Jump to ratings and reviews
Rate this book

The Decameron #1

الديكاميرون- الجزء الثانى

Rate this book
This is an EXACT reproduction of a book published before 1923. This IS NOT an OCR'd book with strange characters, introduced typographical errors, and jumbled words. This book may have occasional imperfections such as missing or blurred pages, poor pictures, errant marks, etc. that were either part of the original artifact, or were introduced by the scanning process. We believe this work is culturally important, and despite the imperfections, have elected to bring it back into print as part of our continuing commitment to the preservation of printed works worldwide. We appreciate your understanding of the imperfections in the preservation process, and hope you enjoy this valuable book.

Paperback

First published January 1, 1353

155 people are currently reading
1246 people want to read

About the author

Giovanni Boccaccio

1,827 books580 followers
Giovanni Boccaccio (1313 – 21 December 1375) was an Italian author and poet, a friend and correspondent of Petrarch, and an important Renaissance humanist in his own right and author of a number of notable works including the Decameron, On Famous Women, and his poetry in the Italian vernacular. Boccaccio is particularly notable for his dialogue, of which it has been said that it surpasses in verisimilitude that of just about all of his contemporaries, since they were medieval writers and often followed formulaic models for character and plot.

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
280 (28%)
4 stars
348 (35%)
3 stars
266 (26%)
2 stars
74 (7%)
1 star
22 (2%)
Displaying 1 - 30 of 84 reviews
Profile Image for Kalliope.
738 reviews22 followers
February 16, 2016

Saint Catherine of Alexandria.
Carlo Crivelli (1435- 1495)






Look at that Petrarca sticking up beside a rouge-pot; do the idiots pretend that the heavenly Laura was a painted harridan? And Boccaccio, now: do you mean to say, Madonna Romola—you who are fit to be a model for a wise Saint Catherine of Egypt—do you mean to say you have never read the stories of the immortal Messer Giovanni?...

......

“There are some things in them I do not want ever to forget”, said Romola; “but you must confess, Piero (*) that a great many of those stories are only about low deceit for the lowest ends. Men do not want books to make them think lightly of vice, as if life were a vulgar joke. And I cannot blame Fra Girolamo (**) for teaching that we owe our time to something better”.

“Yes, yes, it’s very well to say so now you’ve read them”, said Piero, bitterly, turning on his heel and walking away from her.



Romola. George Eliot.

-------------

(*) Piero di Cosimo (1462-1522). Painter.

(**) Fra Girolamo Savonarola (1452 - 1498). Dominican Friar and Preacher.
Profile Image for Andrei Tamaş.
448 reviews371 followers
May 3, 2019
Drăguț, pervers, disecție a pornirilor sexuale și -nu în ultimul rând- un foarte curajos act de rebeliune morală în cadrul epocii.
Să vedem, însă, ce ne rezervă și volumul II.
Profile Image for Andrei Tamaş.
448 reviews371 followers
July 2, 2019
Aceeași simfonie a povestirilor ca în primul volum, doar că, în această a doua carte, Boccaccio își mai pierde din puterea virilă și scrie, parcă, doar pentru a epuiza titlul inițial dat, respectiv Decameronul.
Demnă de analizat "scuza" lui finală pe care, în mod surprinzător pentru mine, o adresează (doar) femeilor epocii, precum acestea ar fi singurele care ar citi (sau care ar citi așa ceva).
În rest, nu multe de zis, întrucât toate poveștile cu tâlc sunt epuizate în primul volum. :)
Profile Image for Gabriela Rus.
161 reviews26 followers
April 1, 2020
In vremuri de molima, s-a impus aceasta colectie de povestioare, cu drag impartasite de un grup de tineri florentini ai secolului XIV in timpul unei epidemii de ciuma ce decima intreaga Europa. Izolati in castel, unde nu parea se le lipseasca nimic, servitori, mancare, soare, gradini - ce idilica izolare, nu-i asa? - tineri, frumosi, uita de oroarea ce scutura lumea dincolo de gard si timp de 10 zile fiecare din cei 10 - 7 fete si 3 baieti (un raport bun, zice sotul meu ;)) - bucura grupul cu cate o poveste, in general cu tematica erotica. Primele 4 zile sunt grupate in acest prim volum, cu un crescendo in erotism in primele 3 zile, pentru ca in a 4-a tonalitatea sa devina macabra si deprimanta. Din acest motiv, nu pot sa ii dau 5 stele. Sper ca volumul 2 sa revina la povesti sugubete si amuzante, altfel propria-mi izolare va deveni si mai greu de suportat.
Profile Image for Adriana.
100 reviews
October 21, 2024
2 volume care o tin tot asa?? No way…
Dar macar am ras:
-Rustico, ce-i aia care tot impunge sã iasã afara si eu n-o
am?
O, fiica mea, e necuratul de care ti-am vorbit, raspunse Rustico. Si vezi? Ma chinuieste acum, incât de-abia mai pot sa rabd.
Atunci, fata zise:
Har Domnului! Pre câte vd, eu stau mai bine decât tine, căci n-am pe necuratul.
Si Rustico de colo:
- E drept, da vezi că tu ai altceva in schimb, ceva care-mi lipseste mie.
Oare?, facu copila. Si ce sã fie aia?
La care, Rustico raspunse:
Tu ai in tine iadul si, drept sã-ti spun, imi vine a crede cã Dumnezeu anume mi te-a trimis aici, spre mântuirea mea, cã de-o mai fi ca dracul sta sa mă cazneasca inca mult, atunci, daca te-duri si mã invoiesti sa-l bag in iad, să stii că-mi faci un mare bine si-i faci si Domnului plăcere slujindu-l in atare chip
Profile Image for Gabs.
241 reviews29 followers
December 8, 2023
Why is Boccaccio slapping so hard?

