ.
Author 7 books629 followers
April 15, 2016
Ο Ζοζέ Λουίς Πεϊσότο είναι γεννημένος το 1974. Όμως τα μυθιστορήματά του μοιάζουν γραμμένα χρόνια πριν, από ολοκληρωμένους γραφιάδες, συγγραφείς που έχουν την φωνή τους και μπορούν να σε μαγέψουν. Ε, αν αυτό δεν είναι υπέροχο, τότε τι είναι. Το «Βιβλίο», το δεύτερο βιβλίο του που μεταφράζεται στα ελληνικά- το πρώτο, το «Νεκροταφείο πιάνων» είναι από καιρό εξαντλημένο- το διάβασα είναι one-sitting. Κι όχι, αυτό δεν μου συμβαίνει συχνά για βιβλία 300 σελίδων.

Αυτό που ξεχωρίζει τον Πεϊσότο είναι η στιβαρότητα της γραφής, ο τρόπος που τίποτα δεν σε ξενίζει, η λυρικότητα που δεν ξεπέφτει στο μελό, οι χαρακτήρες με τους οποίους νιώθεις ταύτιση όσο μακρινοί κι αν είναι.

Σε ένα χωριό της Πορτογαλίας του '60, μια μητέρα αφήνει το μικρό της αγοράκι, τον Ιλίντιο, μόνο δίπλα σε ένα συντριβάνι με ένα βιβλίο στο χέρι και του ζητά να μην κουνήσει αν δεν έρθει να τον πάρει. Τελικά, μια ολόκληρη μέρα περνά κι η μητέρα δεν έρχεται. Έρχεται όμως ο χτίστης Ζοζουέ, κι αυτός αναλαμβάνει τελικά τον Ιλίντιο. Ο μικρός μεγαλώνει χωρίς μητέρα και χωρίς να την ψάχνει, ώσπου θα ερωτευτεί την Αντελαΐντε, μια κοπέλα που ήρθε στο χωριό ως υπηρέτρια της γριάς Λουμπέλiα. Ο έρωτας τους πέφτει στο εμπόδιο της γριάς, κι οι δυο μεταναστεύουν στην Γαλλία. Στο δεύτερο και πολύ μικρότερο μέρος του βιβλίου, ο γιος της Αντελαΐντε, «Βιβλίο»- Livro, μας διηγείται πώς πήρε την μητέρα του από το Παρίσι και γύρισαν ξανά στην Πορτογαλία.
http://diavazontas.blogspot.gr/2016/0...
Το θέμα του συγγραφέα είναι ο ανεκπλήρωτος έρωτας, αλλά όχι μόνο αυτό, θα ήταν κάπως τετριμμένο. Είναι οι ματαιωμένες ζωές, η μετανάστευση, οι κοινωνίες που αλλάζουν με τα χρόνια. Μέσα από τους ήρωες του κατορθώνει να στήσει μια ολόκληρη εποχή, τόσο στο αστικό περιβάλλον τους Παρισιού, όσο και στην επαρχία της Πορτογαλίας. Και φυσικά τον απασχολεί και η βιβλιοφιλία. Το "Βιβλίο" είναι γεμάτο βιβλιοφιλικές αναφορές, ένα βιβλίο συνδέει τους ανθρώπους του μες στα χρόνια, ενώ ο κεντρικός ήρωας του δεύτερου μέρους ονομάζεται: "Βιβλίο".


Κατέληξα με αυτό το μυθιστόρημα πως ο Πεϊσότο θα έχει πάντα θέση στην καρδιά και στην βιβλιοθήκη μου. Με το πρώτο ήμουν ενθουσιασμένη – ακόμα το θεωρώ καλύτερο - αλλά πια με το δεύτερο η πεποίθηση εδραιώθηκε. Πρόκειται για έναν σπουδαίο συγγραφέα που θα παρακολουθώ στο μέλλον.
Profile Image for Lia Correia.
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July 26, 2015
A minha primeira experiência a ler este autor tão aclamado a nível nacional não poderia ter sido melhor.
Uma história portuguesa, uma aldeia portuguesa, mentalidades de aldeia portuguesa. Tudo contado como se fossem os próprios personagens a falar, com as repetições nas frases que, em vez de parecerem erros ou enervarem o leitor, servem precisamente para enfatizar a ideia que o narrador pretende transmitir.
A utilização de palavras certa, as frases certas, e tudo nos transporta para a vida dos personagens da história.
Gostei de conhecer o Ilídio e a sua história desde pequeno, gostei do Josué e do seu enorme coração, gostei do Galopim e do seu fardo de cuidar do irmão que para ele não era fardo nenhum. Gostei da Adelaide e sofri com ela pela frigidez da tia e a sua maldade.
Gostei das ruas da aldeia, da fonte, da casa da Dona Milú e da casa e da loja da tia da Adelaide. Gostei da França e da viagem até lá. Gostei de tudo.

A única coisa que não gostei foi da 2ª parte do livro, em que o Livro fala. Gostei da continuação da história pelos olhos dele, mas não gostei muito dos seus devaneios filosóficos. Até porque achei que ficou completamente fora do contexto da simplicidade de todo o livro até aí. Mas, não foi o suficiente para não gostar do livro e da escrita do autor.
Profile Image for Jelena Milenković.
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March 30, 2018
Zaista mi je bilo teško da čitam ovu knjigu.
Da je nisam dobila od izdavača, u zamenu za promociju i iskreno mišljenje, verovatno je nikada ne bih pročitala.
Ili bih je uzela u ruke, otvorila i odustala posle prvih 5 strana.
Nije da mi nije palo na pamet.

Čitajući dati opis imala sam potpuno drugačiju sliku o radnji knjige. Mislila sam da je zaista reč o pričama migranata, o teškom putovanju i uslovima života tada.
Iako se to pominje, pisac se tu ne zadržava. Kao da je hteo da što pre pređe preko toga.
Svaka misao je nekako prekinuta na pola. Sledeća rečenica već priča priču nekog drugog.
Bez ikakvog reda i razmaka.
Ponekad bi mi trebalo i po par strana da shvatim o kome se radi i o čemu se priča.
A to zaista ne volim.

Ne kažem da je knjiga užasna već jednostavno da ja nešto ovako uopšte ne volim.
Opet sam neko ko ne može da podnese Stranca i bilo šta pisano u tom stilu.
Tako ne mogu ni ovo. Zaista nisam videla neku poentu.

2 zvezdice sam dala kao pohvalu sebi što sam je završila i nisam odustala iako mislim da će mi čitava priča ispariti iz glave u roku od mesec dana.
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