Pornô Chic

by Hilda Hilst, Millôr Fernandes (Illustrator), Laura Teixeira (Illustrator)

Em 1990, Hilda Hilst completava sessenta anos, quarenta deles dedicados à literatura. Insatisfeita com a publicação de seus livros em pequenas tiragens, o silêncio da crítica e a repercussão restrita, a poeta decidiu escrever “adoráveis bandalheiras”. A experiência deu origem à Trilogia Obscena formada por O caderno rosa de Lori Lamby, Contos d’escárnio — textos grotescos, Cartas de um sedutor e ao livro de poemas Bufólicas. Pornô chic reúne os quatro títulos, ilustrados, traz o inédito Fragmento pornográfico rural e fortuna crítica que aborda a polêmica fase erótica de Hilst.

Genres: Poetry, Brazil, Fiction

276 pages, Hardcover

First published December 2, 2014

About the author

Hilda de Almeida Prado Hilst, more widely known as Hilda Hilst (Jaú, April 21, 1930–Campinas, February 4, 2004) was a Brazilian poet, playwright and novelist, whose fiction and poetry were generally based upon delicate intimacy and often insanity and supernatural events. Particularly her late works belong to the tradition of magic realism.

In 1948 she enrolled the Law Course in Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo(Largo São Francisco), finishing it in 1952. There she met her best friend, the writer Lygia Fagundes Telles. In 1966, Hilda moved to Casa do Sol (Sunhouse), a country seat next to Campinas, where she hosted a lot of writers and artists for several years. Living there, she dedicated all her time to literary creation.

Hilda Hilst wrote for almost fifty years, and granted the most important Brazilian literary prizes.

Reviews

[Mayra Sigwalt · Rating 3 out of 5]

Passando do primeiro conto, que é absurdamente perturbador, vc passa a entender o que a Hilda tá fazendo. Ela é definitivamente uma escritora talentosa, mas pra um livro, digamos, pornô, ele não tem nada de sexy. O texto dela é muito erudito pra isso, e acho que o próprio desprezo dela pelo gênero acaba transparecendo. O livro fica mais no hilário, pq ela vai zombar de tudo isso, do que no sensual. Ela tentou ir pra outro gênero, que talvez lhe desse mais visibilidade, mas seu estilo está ali. Só que pra mim eles não combinaram muito. Mas valeu a pena pra conhecê-la. A mulher tem uma escrita inteligente e uma voz afiadíssima. Merece mais atenção!

[Adriana Scarpin · Rating 5 out of 5]

Como leitora compulsiva de Hilda Hilst, já havia lido as novelas e poesia presentes neste livro, mas como ela é de fato um dos mais espetaculares escritores brasileiros a agraciar essa terra, essa edição está imperdível, pois soma quatro das obras primas dela (porque tudo que sai da pena dela ou é obra prima ou é quase – seja na prosa, seja na poesia), além de textos da fortuna crítica que lançam uma luz sobre a esplendorosidade ficcional-poética da obra dessa grande escritora chamada Hilda Hilst.

[Lealdo]

O Caderno Rosa de Lori Lamby e Contos d'Escárnio - Textos Grotescos (que já tinha lido e foi o meu primeiro contato com a obra de HH) são no pior incríveis e no melhor geniais - sem querer gastar mais ainda essa tão gasta palavra -; e o digo em particular de Contos d'Escárnio, que é um dos amontoados semicoesos de texto, ridículo e poesia (mais ou menos nessa ordem) mais inteligentes e satíricos - portanto inteligentes em dobro- que já li na vida. Já não gostei tanto assim de Cartas de um Sedutor (solipsista demais? construído em parte em cima de referências/name-droppings, quando HH não precisa delas? talvez pudesse ter 30 páginas a menos?), apesar de que vira e mexe explode durante uma frase ou duas o sublime satírico obsceno de HH: "sei tudo sobre crueldade, conheço Deus".