A lot of fucking in any sort of way. People trick other people with lies, deception, some have fun, and some have sarcasm. This book should be on everyone's shelf since it's easy to go through and highly entertaining.
Profile Image for Felipe Oquendo.
180 reviews25 followers
October 26, 2017
Toda vez que me proponho a ler um livro bem conhecido, um verdadeiro clássico, tento, com algum esforço e êxito, separar no meu espírito aquilo que sobre a obra chegou a mim ao longo da minha vida, seja por iniciativa de terceiros, seja por pesquisa minha, daquele conjunto de impressões que decorrem da própria leitura.

Com “O Decamerão” não poderia ser diferente. Na verdade, chamá-lo de clássico é até um under statement, já que clássicos são, hoje, por exemplo, Machado de Assis, Eça de Queirós, Walter Scott e – para citar um conterrâneo de Boccaccio – Tomasi di Lampedusa. “O Decamerão”, com efeito, já está naquele lugar mítico de obras que influenciaram a humanidade, geraram debates, se incorporaram na cultura como paradigmas de narrativa, e cuja leitura atenta e absorção fazem parte dos famosos “deveres de cultura” de qualquer cidadão bem educado.

Essa, aliás, é a primeira impressão pré-leitura que distingo: o lugar especial de “O Decamerão” na história da literatura e cultura do Ocidente. E, como corolário desta distinção, está a posição de Boccaccio como um dos três grandes florentinos da Baixa Idade Média, ao lado de Dante Alighieri e Petrarca.

Nessa cultíssima trindade, a comparação com os outros dois vértices do triângulo é igualmente um desses lugares-comuns de que o aspirante a leitor de Boccacio, querendo ou não, se apossa quando pensa no autor: Dante é o grande autor da “Divina Comédia”, o poema narrativo que, transcendendo seu tempo, nos deixou para sempre uma visão tripartite do cosmos cristão, o Céu, o Inferno e o Purgatório. Já Petrarca é o inventor do soneto moderno, cantor de amores com forte influência platônica, expoente do dolce stil nuovo. Já ao bom Giovanni cabe, nessa distribuição de epítetos didáticos, o papel do prosador e, mais ainda, do realista, aquele que não cuidou de céu e inferno, e que não glorificou o amor ideal, mas se ocupou deste baixo mundo como se nos apresenta todos os dias. Descobri, ainda, durante a leitura, mais algumas notas até surpreendentes sobre Boccaccio, às quais retornarei oportunamente.

“O Decamerão” conta a história de um grupo de 7 moças e 3 rapazes florentinos que se encontram casualmente na igreja Santa Maria Novela, durante um intervalo entre ofícios religiosos. Acossados pela peste negra, que grassava naquelas terras, ali estavam para rezar por Florença, pelos mortos e pelos moribundos; porém, decidem eles, seguindo ideia de Pampineia – um dos nomes inventados por Boccaccio para proteger a verdadeira identidade dos 10 jovens nobres –, sair da cidade para se isolarem no campo, longe de toda aquela pestilência, tristeza e morte. Afinal, eram novos, sadios e cheio de vitalidade, não havia por que estarem ali enfurnados naquela decadência.

Dirigem-se então, sigilosamente, para um palácio no meio de uma colina, onde tudo é limpo, luminoso, arejado e farto, um lugar paradisíaco, completo com servos bem educados e discretos que se dedicam a atender as necessidades daquela jeunesse dorée, enquanto o povo florentino morre de peste.

Falando em peste, é preciso aqui aludir à introdução do livro, na qual Boccaccio faz um registro valioso para historiografia do que foi a peste em Florença: um desagregador social, desgastando os laços jurídicos, religiosos, sociais e até naturais entre os cidadãos. A cidade, por sua vez, é um verdadeiro purgatório ou quiçá inferno mesmo, onde a bondade humana é cada vez mais rara e heroica, e o caos completo se instalou. Esse aspecto é reiterado por Dioneio na Despedida da Sexta Jornada:

“Além disso, será que ignoram vocês que, por causa das péssimas condições desta quadra do ano, os juízes abandonaram os tribunais? Que estão suspensas as leis, tanto as divinas como as humanas?”

O leitor atento e sensível irá, naturalmente, se espantar com a discrepância entre esse quadro pungente e a situação dos dez jovens nobres, que não só é paradisíaca, como progressivamente paradisíaca: entre a segunda e a terceira jornadas, eles se decidem a partir para um palácio ainda mais belo e distante, com maiores delícias do que as encontradas no primeiro. Ajunte-se a isso um jardim metamorfoseante, no qual em uma jornada aparecem pássaros, na outra pequenos animais, na outra animais maiores, e as flores e frutos mudam de forma literalmente de um dia para o outro, além do “Vale das Mulheres”, nas proximidades do palácio, cuja descrição é de fazer qualquer um vender seus bens para viajar no dia seguinte com destino à Toscana.

Parece então que, de certo modo, nosso amigo Boccaccio também introduziu em sua obra a tripla distinção de Dante: um inferno e um purgatório, ambos na Florença devastada pela peste, e um paraíso, para onde os jovens se dirigem e onde são contadas as novelas. Não é de se estranhar esse paralelismo, já que foi Boccaccio o primeiro grande estudioso, entusiasta e divulgador da “Comédia” de Dante, à qual juntou, de uma vez para sempre, o merecido adjetivo “Divina”.

O que é, pelo menos um pouco, de se estranhar, é que esses lugares dantescos estejam todos tão, tão incrivelmente presos à terra nessa obra. Como perspicasmente notado pelo meu amigo Leonardo Batista, não há, praticamente, transcendência no Decamerão. Certo, são referidas igrejas, padres, almas, Cristo, as missas, os deveres de religião, a nobreza e a baixeza das almas, mas em nenhuma novela, ou nos interlúdios, nota-se a presença ou alusão aos anjos e demônios que pululam em outras obras da época.

Talvez aí esteja a famigerada “realidade” da qual Boccaccio seria o portador pioneiro na literatura. Mas, para um cristão, em especial para um cristão medieval, a realidade realior é aquela de Dante, na qual a terra é um ponto infinitesimal onde ocorre a guerra dos anjos e demônios pelas almas humanas e destas mesmas pela sua salvação, com a graça de Deus. O que se chama de realismo, em Boccaccio, é na verdade prosaismo, imanentismo e esteticismo.

Não se quer aqui, diga-se logo, acusá-lo de ser uma alma prosaica. Se precisássemos de alguma prova em contrário, bastaria não se diga lembrar do restante de sua produção literária, bastante poética e espiritualizante, mas apenas aludir à sua apreciação, tanto mais meritória quanto pioneira, da Divina Comédia de Dante.

A escolha do elemento prosaico, então, deve ter sido proposital, efeito de uma consciência artística que, aliás, seria um desrespeito negar ao literato florentino. Ademais, só um coração de pedra passaria insensível ao apuro estético de Boccaccio em suas descrições, nunca excessivas, sempre precisas, que “fazem ver”, para aludir à locução de Aristóteles, em sua Retórica. Se falta ao mundo de “O Decamerão” uma dimensão espiritual mais profunda, abunda aqui a beleza, ainda que um tanto dissociada do bem.

“Cada um pode alegrar-se conforme o que mais prazer lhe causa ao espírito”: essa ordem da Rainha Pampinéia, na primeira jornada, repetida de mil formas distintas por outros Reis e Rainhas nas demais jornadas, parece ser a tônica do próprio Boccaccio, que compôs essa obra porque lhe causava prazer ao espírito e para causar prazer aos espíritos das leitoras a quem amiúde se dirige.

Essas são as notas gerais sobre a obra. Mas quanto mais avançava em sua leitura, tanto mais esse mandamento epicurista de Pampinéia se me afigurava difícil, porque o seu sentido final me escapava. Mais ainda, sentia uma crescente falta de compreender primeiro a estrutura total da obra, na busca desse sentido, para somente depois me deter nos detalhes das novelas, que é o que me parecia estar fazendo toda a gente que lê “O Decamerão”, e que senti como procedimento sumamente insuficiente.

Até mesmo porque, de regra, os julgamentos que me chegaram da obra não são estéticos ou poéticos, e sim moralizantes, dirigidos às novelas mais apimentadas, tais como a “do diabo no inferno” e a do “rouxinol na mão”. Isso é uma besteira por diversas razões, que vão desde o aborrecido intrínseco do julgamento moralizante, como se os críticos literários fossem guardiães da moral pública, até ao fato de que boa parte, talvez a maior parte, do Decamerão, seja composta de novelas edificantes ou simplesmente – vejam só – moralizantes.

O próprio Boccaccio apresenta uma defesa bastante eloquente de sua obra ao final do livro, à qual voltarei mais tarde. Por ora, no entanto, cumpre retomar o raciocínio que eu vinha desenvolvendo, isto é, saber se a estrutura da obra me dá alguma pista acerca de seu sentido final.

Como todo mundo sabe, o Decamerão, estruturalmente, se compõe de dez jornadas, dez dias, presididos cada um por um rei ou rainha, dentre as sete mulheres e três homens já aludidos. Os dias de novelas não correm seguidamente: há um total de duas pausas para sextas e sábados, observados devotamente pelos jovens novelistas, que além disso não perdem uma missa dominical. Seja como for, em cada dia cada um dos jovens narra uma novela, cujo tema é dado pelo Rei ou Rainha do dia, de modo que são dez novelas por jornada e dez jornadas do início ao fim do livro, totalizando cem novelas. Além das novelas, que obviamente são o centro de cada jornada, outros padrões se repetem: há uma breve narrativa do que os jovens fazem do despertar até o momento em que se reunem para contar as novelas, depois a coroação do próximo Rei ou Rainha “na hora de Vênus”, isto é, no momento mais propício aos divertimentos e à apreciação da beleza mundana, e sempre uma canção entoada por um dos jovens e uma pessoa que preside às danças, terminando com a Despedida. Rapidamente, uma nova repetição se integra à estrutura de “O Decamerão”: a rainha ou rei do dia é sempre a penúltima pessoa a narrar sua novela, ficando o último lugar a Dionéio, aquele a quem cabe, sempre, contar uma novela cômica e fazer paródia do tema da jornada quando ele se afigura sério.