[Bruna Oliveira · Rating 3 out of 5]

Sendo minha primeira leitura da autora, estranhei bastante inicialmente. Ainda mais por ter começado justamente com esses livros: a trilogia obscena. Esse livro reúne "O caderno rosa de Lori Lamby", "Contos D'escárnio/Textos grotescos" , "Cartas de um sedutor" e "Bufólicas".
Gostei bastante do primeiro, apesar de ter me deixado EXTREMAMENTE desconfortável no início. A crítica que a autora faz é ótima e obviamente autobiográfica.
Já o segundo e o terceiro foram mais complicadas, porque gostei de alguns trechos, mas outros foram completamente dispensáveis pra mim.
O quarto foi o mais engraçado por ser tratar de poemas com esse teor erótico. O contraste causou um humor interessante.
Enfim, o livro tem momentos bem engraçados e a autora em momento algum quer ser levada a sério, parecendo mais uma paródia de romances eróticos. (O que imagino que tenha sido a intenção dela). A escrita em si é ótima, mas o conteúdo não me agradou tanto.
Gostei da experiência e apesar de não ter sido das melhores, ainda quero ler "A obscena senhora D" que é um dos mais elogiados dela.
Ah, ainda não consigo acreditar na criatividade que ela teve pra usar tantos nomes para se referir tanto aos órgãos sexuais masculino quanto feminino hahaha

[Kezscribe · Rating 2 out of 5]

Quando você entende o propósito desse livro na mente da Hilda, tudo fica mais claro. É um livro de teor pornográfico, mas em nenhum momento de erotismo, digamos assim. Ele incomoda em diversos momentos.
Não é porque entendo o porquê desse livro que minha experiência foi melhor. Tem coisa de mal gosto, propositalmente de mal gosto, mas eu não sei como me sinto em relação à literatura feita para ser debochada, ou para ser uma crítica de si mesma...

[Sara Fritz · Rating 5 out of 5]

O que essa mulher faz com a língua portuguesa é brincadeira viu. Como alguém pode escrever um gênero mas não escrevendo esse gênero, bagunçar ele todo e aí por isso tornar uma outra coisa muito mais livre e estranha e incômoda e hilária.

E essa edição é incrível.

[Daniela Faria · Rating 4 out of 5]

Que livro maluco...

[Demerson Souza · Rating 4 out of 5]

O Diário de Lori Lamby (5,0)
Contos d'escárnio (4,0)
Cartas de um Sedutor (3,5)

[Mauro Silva · Rating 4 out of 5]

márcia de chocolate com pimenta se encontra com inês brasil: parece uma pornô chique benhê

[Karla Yuna · Rating 4 out of 5]

"Uma prosa degenerada." - Eliane Robert Moraes

[Giovana Matsuda · Rating 4 out of 5]

livro rosa e lindo de conteúdo obsceno. adorei ler hilda, li rapidão.
tem um design bonito, super convidativo a leitura, desenhos belissimos.
caderno rosa de lori lamby é devastador, ri de nervoso.

[Thaís Da Silva · Rating 3 out of 5]

ai cara sei lá.. talvez eu tenha achado apelativo .. depois de tanta repetição de um erotismo grotesco que nem pode ser chamado de erotismo. gatilhos escandalosos de pedofilia e incesto

[Marina Frederico · Rating 3 out of 5]

I have to confess something as obscene as the book: I've never read Hilda Hilst before this book. (If you read it too, you'll understand me perfectly)

Supposed to be pure pornography, it actually is - despite the very inventive and fun names for body parts and the tabu stories she creates as if they were nothing but trivial - a rather sofisticated reading. Filled with references to great writers and characters, humour and formal exploration of the text.

A good reading that I, perhaps, would rate as 5 starts if only I knew the author better before. Sorry for that, Hilda, shame on me.

[Mariana Cepeda · Rating 4 out of 5]

Inclui as quatro obras de Hilda Hilst da sua fase pornográfica, mais algumas análises críticas. É excelente em alguns momentos, em outros cai em apenas uma brincadeira inconsequente da autora, mas de forma geral cumpre muito bem sua clara função provocatória, irônica, debochada e de engodo contra o mercado dos best-sellers, da superficialidade e da pornografia.

[Paloma Palacio · Rating 5 out of 5]

literatura que sustenta a ereção duzentas páginas a dentro, fazendo pulsar vida diante da morte. delícia de fingir que lê, rir, se masturbar, chorar. brincar de ser só humano, pra variar. isso sim salva-vidas, uma alegria celebrada inteira! feliz de ter topado com a prosa da hilda e poder participar da festa...

[Gabriel Padilha · Rating 5 out of 5]

É metafísica e putaria das grossas!

[Newton Nitro · Rating 4 out of 5]

Porno Chic - Hilda Hilst | 276 pgs, Azul 2014 | Lido de 03.08.18 a 04.08.18 | NITROLEITURAS #literaturabrasileira #erótico #hildahilst

SINOPSE

A Trilogia Obscena é formada por 'O caderno rosa de Lori Lamby', 'Contos d’escárnio - textos grotescos', 'Cartas de um sedutor' e ao 'livro de poemas Bufólicas'.