Após pesquisar e muito meditar, lamento dizer que não encontrei um sentido anagógico, ou mesmo meramente simbólico, para essa estruturação da obra. O simbolismo do número dez ou mesmo do número cem é por demais profundo para permitir qualquer analogia com o prosaísmo decamerônico. Dez é um número de perfeição, e isso pode significar que Boccaccio queria sua obra redonda e perfeita, mas a isso se pode fazer duas objeções: primeiro, a de Sócrates, a Protágoras e Hípias, de que não adianta tentar imaginar o que um autor pretendeu significar com o que compôs, porque afinal ele morreu e nada mais lhe foi perguntado; segundo, porque é de se imaginar que, se não a totalidade dos poetas e romancistas, pelo menos a esmagadora maioria pretende que sua obra seja perfeita, valendo-se ou não do simbolismo numérico para tal.

Na mesma sinuca de bico eu me meti ao tentar comparar as sete mulheres aos sete planetas da astrologia tradicional, vigente à época de Boccaccio e com cujo simbolismo ele, homem de cultura, devia estar habituado. Os traços das personagens são insuficientemente marcantes para permitir uma caracterização segura, base e premissa necessária de qualquer analogia com qualquer planeta. Há, claro, diferenças marcadas em alguns dos jovens novelistas; por exemplo, Fiammeta é mais recatada, Dionéio é um pândego, Filóstrato é melancólico, e por aí vai, mas nada, repito, que permita com segurança um salto analógico dessa envergadura. Para não dizer que eu ainda ficaria com o problema de encaixar na analogia os três homens (Dionéio, Filóstrato e Pânfilo), que só me sugeriram, e bem de longe, uma alusão à própria trindade florentina de Dante, Petrarca e Boccaccio, por uma certa afinidade de temperamentos entre os três jovens e os três literatos, cabendo a Boccaccio, obviamente, o papel de Dionéio.

Incapaz de inferir da estrutura de “O Decamerão” qualquer sentido superior, relego-me, derrotado, ao estrato mais baixo, que é o da própria escolha de uma estrutura bem definida e até certo ponto rígida. E aí me ocorre – e me socorre – a citação de Paul Zumthor, posta como epígrafe do romance “Avalovara”, de Osman Lins: “a coerência [do romance medieval] é assegurada segundo métodos de composição numeral e temática, mais que por necessidade dramática”.

De fato, ao criar essas regras de composição que são a estrutura do Decamerão, Boccaccio dá à prosa a disciplina de que seus pares Petrarca e Dante se serviram no campo da poesia, “assegurando a coerência”, para usar as palavras de Paul Zumthor. Só não há aqui, pelo visto, “o símbolo do ordo cósmico” que E. R. Curtius encontrou na estrutura numérica rígida da Divina Comédia.

Não me resta outra alternativa, portanto, senão concordar com Otto Maria Carpeaux quando dá seu parecer final sobre Boccaccio, na História da Literatura Ocidental:

“A decadência moral do século XIV não produz ateísmo; só inspira indiferença moral e religiosa. Não há Céu por cima do mundo de Boccaccio, e os efeitos do Purgatório são bastante duvidosos. Não há ideais, a não ser o ideal de viver bem; mas isso não significa só boa comida, vinho e mulheres – significa também conversa espirituosa, livros, música, o ambiente culto do prólogo do Decamerone.”

Boccaccio parece se divertir, ao menos um pouco, às custas dos leitores que, seguindo pistas falsas, como eu, buscam símbolos e significados espiritualmente elevados onde eles não existem, tal como o povo devoto busca milagres junto ao finado Senhor Ciappelletto, na novela que abre o Decamerão. O prosador florentino também se apraz em brincar com o caráter imoral de sua obra, nas intervenções que faz aqui e acolá, respondendo muito inteligentemente às críticas moralistas: sua obra só retrata a realidade, por isso as alusões sexuais em alguns momentos; ela igualmente retrata a nobreza de espírito, e disso ninguém fala; o autor até mesmo apôs, antes de cada novela, um resumo para que o leitor ou leitora prudente possa decidir, por si mesmo, se prosseguirá na leitura ou se, defendendo sua alma, a evitará.

Está tudo muito bem nesse epílogo espirituoso, que decerto não foi a primeira nem será a última contestação de escritor posto no banco dos réus por ignorantes incultos. Só o que não vai muito bem, o que é esquisito mesmo, é a confiança que Boccaccio parece depositar na capacidade dos leitores de evitarem o mal, dizendo mesmo que se a leitura de alguma novela mais picante levar o leitor a pecar, é porque ele já seria mesmo uma alma mal formada, e portanto disposta a isso.

Ora, esse ponto de vista está completamente fora da perspectiva católica do pecado original, que Boccaccio certamente conhecia. Há, portanto, algo sim de diabólico em sua concepção autoindulgente da própria obra. É, como destaca Carpeaux, a posição do humanista que se enxerga mais como romano decadente do que como homem medieval e católico. Uma posição pagã mesmo, derivada de um amor excessivo às coisas deste mundo.

Assim, os novelistas do mundo de Boccaccio, espécie de anjos imanentes, dão uma visão dourada de um ideal de cultura e esteticismo que viria a ser retomado muitas vezes depois, de forma cíclica mesmo, por grupos de escritores e diletantes que, abandonando qualquer fé no transcendental, se apegam tanto mais aos produtos da alta cultura, cuja base na religião desprezam, negam e nem querem enxergar. Esta imagem é, além das melhores novelas de “O Decamerão”, o legado do escritor florentino à humanidade.
Profile Image for Ahmed.
371 reviews22 followers
April 13, 2017
الديكاميرون أو الأيام العشرة، الدليل الدامغ على انتقال التأثير والتأثر ما بين الآداب، فنحن بصدد نص طويل كُتب منذ ما يربو على السبعة قرون، جاء على نسق ألف ليلة وليلة، توالي الحكي في سلسلة لا تتوقف، مع اختلاق المبرر لبدء مسار الحكايات. طاعون يضرب المدينة الإيطالية يدفع عشرة من أبنائها(سبع شابات، وثلاثة شبان) إلى الفرار من المدينة إلى إحدى الضواحي الريفية للإقامة في واحد من القصور الخاوية من أصحابها، يصحبهم خدمهم في حيلة ساذجة من الكاتب كي يتفرغ العشرة للحكايات، وهي هنا جاءت باقتراح واحدة منهم، يقوم كل واحد بسرد حكاية فيصبح لدينا كل ليلة عشر حكايات تنتظم تحت موضوع واحد يختاره ملك الليلة، ثم يتم اختيار ملك آخر لليلة التالية في تشابه مع حكايات ألف ليلة في وجود ملك يُحكى له، فيصبح لدينا مائة حكاية تنوعت ما بين الحب والخيانة وضربات القدر، والنهايات السعيدة، والنهايات الحزينة، تتسم حكايات الديكاميرون بقدر كبير من السذاجة والتشابه، ولعل السبب في ذلك يرجع إلى أن شخص واحد هو بوكاشيو ألزم نفسه بكتابة مائة حكاية ، تخلو من الشخصيات الأسطورية والخرافية التي ذخرت بها ليالي ألف ليلة وليلة، حكايات الديكاميرون تشبه أفلامنا العربية القديمة حيث انتصار الخير في النهاية، أو عودة الغائب بعد سنين ، أو ظهور براءة المتهم بمصادفة، وفي كثير من حكاياتها لا يتورع بوكاشيو عن وصم رجال الدين والرهبان والراهبات بالزنا والخداع والشره، في صورة تعكس أحوال العصور الوسطى الأوربية حيث الصراع مع الكنيسة كسلطة اختلط فيها الديني بالدنيوي، ومحاولات الخروج من إسارها، كذلك جاءت بعض حكايات الديكاميرون متشابه مع غيرها من الأعمال الأخرى، ومثال ذلك قصة امراة استعانت بالحيلة لاستعادة زوجها تناصت مع ما تناوله شكسبير في عمل له عنوانه(العبرة بالخواتيم) مما يؤكد وجود أصل ثالث لهذه القصة، كذلك تعكس الديكاميرون في جانب منها بعضا من العلاقات مع العالم الإسلامي بل وظهور شخصيات مسلمة كأبطال لبعض الحكايات، وصلت لظهور شخصية صلاح الدين الأيوبي في حكاية خاصة به مع تاجر يهودي، والعجيب تناول شخصية صلاح الدين بشكل إيجابي، هذه بعض انطباعات عن قراءتي للجزء الأول من الديكاميرون ، والذي أجلت قراءة الجزء الثاني منه حتى لا يقتلني السأم من سذاجة وتشابه حكاياتها والتي لا تقلل من قيمة العمل كنص كان ابن عصره، يثبت تأثير وتأثر الآداب الإنسانية في حركة فعالة.
Profile Image for وسام عبده.
Author 13 books200 followers
June 27, 2021
إذ يأوي سبعة فتيات وثلاثة فتيان لمدة أسبوعين إلى فيلا في ريف فلورانس فرارًا من الطاعون الأسود الذي عم الأنحاء، وحتى يتمكنوا من قضاء الوقت، يتفقوا على أن يقص كل واحد منهم قصة كل ليلة، بينما افردوا يومًا لأداء الأعمال المنزلية، وآخر عطلة لا يقومون فيها بشيء، وبذلك فإنهم راحوا يقصوا عشرة كل قصص لمدة عشرة أيام، فاجتمعت مائة قصة هي التي مثلت كل قصص الديكاميرون.
Author 1 book24 followers
October 3, 2021
Un 4,5.
Aunque hay relatos mejores o peores, por lo general los relatos son excelentes, sobre todo destacaría uno de la cuarta jornada, el primero, en el cual el discurso de la hija es espléndido y maravilloso. Aún estoy a la mitad, con este tomo, pero me está gustando gratamente.
Profile Image for Ahmed Eid.
25 reviews3 followers
August 6, 2018
صراحة لم تعجبني كثيرًا، صحيح أن الأسلوب مسلٍ والترجمة سلسة وغير مفتعلة، إلا أن القصص نفسها لم تستهوني.
أعلم أنها - حسب ما قرأت في مقدمة المترجم - في وقت الكتابة كان من الطبيعي أن يتخذ الشخص عشيقة وأن الزواج لم يكن هو السمة الطبيعية للحب لكني وجدت فيها تمجيدًا عجيبًا للخائنين والخائنات ومقيمي العلاقات الغير شرعية كأن هذا هو المفترض أن يكون، أضف إلى ذلك أن كثير من القصص - إن لم تكن كلها - ساذجة للغاية في حين كنت أتوقعها أن تكون أفضل، وتعتمد الكثير منها على المصادفات
ولهذا لم أعطها إلا نجمتين، النجمة الاولى لمجهود الكتابة والثانية لمجهود الترجمة، لكن المحتوى نفسه لم يكن محببًا بالنسبة لي
Profile Image for Frano Jančić.
63 reviews1 follower
November 6, 2021
Odlično. Čitanje knjiga iz lektire nakon 30 godina donosi puno iznenađenja. Mnoge priče su duhovite i pune života kao da su današnje a ne 850 godina stare. Autorov stav prema vlasti, crkvi i odličnicima je kritičan i obrazložen. Ne mogu reći suvremen nego svevremen.
Profile Image for Gabriela Rus.
161 reviews26 followers
April 15, 2020
Desi erotismul scade spre final, sunt cateva povestiri remarcabile de savurat si in acest al doilea volum. Departe de mine gandul sa scad meritele acestei bijuterii a literaturii italiene medievale, iar radiografia socio-culturala a epocii mi-a hranit curiozitatea din plin, insa nu am reusit sa nu dau pornire inclinatiilor mele feminitariste si sa nu bomban - din pacate singura prin casa, spre amuzamentul consortului - un adevarant "rant" cum spun anglosaxonii desore pozitia femeii in epoca. Singura moneda de schimb si valoarea a femeii se prezinta sexualitatea, care se doreste a fi pusa in slujba satisfacerii dorintelor barbatului. Cu alte cuvinte, daca acesta din urma doreste trupeste, femeia trebuie sa satisfaca, indiferent de varsta si statutul ei. In general ea este tranzactionata de familie, fara sa i se ceara parerea, iar daca vreun iubaret pune ochii pe ea, chiar maritata fiind, la insistentele neobosite ale acestuia se vede adesea nevoita sa cedeze.