Pornô chic reúne os quatro títulos, ilustrados, traz o inédito Fragmento pornográfico rural e fortuna crítica que aborda a polêmica fase erótica de Hilst.

O caderno rosa de Lori Lamby e Bufólicas recuperam as ilustrações de Millôr Fernandes e Jaguar para as primeiras edições.

Para ilustrar Contos d’escárnio e Cartas de um sedutor foram convidadas Laura Teixeira e Veridiana Scarpelli, que apresentaram uma abordagem contemporânea ao pornô de Hilst.

Considerados pela autora uma 'experiência radical e divertida', estes livros misturam humor, críticas à sociedade, todo tipo de práticas sexuais e referências a autores célebres pelo erotismo como Henry Miller e Georges Bataille.

A leitura de Pornô Chic revela o quanto Hilst pode ser irônica, debochada e divertida sem perder o refinamento.

Se O caderno rosa de Lori Lamby parece obsceno ao apresentar uma menina de oito anos relatando suas experiências sexuais, a autora surpreende os leitores com seu desfecho.

Cartas de um sedutor narra o cotidiano de um homem rico, amoral e culto, que diante de sua incompreensão da vida recorre ao sexo em busca de respostas.

Contos d’escárnio é uma reunião de textos satíricos, em que a sexualidade é matéria de reflexões imprevisíveis.

Bufólicas é um livro de 'fábulas safadas' concluídas com uma 'moral da estória'.

A fortuna crítica apresenta um texto inédito do professor de História da Arte e da História da Cultura da Unicamp Jorge Coli, e inclui textos de especialistas na obra de Hilst, como a professora do departamento de Literatura Brasileira da FFLCH-USP Eliane Robert de Moraes, e o professor de Teoria Literária da Unicamp Alcir Pécora que organizou as obras completas de Hilst para a Globo Livros.

Além disso, a edição recupera textos publicados na imprensa nos anos 1990, como um perfil da autora feito pelo jornalista Humberto Werneck e uma entrevista da poeta ao amigo e escritor Caio Fernando Abreu.

O ciclo pornográfico de Hilst fez com que a escritora deixasse de ser considerada apenas uma autora sofisticada e lhe trouxe a fama de maldita mas seu objetivo foi alcançado e sua obra atingiu um público maior.

Aos 60 anos, ela expressou surpresa diante das críticas moralistas à suas bandalheiras - 'A sexualidade pode ser adorável, perversa ou divertida, mas eu acho que o ato de pensar excita muito mais do que uma simples relação sexual. A mim pelo menos, há muitos anos é assim'.'

RESENHA

Porno Chic, que reúne a Trilogia Obscena de Hilda Hilst, é reúnem textos chocantes e impressionantes, em uma prosa degenerada e obscena, que usa da forma da literatura pornográfica, mascarando de "bandalheiras", como dizia Hilda os temas que ela antes trabalhava no que os críticos chamam de "literatura séria".

Como se o obsceno, o escatológico, o humor raso, o erotismo pornográgico, e a estética da brutalidade também não poderiam serem trabalhados por uma autora como Hilda Hilst!

Os textos são brutais e chocantes, escatológicos, perversos e, assustadoramente brasileiros, mas entremeados de questionamentos profundos, em meio à "bandalheira".

Me lembrei de quando li pela primeira vez as obras do Marquês de Sade, ou História do Olho, de Georges Bataille ou Rabelais, pois em Porno Chic, depois que se entra dentro do universo obsceno de Hilda, dá para perceber um projeto literário subversivo por trás, além de um humor sarcástico que permeia todas as narrativas.

Além de sua fantástica poesia, ainda não li os livros da chamada "literatura séria" de Hilda, mas Porno Chic é uma coisa impressionante.

As narrativas, novamente, por trás de toda bandalheira, trabalham tropos e convenções de diversos gêneros literários, como romances de formação, teatro, contos de fada (!!!), folhetins pornográficos, canções de escárnio medievais, poemas, entre outros, enquanto seus personagens buscam se expressar através da experiência carnal e sensualista sem limites.

O mais delicioso é ver os elementos metanarrativos, com Hilda usando seus personagens para detonar autores e livros que detesta por serem "falsos", feitos para o público e não como uma expressão da alma do escritor, pois "um escritor não pode mentir".

As narrativas que compõem Porno Chic, escritas a partir de uma revolta de Hilda por não ser reconhecida pelo grande público, acabam por se tornar uma tentativa irônica de criar uma literatura acessível, dado a erudição espalhada em meio à "bandalheira"!