Ce altceva mai invatam noi de aici? Ca iubirea este o psihoza, ea se naste in imaginatie si cere satisfactie in realitate, in caz contrar aluneca rapid in depresie, boala si chiar moarte. Este de asemenea o boala foarte raspandita, arareori scapa vreunul nelovit de molima asta potential letala.

Si la final sa trecem si la partea frumoasa: structura decameronului pe zile/tematici mi s-a parut punctul esential, care distinge colectia asta de povestioare, colectionate din folclor si probabil "sezatori" reale ale timpului, transpuse cu mare maiestrie intr-un limbaj cult. Apoi profilaxia narativa pe care Bocaccio ne-o furnizeaza reuseste sa mentina buna dispozitie pe parcursul lecturii. Este suficient de varianta in tonalitati si nuante incat sa o poti duce la capat relaxat cu toate ca se intinde pe +800 pagini.

Si acum ca tinerii protagonisti au ajuns inapoi in Florenta lor, eu am ramas in carantina si visez inca la gradinile luxuriante italiene.
Profile Image for حسناء.
Author 2 books195 followers
February 7, 2017
أعجبني أنه يهدي العمل للنساء ويقدرهن ، لكن بعد قراءة بعض القصص قد تتسائل أي نوع من التقدير هذا ؟
لو لم تكن بعض الحكايا بها هذا القدر من التجاوزات و _الإباحية أحيانا_ لناسبت الديكاميرون مختلف الأذواق والأعمار ، فهي قصص بسيطة للغاية ، ساذجة بعض الشئ علي عكس ما توقعت ، وذلك ليس عيباً ، وبالفعل بعد بعض التعديلات والقص تمكنت من أن أحكي لأختي بعضها ، فهي تشبه كثير القصص ذات النهايات السعيدة أو الموعظة الواضحة التي كنا نسمعها ونحن صغار ...
يبدو أن الترجمة متقنة للغاية ، فلم يتخلل قراءتي أي انزعاج منها ، فكان النص متسلسلاً سهلاً
قالب العمل وإطاره والطريقة التي عرض بها بوكاتشو قصصه جذاب وممتع
مسلية وربما تلك ميزتها التي تشفع لبعض العيوب التي قد يرصدها بعض القراء عليها
Profile Image for La Maliana.
174 reviews9 followers
September 12, 2016
Definitivamente ya no estoy dispuesta a leer este tipo de textos: me parecen bárbaros y presumidos. Como si el escritor todo el tiempo necesitara eufemismos para sentirse importante o chingón.

Me exaspera el lenguaje, la construcción tan complicada de las historias y que me sea complicado entenderlas. Sin embargo también alcanzo a ver por qué fue tan venerado en su momento.
Me encanta el cuento del tiesto de albahaca. Creo que me es perfecto. Es el único cuento por el que siempre vuelvo a Boccacio.

Porque siempre vuelvo.
Profile Image for Julia Danciu.
49 reviews1 follower
September 10, 2023
un clasic foaarte underrated❤️‍🩹 atât faptul că a inovat literatura prin cornice, cât și dezinvoltura prin care relatează aceste povestiri îl fac pe boccaccio să fie cu adevărat memorabil
Profile Image for Noel.
64 reviews1 follower
Read
August 22, 2020
I'm reading this for school so I won't be giving it a rating and this won't really be a review, but I still had some thoughts while reading this that I'd like to write down and I figured I might as well share here.

Also I'm going to read the second half of this as well so I won't be regarding this as the full book since it obviously isn't and these are just my thoughts on the book up until this point.

So right off the bat there were a few main things that I paid attention to while reading this, the first one being the women, secondly the narrators, thirdly LGBTQ+, and a few other things but those were the three main things that peeked my curiosity.

In the beginning of the book there is a foreword by the author himself where he addresses the reader. this was particularly fascinating to me because it felt like I got to communicate with a person who lived many hundreds of years before me and that time was just a distance this book could cross to deliver his message to me the reader in 21st century.

In this foreword he among other things explains why he decided to start his story with the plague. for those who don't know the setting the main frame of the work is that 10 young people flee Firenze during the plague out on the country and while passing time they tell each other stories.
The plague to me is a historical event that happened so long ago that the only connection I have to it is something I've read about in history books. It's so long ago it has no personal emotional value to me, like for example the second world war might still affect some families and have some painful memories even if that too was relatively speaking long ago. However hearing Boccaccio write about the plague gives it a new meaning to me, especially in the situation we are in today with the corona epidemic. He writes about the plague like it's a very recent event at the time that he writes it (which it was) and it's very fascinating to have this level of immediacy to an event that I otherwise have no connection to. He explains how the people back then reacted to the plague and I found that I can recognise a lot of the behaviour he reports about from experiencing the corona epidemic in my life time.

Then there's the matter of the women. Baccaccio writes in his foreword that he has written this book to women. 6 of the main characters in the book are women too and seeing women portrayed this way (telling stories) has reportedly inspired other women to tell stories too. There's an interesting concept in Decameron with the women. The fact that they have a bodily want or sex drive is embraced and seen as something very natural. It's something very double sided because where this might seem empowering it's also degrading in the sense that it's almost as if the women have no self-control over themselves and can't be blamed for being driven by their instincts like a child or and animal. there are countless times in the book where it's very evident that women are seen as less than men and this is just something that seems to be a totally natural thing, which was obviously the view of the time. what I find fascinating about all this is the fluctuation and double sidedness in which Decameron is both pro-women so to speak and empowering in certain aspects and yet still very derogatory.

Something interesting to note about this too is that Boccaccio even tho he says in his foreword that he wrote this book for women and so they might learn something might I add, he has reportedly in a letter to a friend told him he shouldn't let women read his book.

This conflicting message or meaning is another theme in the book I found interesting. you have Boccacio who wrote it, then you have the 10 fictional characters telling stories and then in those stories you sometimes have yet another character telling a story. meaning that it gets very tricky at times to figure out what the moral or intention is behind certain things and what Boccacio himself might be trying to say.

The book is also very openly critical or actually it's just flat out offensive to the church. I found the way it portrays the church very hilarious and outrageous. Apparently Decameron was written before the church had a lot to say in how it was criticised and then later on Decameron was added to the list of forbidden books for this reason and for being very pornographic.

Which is another thing I found amusing, how this books is apparently some ancient erotica and a lot of high-up christians where getting their beards twisted about it. there is a lot of sex but it's very cleverly written and there are many creative ways to say penis without saying penis. Apparently the first time it was published in Denmark the publisher tried to advertise for it in a men's magazine as being something a little naughty. I find the thought of anyone jerking off to this brick of an ancient book very amusing. But each to their own!

I was surprised to see stories with hints of some non heterosexual characters and some non gender conforming type things going on. Not something huge, just not something I had expected. There was especially one story about a women who dresses up as a man that interested me and reminded me a lot of Virginia Woolf's Orlando. In general There were so many of these stories where I could see other stories in them. It really is a holy grail of stories and I think a lot of popular works have found inspiration in some of these or classics that have since been inspired by Decameron.
Profile Image for Roy.
206 reviews12 followers
February 3, 2022
God, all these people talk about is lust and love, poverty and riches and quite some politics, while bashing inconsistencies of the religious, bantering, flirting and relaxing through various forms of entertainment. They do so in some nice villas in the luscious hills surrounding Firenze.

Honestly, they’re just like us. Nothing’s changed since the 14th century.
669 reviews11 followers
March 26, 2020
Første del af en perlerække af evigt- og almengyldige noveller om eksplicit erotik, mandsmod, vilde eventyr og ulykkelig kærlighed skrevet i den tidlige renæssancetid kun ganske få år efter Dantes komedie fra 1321. Thomas Harders oversættelse er helt suveræn, og sproget føles frisk og moderne uden at man føler, at der går noget tabt i nuancerne. Det eneste aber dabei er, at jeg grundlæggende ikke er novelletypen, og det er lidt anstrengende konstant at skulle lære et nyt persongalleri at kende for hver 20. side.     
Profile Image for Eva Marta.
66 reviews
November 7, 2023
Kooli kohustuslik ja aint 5 novelli lugesin. Tegelt olid päris huvitavad novellid ja isegi kui oleks tahtmist loeks koik läbi😉
Profile Image for rjxdnn.
73 reviews1 follower
December 13, 2023
A fost o lectură destul de ușoară. Am citit-o destul de repede (în zilele în care chiar am avut chef să citesc din ea).
Ca să descriu cartea mai pe scurt, din perspectiva mea, bineînțeles, mi s-a părut ca asistam la bârfa între mai multe băbuțe, duminica, după ce se termină slujba la biserică.
It was funny, some stories spicier than others teehee
Profile Image for Arwen56.
1,218 reviews336 followers
March 15, 2015
Il Decamerone mi è piaciuto sin dalla prima lettura. Possiede una notevole modernità. Innanzitutto, è un’opera fondamentalmente “laica”, il che non è pregio da sottovalutare. In secondo luogo, le figure femminili hanno una certa valenza e incisività, ulteriore merito da considerare. La struttura letteraria è solida e ben organizzata. La materia è varia, benché predomini il tema “amoroso”.
Nell’insieme è, dunque, un testo molto armonioso. Qualche inciampo può derivare dal linguaggio, che è, ovviamente, quello del tempo in cui è stato scritto, ma niente che non si possa superare con un po’ di concentrazione.
Lo consiglio caldamente a tutti quei lettori che pensano che le opere precedenti all’Ottocento o, addirittura, al Novecento, siano troppo datate oppure obsolete. Perché vi scopriranno una vivacità di pensiero che molti scritti recenti non dimostrano neppure alla lontana. Inoltre, sempre a mio modesto avviso, il Boccaccio possiede quell’istintiva voglia di raccontare che contraddistingue i narratori di “razza”. Si percepisce, o meglio, il lettore “sente” che chi scrive lo fa perché vuole mettersi in contatto con lui. Ossia vuole comunicare. E comunicare significa “mettere in comune, condividere”.