Um livro chocante e obsceno, que não só faz pensar o erotismo e o modo perverso que a nossa sociedade encara o sexo, como também critica tanto o lixo cultural contemporâneo quando a superioridade da elite intelectual e sua mania de estabelecer critérios para o que seja "literatura séria"!

Adorei e recomendo para aqueles que "não tem medo de Hilda Hilst!"

[Felipe Vieira · Rating 5 out of 5]

Esse foi o meu primeiro contato com a obra da Hilda Hilst e estou simplesmente maravilhado.

Em Pornô Chic há a trilogia obscena da autora formada pelos livros "O caderno rosa de Lori Lamby", "Contos d'éscarnio - textos grotescos", "Cartas de um sedutor" além do livro de poesias "Bufólicas". De maneira geral eu gostei bastante da escrita da autora. Os livros que são uma mistura de estilos literários contendo poemas, peças teatrais, fluxo de consciência, contos são muito bem escritos. Mesmo tratando de um tema considerado chulo por muitos a pornografia descrita pela Hilda mesmo sendo desbocada tem muito pouco de uma sensualidade grotesca. Os textos são eruditos e rebuscados. Há uma mistura do simples e do rebuscado. Principalmente em muitas referências ao longo dos textos em que cita grandes autores reconhecidos tanto estrangeiros quanto nacionais. Toda trilogia obscena é uma metalinguagem.

O caderno rosa de Lori Lamby: cinco estrelas.
Esse foi feito com intuito de chocar. É desconfortável de se ler. É nojento, grotesco, impensável do que acontece durante toda a obra. No entanto, o plot do livro é incrível. É um livro que amei odiar. O ponto principal do livro é a pedofilia.

Contos d'éscarnio - textos grotescos: quatro estrelas
Um cara resolve contar suas diversões sexuais sem o menor pudor. Crasso, o personagem principal, foca principalmente na sua história com Clódia uma artista plástica.

Cartas de um sedutor: cinco estrelas
O tema chocante desse livro é o incesto. Há espaço também para a relação entre homens. É tudo tão bem escrito que você acaba focando na história sem se chocar tanto com o assunto principal.

Bufólicas: quatro estrelas
Poemas que são pequenas fábulas com uma moral no final de cada um. São engraçados.

Os textos de apoio no final do livro são ótimos para compreender os textos da autora e também conhecer um pouco sobre quem ela era. Hilda Hilst produz uma pornografia escrachada, mas de alta qualidade. Recomendo com ressalvas para os puritanos. Principalmente Lori Lamby por ser extremamente perturbador.

[Letícia Landim · Rating 3 out of 5]

Pornô Chic, de Hilda Hist, a magnânima Hilda Hist, é um livro difícil. Faz com que os de estômago fraco desistam no primeiro conto, que me deu náuseas incontáveis vezes. Hilda tem um jeito precioso de contação de histórias, que faz com que a gente seja teletransportado pro seuuniverso. É quase como se fosse uma amiga contando besteiras que ouviu e viveu numa mesa de bar.
Transgressora e divertida, seu ritmo narrativo é frenético e faz com que o nome do livro (a parte do pornô, em específico) faça sentido a cada duas páginas.

O que eu podia fazer com as mulheres além de foder?
Um ponto latente durante todos os contos e poemas dos livros, é a misoginia. Nela, mulheres são invadidas, prostituidas, abandonadas, abusadas, têm suas infâncias roubadas e são desrespeitadas sem folgas. Senti que a visão quase que exclusivamente masculina foi uma escolha proposital da autora, e que tudo é uma grande crítica a misoginia e sua estrutura, que vê a mulher como fonte de prazer e vida apenas.

[...] Porque ser brasileiro é ser ninguém, é ser desamparado e grotesco diante de si mesmo e do mundo.
As brasilidades abordas ocasionalmente no livro são ímpares, assim como os maneirismos e sotaques. Achei um toque ótimo. Essa passagem, em específico, me encantou. Foi um respiro me encantar em meio a tanta baixaria.