Ecco. Boccaccio era uno che voleva comunicare. E ci è riuscito molto bene, direi.
:-)
Profile Image for Argiris Fakkas.
308 reviews18 followers
May 4, 2021
Decameron is a classic and intriguing reading but with many ups and down regarding the 100 short stories it includes.

Some of the stories are really good and they manage to move you or make you laugh. On the contrary, others (maybe the majority unfortunately) are not so good and many are boring and ramble on and on without telling something meaningful.

Due to the length of the book it's quite a challenging task but since I have always being enthusiastic about reading it, I didn't really mind, despite many stories are sub-par in my opinion. I decided to read it during the Covid-19 pandemic, since many suggested it being very fitful for the period. There are many similarities between the two eras of course, but you can read it whenever you want, after all it is a classic.

From the second volume the story I liked the most was the third story of the tenth day, about Nathan, the elderly wise man.
Profile Image for Sugarpop.
773 reviews1 follower
February 28, 2025
Eine Sammlung an Kurzgeschichten mit einer Rahmenhandlung während der Pest in Italien.
Zehn junge reiche Männer und Frauen erzählen sich zehn Tage lang Geschichte zu einem täglich ausgewählten Thema, was in insgesamt 100 Kurzgeschichten resultiert.
Man sollte meinen, dass dabei etwas Variation aufkommt, aber 99% sind Geschichten über Sex. Entweder Ehefrauen, die Liebhaber halten, oder Männer, die Jungfrauen zu Sex zwingen/ tricksen, die das dann so geil finden, dass sie nicht aufhören wollen.
Einige Geschichten sind ganz witzig, andere sind alarmierend.
Außerdem habe ich nun herausgefunden, dass Shakespeare diese Geschichten definitiv gelesen hat, weil 2 seiner Plays aus ausgeschmückten Geschichten aus diesem Buch bestehen.
Profile Image for Ana Maisuradze.
Author 1 book73 followers
July 6, 2024
ცოტა კი გამეწელა, მაგრამ ზალიამ ვისიამოვნე ორივე ტომით. წარმოუდგენელი გამბედაობა უნდოდა ალბათ, იმ ეპოქაში, ასეთი სტილის ნაწარმოების დაწერას. თან არაერთ მოთხრობაშია გაქილიკებული სასულიერო პირები. სასიამოვნოდ გაკვირვებული ვარ ბოკაჩოს სითამამით. თავად ამბებიც ძალიან სახალისო იყო. ერია რამოდენიმე სექსისტური ისტორიაც. არაერთ მოთხრობაში და თავად მთხრობელი ქალების პირიდანაც არაერთი სექსისტური პასაჟი ამოვიკითხე, მაგრამ ეს ის ექოქაა, როცა ქალი ცოტა მაღლა იდგა ძაღლზე და უამრავი მანკიერი თვისება მიეწერებოდა. საბედნიეროდ, ეგ შეხედულებები დიდწილად უკან დარჩა.
ამ ნაკლს თუ არ ჩავთვლით, კარგი იყო.
ცალკე აღნიშვნის ღირსია ავტორის მახვილი ბოლოსიტყვაობა. :)
Profile Image for Muhammad Abd el lateef .
68 reviews1 follower
Read
May 21, 2016
مبدأيا انا مش مهتم بروما و لا ايطاليا و لا البعد التاريخيي الخاص بالعمل ده ، انا بقرا حكايات و خلاص ، فبالتالي لو هقول رأيي في حاجة زي دي، هيكون انها حكاوي ظريفة و ممكن بعضها يكون ساذج جدا ، و ممكن نعتبرها مجموعة قصص الواحد يقراها او يقلب فيها من وقت للتاني لما يكون مكسل يقرا حاجة كبيرة بتركيز ، و رايي بردو انها اقل من الف ليلة و ليلة ، لأنها منظمة اكتر و دي حاجة شايف انها مش ميزة لأنها بتخلي الواحد يحس بملل بمرور الوقت
بالتالي ملهاش تقييم محدد هي بس زي ما قلت حكاوي "ظريفة" احيانا
Profile Image for Gabs.
241 reviews29 followers
December 9, 2023
Se vede clar că de la jumate, ideile lui Boccaccio se epuizează de la o zi la alta, dar probabil a continuat pentru a ajunge la numărul perfecțiunii, adică 100 de povești. Cu toate astea, pot spune sincer că, deși nu au fost toate așa de penale ca primele 5 zile, cele putine care au fost de la ziua 6 pana la 10, au fost tare de tot și foarte senzaționale🫶🏻
Profile Image for وسام عبده.
Author 13 books200 followers
August 2, 2021
الجزء الثاني من الكتاب هو مجرد تقسيم للحجم، فالفكرة الأساسية حول المجموعة التي حبست نفسها لتتقي الوباء وتسلي نفسها بالحكي، لا تزال مستمرة في هذا الجزء. القصص تجمع ما بين سخرية مبطنة وكئابة تحتلط بالحكمة.
Displaying 1 - 30 of 84 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.