Coloque duas alcachofras cruas dentro de uma vasilha com água fria.
Fique ali esperando as folhas de alcachofra se soltarem e medite sobre a tua condição de ser humano mortal e deteriorável.
Quando enfim todas as folhas estiverem sobrenadando, tome um banho, porque, convenhamos, há quantos dias que você está aí.
Pessoalmente, achei que faltou o Chic da coisa. Foi Pornô demais. As histórias poderiam ser interligadas ou construírem algo (e sei que caio dentro da crítica de Hist pontuando isso, mas fazer o que), foi só putaria sem rumo e sem consequência. Só um amontoado de nomes diferentes pra coisa que todo mundo tem. Tudo com meio demais, fim de menos. Mas divertido, que nem a receitinha de cima.

[Bruno · Rating 3 out of 5]

Penso que Hilda Hilst sofria com as dores de uma pústula necrosada deixada pelo mercado editorial quando resolveu escrever esses livros. São todos uma bosta, mas uma bosta muito bem escrita. É possível encontrar (misturados ao monturo) alguns escassos diamantes muito brilhantes. Sentenças muito profundas ao longo do texto, frases responsáveis por redimir — ou tentar redimir, não sei — as partes chocantes das histórias, mas como eu disse, são diamantes escassos. Acho até que foi essa a intenção da Hilda. É um livro temperado pela revolta. Valeu a pena ler, mas não é um livro fácil.

Tem umas partes muito cômicas.

[Lara Desanti · Rating 1 out of 5]

Conteúdo anti-pornô
Hilst não escreveu os textos aqui reunidos para que fossem apreciados em conteúdo. É um texto-rebelião, um xingamento cabeludo aos críticos. O que enreda na leitura é sua inventividade refrescante de forma e estrutura ao narrar. Mas, repito, o conteúdo não foi escrito para ser apreciado - foi para ser cuspido. Mesmo sabendo disso, não posso dar uma nota maior. Com alguma frequência o valor literário da forma enfraquecia perante o despejar grotesco de cenas gratuitas. O conteúdo não é pornô, é anti-pornô: você lê e corre o risco de perder o tesão para sempre.

[Guilherme Miguel · Rating 2 out of 5]

A obra reúne "O caderno rosa de Lori Lamby", "Contos d'éscarnio", "Cartas de um sedutor" e o livro de poesias "Bufólicas". Todas elas tendo como característica principal a fase pornográfica de Hilda.
Os textos retratam histórias que giram em torno de sexo, só que tais histórias beiram o ridículo, percebe-se que elas tem um tom mais de sátira do que pornografia por pornografia.
O texto "O caderno rosa de Lori Lamby" no entanto, difere dos outros por ser incrivelmente perturbador, ele retrata as experiências sexuais de uma menina de 8 anos do ponto de vista da criança e, aos olhos dela, tudo está completamente dentro da normalidade.
Enfim, leitura interessante para aqueles que gostam de temas "tabus", mas na minha opinião houve um exagero desnecessário no rebuscamento das falas dos personagens (o que deixou a leitura incrivelmente chata) e na descrição de certas cenas que eram irrelevantes à trama.

[Willian Welbert · Rating 4 out of 5]

Definitivamente não entre desavisado aqui. É preciso entender antes a trajetória de Hilda e, principalmente, seu rancor com o mercado editorial, antes de poder enxergar para além do pornográfico. Acho que antes de tudo é um livro sobre o que nos faz humanos no nível mais básico, no nível onde nenhuma erudição te salvará.

[Giuliana Magalhães · Rating 5 out of 5]

"Adoráveis bandalheiras", rs. Leitura engraçada, com pontadas filosóficas. Arrancou risos, uma brisa leve.

A fortuna crítica é incrível. Recomendo profundamente o texto de Humberto Werneck, me fez querer me debruçar mais ainda na vida e obra da HH.

[Anmali Ramos · Rating 1 out of 5]

Li com a intensão de me deparar com contos eróticos mas só li pornografia de mal gosto. O primeiro conto é perturbador e deveria vir com aviso de gatilho para abuso sexual infantil.
Imagino que tudo seja pensado pra causar espanto mas não me agradou.

[July · Rating 3 out of 5]

3,5 ⭐️

[Antonio Ozael · Rating 1 out of 5]

Palavrões e sequências sem nexo. Não acho que seja assim que deva ser tratado o sexo. Acho que tentaram preencher as páginas de qualquer jeito, sem critério algum.

[Jan · Rating 4 out of 5]

"O caderno rosa de Lori Lamby" (4,0)

"Contos d'escárnio" (3,0)

"Cartas de um seduror" (4,5)

"Bufólicas" (2,0)

[Ingrid · Rating 5 out of 5]

é metafísica ou putaria das grossas?

[Luiz F. C. Serigheli · Rating 5 out of 5]

a melhor masturbação literária brasileira